Instância Permanente avança o debate sobre PNE
Nesta segunda-feira, 11 de dezembro, a Instância Permanente de Negociação e Cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios teve sua segunda reunião ordinária em 2023, na sede do Ministério da Educação (MEC), em Brasília (DF). O encontro foi coordenado pela Secretaria de Articulação Intersetorial e com os Sistemas de Ensino (Sase).
O secretário da Sase, Maurício Holanda Maia, iniciou a reunião destacando os avanços da Instância Permanente nas discussões sobre as metas do PNE. A diretora de Articulação com os Sistemas Nacionais de Ensino, Planos Decenais e Valorização dos Profissionais da Educação, Selma Rocha, articulou a tomada de decisões para a definição sobre o regimento interno, que deverá tomar forma nas próximas reuniões.
A Secretária de Educação Básica do MEC, Katia Schweickardt, reforçou a importância do debate, bem como a responsabilidade da educação básica para a construção da nação dos próximos dez anos. “Para nós esse é um momento muito importante. Esse tem sido um ano muito especial para a nossa frágil e jovem democracia brasileira. Um ano que aprendemos que ela não segue num contínuo crescente, para manter ela no pico precisa da gente, da nossa força e garra. É muita responsabilidade nossa”, defendeu.
Para a secretária, boa parte das metas do último PNE não foram cumpridas por motivos diversos, compreensíveis. “Temos o desafio de pensar que projeto de nação a gente quer para os próximos dez anos, e o PNE tem a ver com isso. Tem a ver com que nação nós queremos ser nos próximos cinquenta, sessenta anos. Acho que a Educação Básica tem muita responsabilidade nisso e isso implica diretamente tudo que a gente faz”, disse.
A secretária destacou a promoção da equidade e o papel da educação diante da crise climática. Também defendeu a criação de indicadores para acompanhar questões estruturais. “Estamos sempre querendo agir no contexto, mas precisamos abrir uma frente para mexer na estrutura. E a gente desliza para mexer na estrutura. Não é em vão que 70% da população carcerária é preta. É interseccional e não é apenas o nível socioeconômico”, argumentou.
Participantes – Também participaram da reunião: Alexsandro do Nascimento Santos, diretor de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica da SEB; Zara Figueiredo, secretária de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos e Inclusão (Secadi) do MEC; Rodrigo Luppi dos Passos, chefe de Gabinete da Secadi; Manuel Palacios, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep); Adolfo Samuel de Oliveira, diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep; Fernanda Pacobahyba, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE); Sylvia Cristina Toledo Gouveia, especialista em Financiamento e Execução de Programas e Projetos Educacionais do FNDE; além de representantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
Instância Permanente de Negociação – Para materializar o princípio de cooperação federativa no que se refere ao acompanhamento das metas do PNE, a Lei n. 13.005/2014 previu a criação da Instância Permanente de Negociação e Cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Instituída em 2019, a Instância tem como objetivo contribuir para o alcance das metas e a implementação das estratégias definidas pelo Plano Nacional de Educação, bem como para fortalecer os mecanismos de articulação entre os sistemas de ensino, por intermédio do desenvolvimento de ações conjuntas.
A instância é formada por representantes do MEC, incluindo as secretarias, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep); do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed); e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Sase - 12.12.2023