Etnozoologia: O Uso d Fauna Como Recurso Medicinal
Ismália de Jesus Pereira – Bióloga, Especialista MAES/UNEB. Funcionária da Secretaria de Saúde do município de Campo Formoso/BA
Ronaldo da Silva Carvalho – Biólogo, Doutor em Biotecnologia. Funcionário da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Cristiana de Cerqueira Silva Santana – Bióloga. Professora da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Professora do PPGECOH/UNEB.
RESUMO
A etnozoologia consiste no estudo entre a relação do homem com a fauna. O tratamento das enfermidades através dos animais ou parte destes, como por exemplo, a gordura, a carapaça, o sangue, dentre outros, é chamado de zooterapia. As substâncias ou produtos terapêuticos resultantes do uso da fauna para o tratamento de doenças são denominados zooterápicos. O presente trabalho consiste em breve revisão de literatura sobre o tema e foi realizado a partir de pesquisa de artigos e livros.
Palavras-Chaves: Zooterapia. Animais. Tratamento de enfermidades.
1. INTRODUÇÃO
O termo ethno é empregado para descrever a forma como a sociedade percebe o mundo (MARTIN, 1995). A Etnobiologia consiste em estudos voltados para conceitos desenvolvidos pela sociedade a respeito da biologia (POSEY, 1987); esta corresponde uma área ampla envolvendo tanto as Ciências Biológicas quanto as ciências sociais. A Etnozoologia enquanto ramo da Etnobiologia é definida como o estudo dos saberes, significados e modos de utilização dos animais nas diversas sociedades humanas (OVERAL, 1990). Costa-Neto (2007), complementa essa definição como sendo o estudo dos pensamentos, emoções e comportamentos que venham a fazer parte da relação entre o homem e a fauna, sendo, segundo Barbosa; Alves (2010) esta relação existente desde os tempos remotos.
A zooterapia consiste no uso da fauna como recurso terapêutico por parte da sociedade e muitas vezes esta prática está ligada ao mundo sobrenatural, visto que, existem rituais, magias, superstições e simpatias pelos praticantes (COSTA-NETO, 2005; 2006). É uma prática empírica, transmitida oralmente de geração em geração (DIEGUES, 1996), no entanto, não desprezada cientificamente, uma vez que, existem fármacos na medicina moderna no qual a fauna atua como coadjuvante, como por exemplo, a utilização das esponjas marinhas (poríferas), que se encontram disponíveis no mercado: a Ara-A (antiviral) e Ara-C (de tumor) (REGALADO et al., 2010).
No Brasil, o uso da fauna como recurso terapêutico tem sido utilizado tanto por grupos indígenas quanto por descendentes europeus (COSTA-NETO; OLIVEIRA, 2000) e desde 1980, publicações tem enfatizado os zooterápicos dentro de diversos aspectos tanto ambientais quanto sociocultural por parte das comunidades tradicionais (ALVES, 2009). A revelação das práticas medicinais populares, principalmente, da zooterapia representa uma interação de princípios indígena, africano e europeu, o que evidencia tal prática desde o início da colonização (SILVA, ALVES, ALMEIDA, 2003).
Embora haja uma prática relativamente comum em relação à zooterapia, ainda há poucos estudos nesta área quando comparados a Etnobotânica, embora ambas estejam ligadas ao cotidiano populacional, sobretudo, nas classes economicamente menos favorecidas, parte destas, muitas vezes tem as suas raízes e crenças dos seus antepassados, o que influencia na utilização da fauna ou flora para os fármacos (COSTA-NETO, 2007).
Neste contexto, este trabalho apresenta como objetivo levantar informações bibliográficas sobre a utilização da fauna como recurso medicinal popular. A metodologia utilizada se refere à pesquisa de artigos e livros que discutem tal tema.
2. UMA SUCINTA ABORDAGEM ETNOBIOLÓGICA/ETNOZOOLÓGICA
A palavra ethno tem sido empregada com frequência para descrever o modo como às sociedades veem o mundo (MARTIN, 1995), quando o prefixo ethno é utilizado consecutivamente a uma disciplina acadêmica, como, por exemplo, Biologia ou Zoologia entende-se que os pesquisadores destas áreas tentam mostrar as percepções por parte das sociedades locais dentro do foco acadêmico (HAVERROTH, 1997; ALVES et al. 2010).
A Etnobiologia é a ciência do conhecimento e dos conceitos confeccionados por qualquer cultura em relação à Biologia, em outras palavras, a Etnobiologia tem seus estudos voltados não somente para ao ambiente natural, mas para as espécies seja de fauna ou flora que, por sua vez, atingem alguma relevância social, religiosa e simbólica dentro de uma sociedade (POSEY, 1987). É uma área ampla, possuindo vários campos de estudos, tanto das Ciências Biológicas, destacando-se a Botânica, Zoologia e Ecologia quanto das Ciências Sociais, sobretudo a Antropologia e a Sociologia (SOUZA et al., 2009).
Os estudos etnobiológicos têm mostrado que a utilização dos recursos naturais pelas culturas humanas fornecem novas alternativas para a utilização do meio ambiente podendo estabelecer uma complementação entre o conhecimento tradicional e o conhecimento científico, visto que, ambos contribuem para o manejo dos recursos naturais, de modo que resultem na preservação da biodiversidade (SANTOS-FITA; COSTA-NETO, 2007; MOURA; MARQUES, 2007).
O termo Etnozoologia teve início no final do século XIX nos Estados Unidos, todavia, na literatura, este termo só eclodiu em 1914 no artigo Ethnozoology of the Tewa Indians de Henderson e Harrignton (COSTA-NETO, 2000; SANTOS-FITA; COSTA-NETO, 2007).
A Etnozoologia pode ser entendida como a ciência dos pensamentos, das emoções, do conhecimento, do comportamento que possam intervir na relação entre o homem e a fauna no ecossistema no qual estão inseridos (SANTO-FITA; COSTA-NETO, 2007). Neste contexto a Etnozoologia consiste em levantamentos faunísticos de uma determinada sociedade a fim de conhecer a sua significância e a utilização destes animais por parte da comunidade, assim como também a nomenclatura da fauna por parte de um grupo étnico e das demais culturas existentes (RAZERA et al., 2006).
No Brasil, a Etnozoologia tem se realçado através dos estudos que abordam as diversas formas de relação entre homem/animal, ora esta relação esteja ligada ao mundo natural ou sobrenatural, visto que tais utilizações zooterápicas estão voltadas misticamente para crenças, simpatias, rituais etc. (COSTA-NETO, 2005). No entanto, estes estudos ainda são poucos explorados quando comparados aos estudos etnobotânicos (ALVES; DIAS, 2010), de modo que há a necessidade de novos estudos para que possa assim desencadear interesse e motivação para novos trabalhos nesta área.
A Etnofarmacologia se refere à utilização tanto da fauna como da flora para fins terapêuticos e seu estudo está voltado para o conhecimento intelectual popular humano e não para superstições e, faz-se necessário aceitar os conhecimentos milenares das culturas existentes, desprezando-se os preconceitos (ELISABETSKY, 2003). Diante dos registros escassos sobre a zooterapia, se evidenciam as possíveis perdas de informações nos aspectos etnofarmacológios, que poderiam auxiliar nas pesquisas científicas (SILVA; ALVES; ALMEIDA, 2003), o que culmina para o diagnóstico das propriedades terapêuticas, assim como os seus efeitos adversos (SOUTO et al., 2011).
3. INTERAÇÕES ENTRE O HOMEM E A FAUNA
Os animais são utilizados pelas sociedades não somente para alimentação ou domesticação destes, mas também como uma solução para doenças que são acometidas ao homem e cada uma destas apresenta a sua própria cultura (BARBOSA; ALVES, 2010) sendo assim a cultura é a identidade dos povos que habitam uma determinada sociedade, caracterizando assim a etnia fundamentada em diferenças (RAZERA; BOCCARDO; PEREIRA, 2006).
Durante o decorrer dos tempos torna-se, cada vez mais, perceptível a interação entre os seres humanos e os animais, ou seja, a reciprocidade de dependência entre ambas as partes, sendo evidenciado pelas próprias necessidades humana, seja física, alimentar, ou na saúde o que mostra que esta relação é antiga e de alguma maneira, a sociedade é dependente dos animais no seu cotidiano. A relação entre homem/fauna é comumente presenciado nas pinturas rupestres com animais selvagens (GODIM, 2012).
As atitudes relacionadas aos animais encontram-se ligadas aos sentimentos tanto de apreço quanto de desprezo ou até mesmo a arrogância que o ser humano tem para com eles (MENDES, 2005). Dessa forma, as sociedades dissemelhantes veem, qualificam e usam os animais de várias formas, sendo estes usados de acordo com a tradição e crença de cada comunidade (ALVES, 2012). Sob este ver, tais interações entre o homem e a fauna podem ser estudadas do ponto de vista das disciplinas da ciência ocidental, como, a Zoologia, Antropologia, Etologia e Ciências Sociais, assim como também, pela vista das etonociências (COSTA-NETO, 2000). Um dos aspectos registrados, na documentação histórica, sobre a relação entre homem/fauna compreende a utilização do animal ou dos seus derivados para o tratamento de doenças (ALVES, ROSA; SANTANA, 2007).
A utilização medicinal faunística se estende até os dias de hoje, sendo esta prática conhecida como zooterapia, uma manifestação popular notável tanto por histórias profundas quanto por uma ampla distribuição geográfica (ALVES; ROSA, 2005).
Portanto, é perceptível que o homem atua de acordo com a sua cultura e a sua condição socioeconômica. Roncayolo (1986) apud Pinto (2011) diz que “somente a abstração pura pode isolar um organismo do seu ambiente”, um organismo não pode ser completamente entendido fora do seu habitat, pois dessa forma, desconhecerá o seu comportamento, as suas ações e reações que exerce dentro do seu ambiente ao qual está adaptado (PINTO, 2009).
4. CONHECENDO A ZOOTERAPIA
A Zooterapia consiste no uso de animais ou partes destes para a produção de substâncias que venham fazer parte do tratamento de enfermidades, ora de produções metabólicas, ora de secreções ou excreções do animal para finalidades não somente de tratamento, mas também de prevenções a doenças surtidas no homem, assim com também, sendo utilizados como amuletos (ALVES; ROSA, 2005; COSTA-NETO, 2005, 2011; PALITOT et al., 2012).
O uso de animais para fins terapêuticos é possivelmente tão antiga quanto a capacidade do homem em utilizar
As práticas terapêuticas com a fauna representa uma significância cultural, isto promove resultados que auxiliam na investigação para fármacos clínicos científicos, considerando-se assim, a zooterapia uma prática positivista, todavia, apresenta seus pontos negativos, quando relacionados à extinção das espécies, devido à exploração indevida e descontrolados (LIMA, 2010).
Os fármacos de origem zooterápica são produzidos a partir de animais inteiros ou partes destes, como pelos, couros, banhas, dentes, produtos metabólicos, ou até mesmo, materiais fabricados por estes, como por exemplo, casulos e ninhos (COSTA-NETO, 2005).
O conhecimento tradicional, o qual se configura no saber adquirido de geração em geração ajusta-se dentro do mundo natural ou sobrenatural, por parte dos moradores tanto da área urbana quanto da área rural (DIEGUES, 2001). A utilização da zooterapia justifica-se, muitas vezes nos conhecimentos populares e na transmissão oral destes saberes, já que esta prática se encontra vigorosamente ligada a ambientes rurais; tais práticas populares de saúde são dotadas de superstições, magias e simpatias (COSTA-NETO, 2005; 2006).
A zooterapia é de suma importância dentro de diversos ambientes socioculturais, tal fato é evidenciado através das recentes publicações onde se tem vários paradigmas relacionados ao uso dos remédios proveniente da fauna, podendo esta prática ser encontrada em áreas urbanas, semiurbanas e locais afastados, ou seja, pode ser encontrada em todas as partes do mundo, sobretudo, nos países em desenvolvimento (ALVES, ROSA; SANTANA, 2007), nestes países a medicina tradicional é praticada por 80% da população (ALVES; ROSA, 2005; ALVES, ROSA; SANTANA, 2007).
Tanto animais silvestres quanto animais domésticos são utilizados com propósitos medicinais e infelizmente, diversos destes animais encontram-se na lista de advertidos de extinção, o que sugere a realização de novos estudos zooterápicos, de modo que, a população possa explorar de maneira sustentável este recurso vital para todo o ser vivo (COSTA-NETO, 2011).
5. USO DE ANIMAIS NA PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS
Atualmente observa-se que parte dos fármacos comercializados em indústrias farmacêuticas contém animais ou parte destes, diante disso, conclui-se a utilização da fauna na medicina não é limitado ao uso popular (ALVES; ROSA, 2005; SILVA, 2010).
Um exemplo típico da utilização da fauna na medicina tradicional é o medicamento “captropil”, uma droga anti-hipertensiva, cuja coadjuvante é uma proteína extraída do veneno de serpentes (LIMA, 2010).
As esponjas são outro exemplo de fauna dos invertebrados que se encontra presente nos fármacos científicos. Substancias produzida por estes animais têm sido analisadas para a composição de drogas cientificas medicamentosas, a arabinosilcitosina ou comumente, chamada de ARA-C, foi isolada de uma esponja empregada na quimioterapia no tratamento da leucemia e na zidovudina (AZT), sendo esta uma substancia antiviral que atua como coadjuvante na produção do coquetel contra a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, a AIDS (LIMA, 2010).
Segundo Coutinho (2008), apud Silva (2010) o comércio mundial de fármacos naturais atinge atualmente vários bilhões de dólares. No Brasil, esse movimento, ou seja, o comércio de fármacos naturais, não apresenta tamanha relevância financeira, visto que, a medicina popular neste país, promove um disparo econômico mínimo, já que, os comerciantes são de classes sociais menos favorecidas e na sua grande maioria, não alfabetizados (ALVES; ROSA; SANTANA, 2007).)
Os insetos podem ser considerados outro grupo animal que apresenta uma influência diversificada dentro das culturas (COSTA; RODRIGUES, 2006), além da sua utilização dentro da medicina popular há também o uso destes na medicina científica, como por exemplo, o uso das apitoxinas.
A apitoxina consiste em uma substância encontrada no veneno das abelhas cuja obtenção é feita a partir de choques elétricos nesses animais. A apitoxina é indicada para uso em problemas de artrite, artrose, reumatismo. Estudos estão sendo realizados para a comprovação da sua eficiência, visto que, pode ser benéfico ou maléfico a saúde humana, todavia o seu uso e comercialização já é bastante comum, (LIMA, 2010).
Diversas culturas, em todo o mundo, utilizam medicamentos tradicionais, e estes por sua vez, são constituídos por plantas ou animais como coadjuvante. Embora, a predominância seja a flora, há registros de parte de muitas espécies faunísticas, presentes na Medicina Tradicional chinesa; cerca de 400 espécies animais foram utilizadas na medicina tradicional do Vietnã, porém, muitos animais são caçados principalmente pela sua carne, sendo secundário o recurso zooterápico (WALSTON; ASHWELL, 2008).
6. CONSIDERAÇÕES
O Brasil é um país rico em espécies seja faunística, seja botânica sendo considerado um país diverso (TORRES, et al., 2009), apresentando mais de 13% da biota mundial (LEWINSOHN; PRADO, 2005), dentre as diversas possibilidades que a população tem para usufruir a biodiversidade, destaca-se o recurso terapêutico, tanto botânico quanto zoológico (ALVES; ROSA, 2005). Desde 1980, no Brasil, diversas publicações enfatizam a importância dos zooterápicos para as comunidades tradicionais dentro de diversos aspectos tanto ambientais quanto sociocultural (ALVES, 2009).
Os estudos sobre a utilização medicinal tradicional através dos animais é de extrema importância para assuntos que estejam relacionados à biologia de conservação, políticas de saúde pública, controle dos recursos naturais e pesquisas biológicas (MAHAWAR; JAROLI, 2008).
A fauna e a flora são utilizadas extensivamente na região nordeste do Brasil, sobretudo, na região semiárida com finalidades medicamentosas e curativas (ALVES, 2009). Entretanto, as exerces zooterapêuticas a respeito dos animais silvestres, precisam ser cautelosamente estimadas, sobretudo, porque dissemelhante de vários fármacos provindo das plantas, o preparo de parte dos fármacos derivados dos animais é obtido após a morte destes, assim o uso dos animais para finalidades medicinais é um motivo de preocupação para algumas espécies (LEE et al.,1998; SOUTO et al., 2011).
A comunidade cientifica mundial tem demonstrado uma grande preocupação diante do elo existente entre as espécies ameaçadas de extinção e a busca da medicina tradicional, isso decorre, devido à sobre-exploração faunística, como por exemplo, o rinoceronte, os tigres, entre outras espécies, principalmente na Ásia e na África que tem sido utilizado para propósitos medicinais, rituais, crenças, etc (COSTA-NETO, 2005).
Percebe-se, então, que a medicina tradicional, também chamada de medicina popular deve ser entendida como uma das diversas maneiras que podem levar as espécies a enquadrar-se como ameaçadas de extinção (SOUTO et al., 2011).
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