28/01/2021

Falsa Equivalência

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

 

Como visto no texto A Educação e a Relativização[1], publicado na Revista Gestão Universitária em 15 de janeiro de 2021, foi elucidado que o relativismo é algo comum, e assim pode-se perceber que quanto menos discernimento a pessoa tiver, mais relativizações ela fará, e de forma concomitante mais falsas equivalências.

A falsa equivalência é uma forma de comparar um situação com outra sem que exista uma correlação, por exemplo, é como se eu comparasse banana com beterraba, fizesse afirmações conclusivas da banana aplicada também a beterraba.

A falsa equivalência não passa de uma falácia lógica, comparando dois elementos opostos sob o prisma da ignorância, o que pode ser denominada também falácia da inconsistência.

A inconsistência é algo comum quando não se trabalha as bases da ciência, o que se tornou comum em nosso cotidiano, já que opiniões imbecilizadas são verdades inquestionáveis para uma massa subalterna e alienada.

A educação de qualidade tende a refutar qualquer falsa equivalência, já que a mesma trabalha com a verdade amparada pelo conhecimento, e segundo Morin em seu livro O Método IV . As Idéias, publicado pela Biblioteca Universitária em 1991, a missão do conhecimento é de emancipar-se para se tornar ciência.

O autor esclarece ainda que é verdade que todo o conhecimento, incluindo o conhecimento científico, está enraizado, inserido e dependente de um contexto cultural, social e histórico, e este mesmo conhecimento fez o homem fissionar o átomo, decifrar o genoma, rastrear a evolução da vida e compreender a história da própria humanidade, proporcionando, assim um desencantamento do mundo.

Segundo Gallo em seu livro Ética e Cidadania: caminho da filosofia, elementos para o ensino da filosofia, publicado pela Papirus em 2003 ressalta que foi neste processo de desencantamento que o método científico teve o seu crescimento no período Renascentista.

            Dito isso, cabe ressaltar que a educação pública embora seja sofrível para nossos educandos obterem um discernimento e completo desenvolvimento cognitivo para refutar qualquer falsa equivalência, caberá a nós educadores fomentar a pesquisa para que estes desenvolvam em si a autonomia pela busca do conhecimento, fugindo a alienação e a subalternidade domesticada.

 

[1] Para mais informações vide http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/a-educacao-e-a-relativizacao

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