11/03/2021

Jogar videogame pode ajudar na memória: saiba neste artigo

Vários estudos já comprovaram que jogar videogame traz diversas vantagens para a saúde e auxilia nas alterações estruturais do cérebro, aumentando o tamanho de regiões específicas, ou alterações funcionais, como a ativação de áreas que afetam a atenção. 

Uma pesquisa recente da Universidade Aberta da Catalunha (UOC) mostrou que as alterações cognitivas podem ocorrer mesmo depois que os jogadores abandonam os jogos. Essa conclusão foi publicada no artigo Frontiers in Human Neuroscience.

No total, o estudo envolveu 27 colaboradores, com idades entre 18 e 40 anos. Alguns voluntários já tiveram experiência com videogame, enquanto outras pessoas não tiveram esse tipo de contato ao longo da vida. 

“Pessoas que eram jogadores ávidos antes da adolescência, apesar de não jogarem mais, tiveram um desempenho melhor nas tarefas de memória operacional, que exigem reter e manipular mentalmente informações para obter um resultado”, explica Marc Palaus, um dos responsáveis pelo estudo.

O relatório ainda mostrou que os voluntários que não tiveram contato com o videogame na fase infantil não tiveram benefícios, como melhorias no processo e inibição de estímulos irrelevantes. 

Em outras palavras, o estudo identificou que essas pessoas erram com mais lentidão se for comparado com os outros indivíduos que jogavam quando eram pequenos.  

“As pessoas que jogaram regularmente quando crianças tiveram um desempenho melhor desde o início no processamento de objetos 3D, embora essas diferenças tenham sido atenuadas após o período de treinamento em jogos, quando ambos os grupos apresentaram níveis semelhantes”, disse Palaus.

Sobre o projeto 

No projeto, que teve duração de um mês, os pesquisadores estudaram as habilidades cognitivas dos voluntários, inclusive, a memória de trabalho, em três fases. 

  • Antes de um treinamento que teve como foco jogar videogame; 

  • Fim do período de treinamento; 

  • Após 15 dias do treinamento. 

Para este estudo, os pesquisadores utilizaram o jogo Super Mario 64, da Nintendo. 

Na pesquisa, também houve 10 sessões de estimulação magnética transcraniana. Trata-se de um processo de estimulação cerebral. Ele não é invasivo e é feito por meio da pele, sem chegar ao tecido cerebral. A principal aplicação é modificar de forma temporária a atividade do cérebro. 

“Ele usa ondas magnéticas que, quando aplicadas na superfície do crânio, são capazes de produzir correntes elétricas em populações neurais subjacentes e modificar sua atividade”, explica Palaus.

A proposta dessa atividade era identificar se o videogame e esse tipo de estimulação influenciaria no desempenho cognitivo, mas não foi isso que ocorreu. 

“Nosso objetivo era alcançar mudanças duradouras. Em circunstâncias normais, os efeitos dessa estimulação podem durar de milissegundos a dezenas de minutos. Queríamos alcançar um melhor desempenho de certas funções cerebrais que duram mais do que isso”, disse Palaus.

O Super Mario 64 não é o único jogo que poderia ser trabalhado nessa pesquisa. No mercado, é possível escolher vários gêneros que podem alterar as funções cognitivas de diversas formas. Conheça os melhores jogos neste site

As opções que mais combinam para isso são aquelas que têm elementos que incentivam os colaboradores a continuar jogando e que vão ficando mais complicados durante a aventura. “Essas duas coisas são suficientes para torná-la uma atividade atraente e motivadora, que, por sua vez, requer o uso constante e intenso dos recursos do nosso cérebro”, finaliza Palaus.

Após descobrir que jogar videogame pode ajudar na memória, siga-nos nas redes sociais e conheça outras dicas que impactam em sua saúde. 

 

Assine

Assine gratuitamente nossa revista e receba por email as novidades semanais.

×
Assine

Está com alguma dúvida? Quer fazer alguma sugestão para nós? Então, fale conosco pelo formulário abaixo.

×