21/12/2017

Ganhadores de prêmio internacional para projeto de educação de surdos visitam o MEC

Representantes do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) que receberam em 6 de dezembro, na Filadélfia, Estados Unidos, o prêmio Reimagine Education 2018, visitaram o Ministério da Educação na tarde desta quarta-feira, 20. Eles foram recebidos pelo ministro Mendonça Filho e pela secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, Ivana de Siqueira.

O Ines, instituição vinculada ao MEC, faturou o primeiro lugar na categoria Educação Híbrida, com o projeto do curso on-line de pedagogia bilíngue, ofertado nas duas modalidades, on-line e presencial, destinado a formar professores para estudantes surdos. O Reimagine Education é um programa de premiação internacional, considerado o “oscar” da educação mundial.

A secretária Ivana de Siqueira destacou a importância do prêmio. “É um reconhecimento internacional importante. Temos que dar visibilidade a isso para que as pessoas saibam que o Brasil faz coisas boas que são reconhecidas no mundo”, afirmou. “Principalmente nessa área da educação das pessoas surdas, que têm grandes desafios durante sua trajetória educacional, tanto na educação básica e no ensino fundamental, pois precisamos ter professores bilíngues, intérpretes suficientes nas salas de aula e materiais adaptados aos alunos surdos”, completou.

 

Os professores Bruno Galasso e Dirceu Esdras, responsáveis pelo curso, estavam orgulhosos com o reconhecimento. “O projeto do Ines foi eleito o mais inovador na educação tecnológica do mundo”, explicou Bruno Galasso, coordenador do núcleo de educação on-line do Ines.

Na oportunidade, os representantes do Ines também apresentaram ao ministro o curso on-line de pedagogia bilíngue na modalidade de ensino a distância, experiência pioneira na América Latina, e que foi concebido dentro do Plano Nacional dos Direitos da Pessoal com Deficiência – Viver sem Limites.

A meta do curso é formar professores que reflitam e possam tratar os grandes temas pedagógicos inerentes às especificidades culturais e linguísticas dos estudantes surdos. No ensino superior, por exemplo, o Ines tem sete mil estudantes surdos, entre deficientes auditivos e surdos cegos. Já na educação básica, são 64 mil estudantes surdos. “Isso mostra a dificuldade para ingressar no ensino superior, muitas vezes pela falta de intérprete, com uma educação apropriada, e esse curso vem ao encontro dessa proposta, pois vamos formar professores bilíngues para receber esses estudantes, na educação infantil e ensino fundamental 1”, afirmou Bruno Galasso.

A partir de março de 2018, o curso será ofertado em 13 polos, nas cinco macrorregiões do país, para 390 estudantes surdos e ouvintes. “O processo seletivo será realizado com a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)”, completou o coordenador do Ines.

Prêmio – Nos Estados Unidos, o projeto alcançou a primeira colocação na categoria geral, como a proposta mais inovadora nas áreas de tecnologia e educação do mundo. O concurso é organizado pela instituição britânica Quacquarelli Symonds (QS), uma das principais e mais respeitadas do mundo e responsável por avaliar e ranquear todas as instituições de ensino superior no mundo, em parcerias com Google, Microsoft e IBM. Foram mais de mil projetos inscritos, enviados por universidades de 73 países. Dentre os participantes, o Ines superou instituições renomadas, como o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e as universidades de Harvard e Oxford.

Assessoria de Comunicação Social - MEC (20.12.2017)

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