Hipertrofia do Eu

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

            Hoje me permitirei falar na primeira pessoa, como professor universitário (graduação e pós-graduação) por mais de 17 anos, (embora disponível no mercado) [WRT1] e como palestrante, levando informações, experiência e tentando fazer a diferença na vida de alguns profissionais da educação, dando incentivos para que estes continuem tendo a velha mania de ter fé na vida.

            Percebendo que temos muito a trilhar e aprender e que esta seara precisa ser trabalhada para que as sementes germinem e sufoquem a hipertrofia do eu que desconecta as pessoas com tudo.

            Hoje temos pessoas com egos inflados de orgulho, vaidade, arrogância, arbitrariedade e que não vivem a realidade vivenciada pela maioria.

            Quando estas pessoas têm oportunidade de mudar o contexto em que se encontram inseridas, simplesmente mudam de ideia fazendo valer as ideias de Marx quando afirmava que "as idéias dos homens mudam, se mudarem as condições de sua vida material", e assim será, afinal de contas, estas mesmas pessoas não irão abrir mão do que conseguiram passando por cima de todos e tudo.

            Cabe perceber que mesmo que estejamos cansados, humilhados e por algumas vezes, perdido a dignidade, nos agarramos a ideia de que são os pequenos detalhes que ajuda a colorir a vida de alguém.

            Aquela sensação de dever cumprido e que ajudamos a transformar o mundo de alguém através de nossas vivências nos dá a sensação de paz no meio de um turbilhão de indiferença.

            Como ressaltado em um texto publicado em 2012 pela Rede Mebox intitulado Educación no es Sacerdocio[1], somos profissionais que necessitamos ser valorizados, pois todas as profissões são oriundas de nossas funções, desde o ensino infantil até as especializações.

            O professor é ciente dos desafios contidos na educação, estejam eles dentro e/ou fora da escola. Entretanto os enfrentam com criatividade, perseverança, competência, dignidade e principalmente ética, tentando encontrar novos caminhos para que o processo educacional seja efetivado, com responsabilidade social contribuindo para a construção do homem integro da humanidade e da pátria através de um indivíduo que se faça valer sua cidadania e seu protagonismo para a construção de uma pátria justa e íntegra.

            Um professor é como um lapidário, pois enquanto este utiliza de equipamentos para modelar e lapidar pedras brutas em verdadeiras jóias de valores incalculáveis, o professor utiliza o poder da educação para transformar vidas.