Formação continuada de docentes é suspensa no RS
O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de educação Básica (SEB), realizou na quinta-feira, 16 de maio, o webinário extraordinário sobre emergência climática e educação integral. Durante o encontro, a coordenadora do Programa de Formação Continuada para Profissionais da Educação Básica na Perspectiva da Educação Integral em Tempo Integral no Rio Grande do Sul, Danusa Bonotto, informou que, em função das condições impostas pelos eventos climáticos severos no estado do Rio Grande do Sul, as atividades de formação continuada previstas no âmbito do programa estão suspensas por tempo indeterminado no estado.
Bonotto garantiu, porém, que o vínculo, a comunicação e o apoio cabível serão mantidos aos cursistas e às redes de ensino. A decisão ocorreu após alinhamentos entre a SEB; a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), parceira da secretaria na realização dos cursos; e as entidades ligadas à educação básica no estado.
O webinário foi transmitido pelo canal do MEC no YouTube e visou debater a educação integral em contextos de emergência climática e ambiental, o acolhimento às comunidades escolares e a proteção social às crianças e aos adolescentes.
Educação ambiental – A coordenadora-geral de Educação Integral e Tempo Integral, Raquel Franzim, destacou que os eventos climáticos impactaram a vida de milhares de pessoas no Rio Grande do Sul e “afetaram diretamente milhões de crianças e adolescentes de toda a estrutura da Secretaria de Educação, com um número muito alto de escolas destruídas ou organizadas como abrigos”.
Ela apontou que os impactos das mudanças climáticas são provocados pela enorme intervenção humana no sistema de vida do planeta. “Falar de emergência climática, falar de educação em contexto de emergência, é falar de proteção às trajetórias escolares. É falar de justiça social e da educação como um dos setores responsáveis pela proteção à vida, pela justiça social, ambiental e climática”, afirmou.
Por isso, em sua visão, o webinário trouxe uma discussão oportuna, ao debater “qual é o papel que a educação integral deve ter neste tempo histórico, entre tantos desafios, desigualdades sociais, educativas e raciais, além dos impactos das emergências climáticas”.
Para Rita Silvana, coordenadora-geral de educação ambiental da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC, tão importante quanto saber lidar com situações adversas é preciso pensar em ações para evitar novos desastres. “Precisamos identificar quais as causas que geram essas emergências climáticas e suas relações com padrões socioambientalmente sustentáveis. Essas emergências não acontecem por acaso, quais as nossas ações diante de estudos que mostram os motivos delas acontecerem?”, apontou.
O encontro contou ainda com a participação de representantes da UFFS; da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) do Rio Grande do Sul; da Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Sul; e da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação do Rio Grande do Sul (Uncme/RS). Também participaram especialistas do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef); do Instituto Alana; e da Associação Pedagogia da Emergência.
Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da SEB - 17.05.2024