25/05/2015

Fruto da Árvore do Conhecimento

            Não é intuito aqui fazer uma crítica ou levantar dúvidas sobre qualquer escritura sagrada, independente a religião, pois também faço parte dos 87% de cristãos em nosso país, mas em leitura a um texto exposto na revista Aventuras na História, edição 142, maio de 2015, cujo título se referia “A Porta do Paraíso” faz uma referência às pinturas de artistas renomados no século XIV, e uma delas informa que Adão e Eva foram expulsos do Paraíso após comerem o fruto da árvore do conhecimento.

            Vamos aqui utilizar de uma linguagem metafórica para entendermos nossa contemporaneidade e a situação em que nos encontramos. O paraíso é realmente para poucos, partindo de sua definição como lugar perfeito, de delícias e regozijo. Estamos realmente no paraíso para as iniquidades, injustiças e corrupção. Paraíso este de regozijos para corruptos, corruptores, maus políticos que representam a maioria da classe e para todo o câncer que putrefaz a nação de um povo nada heroico e nada bravo.

            Precisamos de quantos momentos de introspecção para percebermos as consequências de nossas neturalidades quanto a realidade de nosso país?

            Estamos em um país em que um escândalo é calado por outro, isto é, até a chegada de uma Copa do Mundo, um campeonato de futebol, uma Olimpíada, um carnaval ou evento qualquer que faça alegrar a massa de manobra a que teimamos não fazer parte e que muitos de nós encontram-se latentes e meio que anestesiados pelas situações.

            Precisamos despertar e ver com bons olhos a árvore do conhecimento, apreciar e comer do seu fruto, fruto que nos tirará deste paraíso e nos fará ver o quão está degradável a situação do nosso povo tão sofrido, e precisamos também, levar este fruto aos demais, como eva fez a adão, para que compartilham das mesmas ideias e conhecimentos.

            Precisamos ser gigantes pela própria natureza, natureza esta que nos ofertou a fruta que para muitos se chama educação. Educação essa que tem a função de levar a estabilidade social, construindo de forma sustentável a solidariedade através de uma coesão social muito levantada por Durkheim.

            Cabe salientar que toda educação deve trazer consigo uma transformação para o educando, pois todo homem educado é livre e todo homem livre prescinde a qualquer tutelagem, não se deixando ser manipulado por uma minoria elitizada corruptora.

 

            Nós educadores precisamos desacatar a lei dos deuses representados pelas pessoas inseridas no paraíso acima e comermos dos frutos da árvore do conhecimento, e também, levarmos estes frutos a todos que têm fome e sede de conhecimento e que querem ser libertos. Precisamos não fugir deste paraíso, mas acabar com ele, fazendo desta nação, uma mãe gentil, uma pátria amada por todos cidadãos fazendo com que a equidade impere entre seus filhos.

            Como educadores precisamos espelhar nossa grandeza e fazer resplandecer a imagem de uma educação norteadora para uma cidadania crítica e protagônica a qual fará com que os filhos dessa Mãe Gentil se sintam amados, protegidos  e não mais  psicologicamente fracos e dependentes a ponto de se deixarem alienar por manipuladores oportunistas, criando leis injustas que beneficiam a si próprio. Precisamos como educadores, auxiliar o educando a encontrar o seu livre arbítrio que foi perdido a muito tempo, e assim, o despertar deste berço esplêndido para que o mesmo possa viver dignamente.

Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade – www.wolmer.pro.br

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