Gestão do Conhecimento e Docência com Ação Protagônica
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br
Desenvolver a criticidade e protagonismo de um aluno tem sido uma tarefa árdua e muitas vezes estéril para os educadores, o que tem refletido na atual situação política do Brasil em que os jovens tornaram-se apáticos e sem discernimento do que está acontecendo e a que ponto, a situação do país irá afetar o seu futuro.
O protagonismo deveria ser um dos focos da educação pública. Ele deveria sair do papel ou de Projetos Políticos Pedagógicos (PPPs) bem elaborados e criar corpo através de ações educativas, para que o aluno seja o ator principal de seu processo de desenvolvimento, tendo assim, condições de atuar no meio em que se encontra inserido.
Será através do protagonismo que o educando conseguirá adquirir e ampliar o seu repertório interativo, interferindo de forma ativa e construtiva no contexto escolar, sociocomunitário e socioeconômico, e teremos na Gestão do Conhecimento, a pedra angular que oferecerá aos educadores e educandos todo aparato para que sejam alcançados tanto o protagonismo quanto a criticidade.
A Gestão do conhecimento (GC) visa a orientação para produção do conhecimento, que é o bem mais valioso que temos, uma vez que nos encontramos na Sociedade do Conhecimento e será na escola que a criança aprenderá e desenvolverá habilidades e também estabelecerá elos sociais.
A Gestão do Conhecimento valoriza os processos educacionais estimulando o desenvolvimento do ser humano em todas as dimensões, pois ela parte do pressuposto que todos têm a capacidade de aprender, uma vez que o seu foco estará em trabalhar informações semânticas, ou seja, informações relevantes para o desenvolvimento integral do cidadão.
A GC é um processo coletivo, intencional e sistemático para que o conhecimento seja um fator de relevância para a transformação do educando, para que este, se torne um agente cognoscente, protagônico e crítico. Entretanto para que isso ocorra, a docência deverá estar embasada em ações protagônicas, e uma ação é dita protagônica quando, na sua execução, o educando é o ator principal no processo de seu desenvolvimento.
Uma docência com ação protagônica é uma forte combatente aos riscos sociais, é incentivadora de pesquisas com o viés na busca do novo e no fomento as curiosidades além de implicar no devir que é a transformação e mudança de comportamento do educando, fazendo com que o mesmo saia da inércia imposta pela sociedade e pelo sistema educacional.
Esta docência auxiliada pela GC incitará a uma postura reflexiva sobre questões relevantes e que contribuirão para o crescimento do cidadão e a transformação de uma sociedade mais justa e ética.