06/02/2017

Inédito Viável

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

            Apesar da sofrível educação pública, nós professores ainda podemos contar com profissionalismo e exemplo de outros profissionais que nos encantam com seus dizeres e ações a nos nortear para uma seara que ainda pode ser promissora para o futuro do país.

            O interessante é que todos estes profissionais abominam a discriminação e acreditam que o impossível está apenas em nós acharmos que é mesmo impossível, ou seja, esta palavra que pesa em nossa consciência, trata-se apenas de uma opinião e nunca um fato.

            Os dizeres acima nos remete a uma fala de Jean Cocteau que foi um surrealista poeta, romancista, cineasta, designer, dramaturgo, ator e encenador de teatro. Este ícone francês teve várias frases motivadoras e uma das mais conhecidas foi "Ele não sabia que era impossível. Foi lá e fez."

            Assim tem sido os verdadeiros profissionais da educação, vão e fazem. Não se limitam a uma esperança oriunda do verbo esperar, pois a esperança deles está ligada a um acreditar embasada na sua própria ação, e dito isso, estes são a própria transformação do verbo.

            Assim como temos nossos ícones voltados para uma educação melhor, tivemos ícones que acreditaram em seus ideais sendo que alguns, pagaram com a própria vida acreditando no que faziam.

            Tivemos exemplos como Martinho Lutero, Giordano Bruno, Nicolau Copérnico e o Mestre Eckhart, dentre muitos outros, e as falas acima podem  ser corroboradas pelo Mestre Eckhart, pois ele era um teólogo com conhecimento de dimensões revolucionárias, pregando que tínhamos um poder e que o mundo sempre seria para nós, aquilo que dele pensássemos. Obviamente esta forma de pensar, incomodou a Igreja que detinha o poder em tal época e após sua morte, suas obras foram consideradas heréticas.

            Todas as pessoas citadas acima acreditavam no que faziam, e iam contra o sistema, e assim tem que ser a nossa educação. Nós professores temos que acreditar em nossos ideais e lutar para que nossos alunos tenham o direito de aprenderem.

            Nós professores não poderemos nunca, ser coniventes com o sequestro do direito de aprender, mas não é um aprender estéril, e sim um aprender que leve o aluno a um protagonismo cognoscente, fazendo com que o mesmo deixe de ser apenas mais um a compor esta massa de manobra, fugindo da domesticação subalterna e alienada.

            Precisamos resgatar em nossos alunos o sonho de um futuro mais promissor, fazendo-os acreditar em si mesmo e mostrando que a educação é a forma mais correta para se mudar e se transformar.

            Cabe a nós professores, sermos a última porta destas crianças sem esperanças e/ou iludidas com as coisas fáceis e voláteis.

            Não sejamos negligentes e omissos com a forma do sistema educar nossos alunos. Não deixemos a pequenez criar raízes em seus corações. Temos que mostrar que o impossível não existirá se assim eles quiserem e através da educação segundo as falas de Giles em seu livro Filosofia da Educação publicado pela EPU em 1983 nos diz que será através da educação que faremos o educando alcançar aquilo que lhe é mais específico no seu ser humano, no seu intelecto, na sua afetividade nos seus hábitos que o levarão a um ideal.

            E que consigamos fazer florescer em nossos alunos o inédito viável termo tão pleiteado por Paulo Freire.

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