23/11/2018

Inteligência Emocional e a Educação

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

            Medir conhecimento é algo muito difícil, pois se trabalha apenas com especulações, isso porque nem sempre o conhecimento fica explicitado para as pessoas, sendo assim, na gestão do conhecimento, esta parte que não conseguimos explicitar é denominada de conhecimento tácito.

            O teste de QI (Quociente de Inteligência) surgiu entre os séculos XIX e XX, com o intuito de mensurar o quanto uma pessoa é inteligente, ficando estabelecido que quem obtivesse uma escala igual ou superior a 130 seria considerado com uma superdotação. As escalas entre 120 e 129 a pessoa teria uma Inteligência superior. Notas entre 110 e 119 a pessoa teria uma Inteligência acima da média.

A inteligência mediana estava entre as notas 90 e 109; assim sendo, notas entre 80 e 89 a pessoa avaliada teria uma inteligência normal fraca, entretanto, os maiores problemas e exclusões sociais aconteciam quando as escalas ficavam entre 70 e 79 que eram consideradas o limite da deficiência, e escala igual ou inferior a 69 a pessoa era considerada deficiente mental, ou vulgo “retardado”.

            Entretanto, os testes de QI passaram por descréditos quando começaram a perceber que algumas pessoas com baixo QI tinham com grande sucesso na vida profissional.

            Assim sendo, o psicólogo Howard Gardner apresentou a Teoria das Inteligências Múltiplas, ou seja, o desempenho na vida de alguém não poderia ser mais determinado por uma avaliação de QI sem levar em consideração as inteligências múltiplas, que são Inteligência linguística, lógica, espacial, motora, musical, interpessoal, intrapessoal e naturalista, para mais esclarecimento vide minha obra Gestão Pedagógica: Gerindo Escolas para Cidadania Crítica, publicado pela WAK em 2009.

            Entretanto, Daniel Goleman acrescentou a Inteligência Emocional, que segundo ele é capacidade de controlar impulsos, canalizar emoções, motivar pessoas, praticar gratidão além de conciliar o lado emocional e racional do cérebro.

            De acordo com Goleman, os pilares da Inteligência Emocional são Conhecer as próprias emoções; Controlar as emoções; Automotivação, Empatia e Saber se relacionar interpessoalmente.

            A Inteligência Emocional quando trabalhada na pessoa, proporciona a ela um menor nível de estresse e ansiedade; relacionamentos menos conturbados; relacionamentos interpessoais mais proveitosos, mais empatia, mais equilíbrio emocional, mais clareza nos objetivos e tomada de decisão, melhor produtividade e administração do tempo, maior comprometimento com as metas almejadas além do aumento da autoestima e autoconfiança.

            Assim sendo, quando se trabalha, capacita e desenvolve habilidades que estão na própria pessoa, esta se sente mais encorajada a trilhar na sua jornada de crescimento que foca as quatro zonas que são a zona de conforto no qual o indivíduo se sente seguro, pois ele tem completo domínio e está familiarizado com a situação em que se encontra.

            Entretanto ele percebe que precisa sair desta primeira zona para alcançar a sua meta, então ela vai para a           Zona do medo na qual ele tem uma sensação de impotência e o medo de mudança é um fator comum, pois a insegurança e a influência da opinião alheia são variáveis de pesos para que ele queira voltar ao estágio inicial.

            Porém, se a pessoa enfrentar estes desafios, ele adentrará na zona de aprendizagem que nada mais é que a ampliação da zona de conforto, confrontando os desafios e problemas, desenvolvendo novas habilidades e passando para o estágio seguinte que é a zona de superação a qual ele terá seus desejos e sonhos conquistados além dos objetivos e metas alcançadas.

            Trabalhar a Inteligência Emocional nas pessoas não é nada mais nada menos que colocar coragem na alma delas e fazê-las se sentir envolvidas e comprometidas com a vida.

            A educação pública pode trabalhar a Inteligência Emocional em seus alunos de forma bem serena fazendo com que estes se sintam envolvidos no processo de aprendizagem, desafiados a pesquisar e desenvolver novos conhecimentos, se sintam apoiados, apreciados, valorizados e capacitados o tempo todo, assim os mesmos terão discernimento e maturidade para enfrentar os reveses da vida.

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