24/07/2017

Estágio Supervisionado I em Geografia

Universidade do Estado do amazonas - UEA
Nucleo de Ensino Superior de Presidente Figueiredo
Curso de Licenciatura em Geografia
Relatorio de Estágio Supervisionado I
Presidente Figueiredo/AM
2017
CLEUDILENE DE ARAÚJO SANTOS E
EGLA-GADER K. CARDOSO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO-l
Relatório de Estágio realizado na Escola Mário Jorge Gomes da Costa apresentado no 5° período do Curso de Licenciatura em Geografia na disciplina: Estágio Supervisionado-l, para compor a nota da segunda avaliação (P2).
Orientadora: Danielle M. Araújo dos Santos
PRESIDENTE FIGUEIREDO/AM
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 4
1. ESTÁGIO SUPERVISIONADO – I ........................................................................................................ 6
2. SÍNTESE DO CADERNO DE MEMÓRIA.............................................................................................. 7
3. EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NO ESTÁGIO À LUZ DO REFERENCIAL TEÓRICO ............................... 9
3.1 Estrutura Física ......................................................................................................................... 9
3.2 Interdisciplinaridade................................................................................................................ 10
3.3 Indisciplina ............................................................................................................................... 11
3.4 Falta de qualificação profissional ............................................................................................ 11
3.5 A falta de contextualização nos assuntos ministrados ........................................................... 12
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 14
SUGESTÕES PARA MELHORIA DO ESTÁGIO .......................................................................................... 15
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 16
ANEXOS ................................................................................................................................................. 17
INTRODUÇÃO
O estágio é um dos momentos mais importantes para formação profissional, é nesse momento que o futuro docente tem a oportunidade de ter o contato com a realidade profissional que, futuramente será inserida no cotidiano da profissão. Lá é o momento em que ele vai por em pratica todo conhecimento adquirido no decorrer do curso.
Conforme a Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008, define o estágio como o ato educativo escolar supervisionado, que visa à preparação para o trabalho produtivo do estudante. O estágio é um componente curricular obrigatório que faz parte do Projeto Pedagógico do curso presente em sua Matriz Curricular do Curso.
O estagio é a consolidação da teoria com a prática oportunizando a aprendizagem ao docente de ter uma percepção do cotidiano escolar. Pois o mesmo irá vivenciar e ganhar experiências como educador.
O estagio curricular é compreendido como um processo de experiência prática, que a aproxima o acadêmico de sua área de formação e o ajuda a compreender diversas teorias que conduzem ao exercício da sua profissão. É um elemento curricular essencial para o desenvolvimento dos alunos de graduação. (SCALABRIM & MOLINARI, S/D,P.4)
Essa experiência é adquirida a partir da observação e da vivencia no ambiente escolar. Pois uma formação baseada no contexto real possibilita a construção de conhecimentos durante o estagio. O mesmo se constitui como um vasto campo a ser explorado pelos que anseiam ter êxito em sua área profissional.
O estágio foi de suma importância, pois foi através dessa experiência única que tivemos a oportunidade de vivenciar a realidade diária dos docentes que lidam com as mais diversas dificuldades no exercício de sua profissão e também tivemos a chance de presenciar de perto a relação professor x aluno e o processo ensino-aprendizagem.
Nesse primeiro momento trabalhamos as turmas de 6° e 7° ano no horário matutino. A escolha da escola se deu dentro da sala de aula onde a nossa
orientadora nos apresentou duas escolas como opção e são elas: Escola Municipal Mario Jorge Gomes Costa e a Escola Municipal Deise Lanmael.
A nossa escolha foi a Escola Mário Jorge Gomes que se localiza no centro do Município de Presidente Figueiredo e tem como público alvo alunos não somente da sede do município mais também alunos oriundos da zona rural do Município destaque esse que nos chamou atenção e nos estimulou na escolha de tal escola para a realização do estágio.
O estágio se faz importante, uma vez que sem tal atividade é impossível o acadêmico obter experiências em relação à área a qual deseja ingressar, através do estágio o futuro docente terá o seu primeiro contato com a sua futura área de atuação.
1. ESTÁGIO SUPERVISIONADO – I
O Estagio foi realizado no munícipio de Presidente Figueiredo-AM. E por está localizada em uma área de fácil acesso no centro do Município o campo escolhido foi a Escola Municipal Mário Jorge Gomes da Costa situada no bairro Honório Roldão.
A escola trabalha com 880 alunos divididos em três turnos de ensino fundamental (6º ao 9º ano) e ensino de Adultos (Educação de Jovens e Adultos-EJA). Cujo alvo do nosso estágio são alunos de 6º e 7º ano nessa primeira fase do estágio supervisionado.
A criação da escola se deu a partir do Decreto nº 987 de 6 de Março de 1994, Lei orgânica do Município de Presidente Figueiredo pelo Art. 89, Item VI, com a finalidade de atender a comunidade com a Educação infantil (I e II período), mas que através do Decreto 1631 de fevereiro de 2014 muda a modalidade escolar para atender o Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e Educação de Jovens e Adultos(EJA).
Nessa primeira fase do estágio supervisionado, foi à primeira experiência em sala de aula, pois desconhecia a escola como professor apenas como pai de aluno. Mais essa experiência foi desafiante, pois tivemos a oportunidade de vivenciar na pratica o que conhecíamos apenas na teoria e o estagio nos proporcionou esse momento que foi de grande importância para os futuros professores.
A escola recebe alunos da Zona Urbana e da Zona Rural. E é constituída por uma mescla da sociedade média-baixa basicamente por filhos de agricultores, comerciantes, funcionários públicos e trabalhadores de economia informal.
A escola Mário Jorge está localizada no centro da cidade ao Norte da Praça da Vitória, a Oeste de um recorte florestal de preservação ambiental, a Leste da BR 174 e a Sul do Centro Comercial Potiguar.
A escola possui sua estrutura dividida por pavilhões, e se localiza em uma área declive ocasionando a dificuldade de locomoção dos professores e alunos.
A primeira impressão da escola foi no momento de observação no início do estagio, onde foi feito o Diagnóstico da Instituição Escolar onde adquirimos experiências únicas de situações reais de ensino.
A grande parte dos alunos da escola é oriunda da zona rural. Durante a atividade de observação do portão da escola, durante esse período notamos que raramente os mesmos chegam acompanhados dos pais Por se tratarem de adolescentes a presença dos responsáveis se faz necessária nessa trajetória a fim de inibir qualquer tipo de abordagem de pessoas má intencionadas, poia é nessa fase que muitos acabam enveredando pelo caminho das drogas.
Segundo a Pedagoga os pais alegam não ter tempo para estar mais presente na escola, e também tem dificuldade de ir à escola por conta de morar na zona rural. Para que os alunos tenham acesso na escola, a prefeitura disponibilizado ônibus para fazer o transporte escolar.
2. SÍNTESE DO CADERNO DE MEMÓRIA
Após o momento de observação e diagnóstico da escola, chega enfim, a hora de entrarmos em contato com os alunos em sala de aula. Fomos apresentadas aos alunos pelo professor supervisora do estágio aos alunos do 7° ano “C” onde tivemos a oportunidade de interagir com a sala.
No decorrer do estágio notamos a dificuldade dos alunos em conhecer as regiões, então elaboramos um jogo para aplicar na sala com os alunos. O objetivo do jogo era melhorar a aprendizagem deles sobre as regiões. Como foi elaborado o jogo? Foi confeccionado um mapa, os materiais usados foram; papel cartão cola tesoura, papel ofício, tampinha de garrafa pet, sendo as tampinhas de duas cores vermelhas e azuis. Como mostra a figura 1.
Como o jogo foi aplicado? A sala foi dividida em dois grupos, e cada grupo escolhia dois representantes para jogar. O jogo foi cronometrado, e a equipe que terminasse de montar em menos tempo, era a vencedora com direito a premiação, sendo o prêmio uma caixa de chocolate. Segue figura 2.
Esse jogo foi aplicado no 6°dia de estagio na sala do 7° ano, os alunos participaram e gostaram muito do jogo, todos interagiram e aprenderam através do jogo. O professor regente ficou observando e fotografando enquanto a gente aplicava o jogo, ele também gostou muito, e resultado foi bem satisfatório, tanto nós quanto para os alunos. e assim finalizamos as cinco aulas com sucesso. Segue figura 3 e 4.
A terceira etapa do estagio foi com os alunos do 6°ano “C”, (Segue figura 5) foi muito complicado para nós, pois a professora regente não estava presente por motivos pessoais mais a gente procurou saber o assunto que estava sendo trabalhado, para ficarmos por dentro do assunto. Ficamos quatro dias com um professor substituo (formado em Português e Artes ) que veio para substituir a professora Josefa. Através desse imprevisto foi possível ver a deficiência que a educação do Município está enfrentando com a falta de profissionais capacitados trabalhando em sua área de formação. E o descaso da parte da administração pública.
Mais como já tínhamos procurado saber os conteúdos que estava sendo trabalhado no 6° ano, compartilhamos com ele todo o assunto que estava em andamento e assim foi possível prosseguir com as aulas.
No último dia de estagio com a turma, o professor que estava substituindo a professora titular faltou, mais mesmo assim os alunos fizeram uma exposição de materiais como: celular, fitas cassete, máquina de datilografia, impressoras, celulares e entre outros que foi solicitado pelo professor na aula anterior como atividade avaliativa. Como mostra a figura 6.
O objetivo da exposição era para que os alunos pudessem visualizar todo o processo evolutivo tecnológico dos eletroeletrônicos desde a sua introdução até os dias de hoje com suas vantagens e desvantagens. O pedido da professora titular ficou em salas diferentes, uma permaneceu no 6° ano “C” e a outra foi direcionada para o 6° ano “B” que estava com o tempo vago com o objetivo de adiantar a matéria.
3. EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NO ESTÁGIO À LUZ DO REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Estrutura Física
Ao analisarmos a Estrutura Física de uma escola percebemos que ela contribui muito para que haja um bom aprendizado e um bom desenvolvimento do aluno. A estrutura Física foi um dos itens de destaque, pois a escola se encontra com uma estrutura carente de reparos.
A escola possui salas e banheiros em condições precárias, rachaduras, pinturas descascadas, um local totalmente despreparado para as práticas educacionais onde o aluno deve encontrar conforto e comodidade para que sinta prazer em estar em tal recinto. Conforme mostra a figura 7.
Outro ponto a ser citado, por exemplo, é a falta de um espaço para a prática de Educação Física, o que leva os professores a improvisarem suas aulas em um pequeno espaço localizado na frente do refeitório ou tendo que se deslocar para uma quadra localizada na área externa da escola. Como mostra a figura 8
Podemos citar também a falta de um espaço próprio para a biblioteca, pois esta funciona como sala dos professores e assim provando os alunos de realizarem suas pesquisas escolares.
O espaço escolar educa, pois a relação entre usuários e espaço físico vai além do formal, nele está representada sua dimensão simbólica e pedagógica e através de sua arquitetura podemos ler e interpretar a História da Educação e que ao mesmo tempo podemos ler a própria história dos poderes. (ROSA & GALERA, s/d. p.3)
Como a autora ressalta o espaço físico é o representante simbólico da História da Educação é responsável em transmitir segurança e liberdade para que o discente e até mesmo o corpo docente possam progredir juntos no processo ensino-aprendizagem.
Sugestão: Ciente de tais problemas a solução apropriada seria uma reforma geral da escola e uma reorganização de seu espaço, disponibilizando uma sala para os professores e com isso liberando a biblioteca para os alunos.
3.2 Interdisciplinaridade
A Interdisciplinaridade é fundamental para a educação como um todo e pode servir de ponte para o melhor entendimento das disciplinas entre si, e também pode ser um ponto positivo para complementar os conteúdos, mais infelizmente as práticas de ensino vista em ambiente escolar ainda é muito individualismo.
Durante o estágio foi possível observar duas maneiras de ministrar aula, com o professor que nos acompanhou durante o estágio no 7° ano foi possível observar que mesmo que superficialmente ele entrou na área de História dando exemplos e enriquecendo o conteúdo da aula e com isso levou os alunos a relembrarem um pouco de História.
Já a professora que nos acompanhou no estágio no 6° ano seguiu a risca o conteúdo programático de Geografia tornando sua matéria cansativa e sem atrativos para seus alunos que achavam em conversas paralelas um modo de passar o tempo.
Para que ocorra a interdisciplinaridade não se trata de eliminar as disciplinas, trata-se de torná-las comunicativas entre si, concebe-las como processos históricos e culturais e sim torna-la necessária a atualização quando se refere às práticas do processo ensino-aprendizagem. (BONATTO et al,2012,p.3)
Segundo os autores a interdisciplinaridade tem que ser vista como uma ponte
entre as disciplinas e entre os professores onde os mesmos podem ter liberdade de ir muito além de sua área de formação com o objetivo de unificar ensino tornando a aprendizagem mais eficaz e proveitosa para o aluno.
Sugestão: Infelizmente não vivemos essa realidade de ensino dentro das salas de aula, mais cabe à aqueles que promovem o conhecimento tornar isso possível dentro do cotidiano escolar e fora dele. Através de debates entre os professores é possível destacar a importância da interdisciplinaridade para a promoção do conhecimento.
3.3 Indisciplina
A indisciplina é um fator que tem pesado na falta de estimulo do professor, pois vivemos em um mundo em que a juventude é influenciada por uma sociedade corrupta que faz apologia ao sexo e as drogas. A indisciplina foi uma prática visível na sala de aula durante o estágio, o total desrespeito à figura do professor.
Esse é o reflexo do que se ver no cotidiano da sociedade refletido dentro dos portões da escola. No estágio foi possível observar alunos em conversas paralelas e ficavam totalmente alheios ao que era transmitido e os constantes apelos do professor para que eles prestassem atenção na aula sem contar aqueles que saiam da sala sem permissão. Segue a figura 9
Segundo Callai (s/d,p.58) “É importante que se considere, na educação a nova realidade do mundo atual, cuja característica implicam que a velocidade da informação supera qualquer distância, e que todos os problemas do cotidiano se entrelaçam em níveis complexos.”
Sugestão: Para que esse problema seja resolvido é necessário que o professor conheça seus alunos, sua vivência fora dos portões da escola, a dificuldade enfrentada para chegar ao âmbito escolar e procurar contextualizar suas aulas, buscar dinamizar o ensino e assim prender a atenção de seus alunos.
3.4 Falta de qualificação profissional
A falta de qualificação profissional é outro problema constante enfrentado na rede de ensino de Presidente Figueiredo. A escola Mário Jorge apresenta vários casos de professores em desvio de função, não possuem qualificação profissional na área de Geografia.
E essa é uma das razões que faz com que o ensino não tenha qualidade, professores sem qualificação acabam transmitindo uma aula sem qualidade e sem vida onde só o aluno é o grande prejudicado, muitos professores por questões financeiras acabam aceitando uma disciplina que se aproxima de sua área de formação ou até mesmo aceitam outra área de conhecimento, pois se acham
capacitados para lecionar tal matéria, como por exemplo, professores de Geografia que dão aula de Inglês, ou Religião, ou Artes prejudicando a vida acadêmica de seus alunos.
Se a formação do professor é tão importante para melhorar o ensino, estamos de frente a um problema que requer uma solução prática e efetiva. Contudo, dar formação não significa mudar a prática. Em uma sociedade democrática, onde se confrontam múltiplos interesses e estratégias a mudança do sistema educativo terá necessariamente um longo percurso. (CASTELLAR s/d p.58)
Segundo a autora a formação do professor se faz necessária para que haja qualidade no ensino e para que tenha essa evolução no sistema educacional há um longo percurso a ser percorrido mais que poucos estão dispostos a segui-lo.
Sugestão: Diante desses fatos a solução para esse problema seria uma implantação de políticas públicas que viessem a melhorar as condições salariais a ponto de que o professor não precise acumular cargos para melhorara suas condições financeiras. Cabe a o governo fornecer qualificação a esses profissionais, viabilizando assim condições para que eles possam ensinar com segurança e qualidade.
3.5 A falta de contextualização nos assuntos ministrados
Uma das razões que leva o desinteresse dos alunos é que muitas vezes o assunto ministrado não tem nada a ver com o cotidiano do aluno. Muitos livros didáticos são confeccionados em regiões que não tem nada a ver com a sociedade em que os alunos estão inseridos e o professor acaba transmitindo fielmente o que o livro didático apresenta sem trazer para o contexto social em que o aluno vive e isso causa o desinteresse pela disciplina ministrada.
Na prática do estágio foi possível observar a falta de contextualização do assunto dentro na sala de aula, que como vimos na teoria essa prática se faz necessária para a consolidação do processo ensino-aprendizagem. A rotina repetitiva do professor apenas copiar o texto no quadro e dar uma breve explicação sobre o assunto acaba deixando a aula monótona para os alunos
A escola, enquanto instituição social, é um dos espaços privilegiados de formação e informação, em que a aprendizagem dos conteúdos deve estar em consonância com as questões sociais que marcam cada momento histórico ou seja, deve estar relacionada ao cotidiano dos alunos, desde o aspecto local ao global.(OLIVEIRA, s/d,p.7)
A aprendizagem significativa é aquela que está relacionada com o espaço vivido do aluno. Quando se contextualiza um conteúdo o professor está trazendo informação e relacionando com o cotidiano do aluno dando significado e promovendo uma aprendizagem real que começa do local para o global.
Sugestão: A solução mais prática para essa problemática é o professor utilizar livros didáticos que contenham informações socioambientais do cotidiano do aluno. Outra solução viável seria as aulas de campo para que o aluno tenha um contato direto com o assunto que está sendo estudado. O professor também pode fazer associações dos assuntos que está no livro didático com a realidade vivida pelo aluno, ou seja, o professor fazendo uso dessa prática ele estará estimulando e seu aluno a pensar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estagio nos trouxe muitas experiências, uma delas foi ter que ministrar aulas logo nos primeiros dias de estágios, sem ter nenhum conhecimento prévio sobre os conteúdos que estava sendo ministrados. Mais esses obstáculos foram vencidos no decorrer do estágio e nos dias em que o professor não comparecia nas aulas, nós o substituíamos dando continuidade ao assunto e correu tudo bem.
Essa atividade foi de grande relevância para nós, futuros docentes. Vivenciar de outro ângulo o cotidiano, tanto de funcionários como dos alunos e vê as dificuldades por eles enfrentadas no seu dia a dia nos deu já de início uma ideia de como é difícil a realidade educacional na prática. Sendo esse o primeiro confronto entre os muitos que encontramos nessa tão falada dicotomia que envolve teoria e prática.
O estagio foi um espaço de vivencia que nos permitiu refletir sobre algumas questões, que interferem no processo de ensino e aprendizagem, bem como os comportamentos dos alunos ,as disciplinas, o corpo docente da escola, as estratégias usadas para que ocorra a aprendizagem dos discentes.
SUGESTÕES PARA MELHORIA DO ESTÁGIO
Durante o estágio enfrentamos muitas dificuldades logo no início, pois era visível a falta de atenção e acolhimento da parte do corpo docente da escola. Não tivemos acesso à sala dos professores para participar das atividades curriculares junto a eles, a falta de informações e comunicação.
Contudo em meio a essa situação desconfortável havia a Pedagoga a qual sempre nos recebeu de pronto para responder a todas as duvidas em relação a escola e aos alunos e sua funcionalidade.
Segue como sugestão de melhoria, que haja uma melhor preparação de todo do corpo docente da escola como um todo, visto que a atividade do estágio só vem a somar para a melhoria do desempenho das atividades escolares.
REFERÊNCIAS
BONATTO, Andreia et al, IX ANPED SUL Seminário de pesquisa em educação da Região Sul. 2012, p.3.
CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: A Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental. s/d,p.58.
CASTELLAR, |Sonia Maria Vanzella. A formação de professores e o ensino da Geografia.s/d,p.58.
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO Anselmo Lázaro. Geografia Homem & Espaço. 7º ano – 24. ed – São Paulo: Saraiva, 2015.
OLIVEIRA, Wilandia Mendes de. Uma abordagem sobre o papel do professor no processo ensino-aprendizagem. s/d,p.7.
SCALABRIM, Izabel Cristina; MALINARI, Adriana Maria Corder. A importância da prática do estágio supervisionado nas licenciaturas. s/d, p.4.
ANEXOS
Figura1: Jogo das tampinhas
Fonte: Santos, (2016)
Figura 2: Exposição do jogo e do brinde
Fonte: Santos, (2016)
Figura 3: Primeira equipe interagindo no jogo
Fonte: Santos, (2016)
Figura 4: Segunda equipe interagindo no jogo
Fonte: Santos, (2016)
Figura 5: Alunos do 6° ano “C”
Fonte: Santos, (2016)
Figura 6: Exposição dos materiais eletroeletrônicos
Fonte: Santos, (2016)
Figura 7: Espaço improvisado para as aulas de Educação Física
Fonte: Santos, (2016)
Figura 8: paredes descascadas
Fonte: Santos, (2016)
Figura 9: Alunos alheios à aula que está sendo ministrada
Fonte: Santos, (2016)
2.1- Relato das atividades realizadas no estágio
30 HORAS DE AULA TEÓRICA NA UEA
DATA ATIVIDADES
20/03/17
Apresentação da Ementa da disciplina, Orientação sobre o estágio e o relatório.
21/03/17
Orientação sobre a aula avaliativa e do projeto de pesquisa.
24/03/17
Orientação com a professora Danielle na UEA acerca da elaboração do projeto e montagem do banner.
03/04/17
Apresentação do projeto em sala de aula na UEA.
13/06/17
Seminário de apresentação das atividades do estágio.
14/06/17
Seminário de apresentação das atividades do estágio.
90 HORAS DE AULA PRÁTICA NA ESCOLA DATA ATIVIDADES
22/03/17
Apresentação dos estagiários na escola Maria Calderaro, entrega da carta de apresentação à pedagoga da instituição Elma Sônia de Souza Corrêa, divisão dos estagiários por turma e série e em seguida observação do ambiente escolar.
23/03/17
Coleta de dados sobre a escola para a produção do relatório.
27/03/17
Observação em sala de aula com a professora Valdirene no 9° ano “1”
28/03/17
Reunião com a professora Valdirene acerca da divisão do conteúdo a ser aplicado junto aos alunos do 9° ano “1”
29/03/17
Observação da apresentação dos alunos em sala de aula
31/03/17
Observação da apresentação dos alunos no auditório
02/04/17
Participação na execução do Projeto de Intervenção na escola Estadual Maria Calderaro “Consumo consciente da água”.
03/04/17
Participação na execução do projeto de Intervenção na Escola Municipal Mário Jorge Gomes da Costa “Reutilização do óleo de cozinha na fabricação do sabão ecológico”.
04/04/17
Realização de atividade escolar na ausência do professor titular.
06/04/17
Apresentação do projeto em sala aula na UEA.
07/04/17
Finalização da primeira etapa do estágio supervisionado ll e Entrega do Relatório.
02/06/17
Atividade com os alunos do 8° ano “1” com o tema Transversal “Preserve o Meio Ambiente”
05/06/17
Participação junto aos alunos na caminhada de sensibilização da Comunidade na Preservação do Meio AmbienteUNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS- UEA
NUCLEO DE ENSINO SUPERIOR DE PRESIDENTE FIGUEIREDO
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
Presidente Figueiredo/AM
2017
CLEUDILENE DE ARAÚJO SANTOS E
EGLA-GADER K. CARDOSO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO-l
Relatório de Estágio realizado na Escola Mário Jorge Gomes da Costa apresentado no 5° período do Curso de Licenciatura em Geografia na disciplina: Estágio Supervisionado-l, para compor a nota da segunda avaliação (P2).
Orientadora: Danielle M. Araújo dos Santos
PRESIDENTE FIGUEIREDO/AM
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 4
1. ESTÁGIO SUPERVISIONADO – I ........................................................................................................ 6
2. SÍNTESE DO CADERNO DE MEMÓRIA.............................................................................................. 7
3. EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NO ESTÁGIO À LUZ DO REFERENCIAL TEÓRICO ............................... 9
3.1 Estrutura Física ......................................................................................................................... 9
3.2 Interdisciplinaridade................................................................................................................ 10
3.3 Indisciplina ............................................................................................................................... 11
3.4 Falta de qualificação profissional ............................................................................................ 11
3.5 A falta de contextualização nos assuntos ministrados ........................................................... 12
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 14
SUGESTÕES PARA MELHORIA DO ESTÁGIO .......................................................................................... 15
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 16
ANEXOS ................................................................................................................................................. 17
INTRODUÇÃO
O estágio é um dos momentos mais importantes para formação profissional, é nesse momento que o futuro docente tem a oportunidade de ter o contato com a realidade profissional que, futuramente será inserida no cotidiano da profissão. Lá é o momento em que ele vai por em pratica todo conhecimento adquirido no decorrer do curso.
Conforme a Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008, define o estágio como o ato educativo escolar supervisionado, que visa à preparação para o trabalho produtivo do estudante. O estágio é um componente curricular obrigatório que faz parte do Projeto Pedagógico do curso presente em sua Matriz Curricular do Curso.
O estagio é a consolidação da teoria com a prática oportunizando a aprendizagem ao docente de ter uma percepção do cotidiano escolar. Pois o mesmo irá vivenciar e ganhar experiências como educador.
O estagio curricular é compreendido como um processo de experiência prática, que a aproxima o acadêmico de sua área de formação e o ajuda a compreender diversas teorias que conduzem ao exercício da sua profissão. É um elemento curricular essencial para o desenvolvimento dos alunos de graduação. (SCALABRIM & MOLINARI, S/D,P.4)
Essa experiência é adquirida a partir da observação e da vivencia no ambiente escolar. Pois uma formação baseada no contexto real possibilita a construção de conhecimentos durante o estagio. O mesmo se constitui como um vasto campo a ser explorado pelos que anseiam ter êxito em sua área profissional.
O estágio foi de suma importância, pois foi através dessa experiência única que tivemos a oportunidade de vivenciar a realidade diária dos docentes que lidam com as mais diversas dificuldades no exercício de sua profissão e também tivemos a chance de presenciar de perto a relação professor x aluno e o processo ensino-aprendizagem.
Nesse primeiro momento trabalhamos as turmas de 6° e 7° ano no horário matutino. A escolha da escola se deu dentro da sala de aula onde a nossa
orientadora nos apresentou duas escolas como opção e são elas: Escola Municipal Mario Jorge Gomes Costa e a Escola Municipal Deise Lanmael.
A nossa escolha foi a Escola Mário Jorge Gomes que se localiza no centro do Município de Presidente Figueiredo e tem como público alvo alunos não somente da sede do município mais também alunos oriundos da zona rural do Município destaque esse que nos chamou atenção e nos estimulou na escolha de tal escola para a realização do estágio.
O estágio se faz importante, uma vez que sem tal atividade é impossível o acadêmico obter experiências em relação à área a qual deseja ingressar, através do estágio o futuro docente terá o seu primeiro contato com a sua futura área de atuação.
1. ESTÁGIO SUPERVISIONADO – I
O Estagio foi realizado no munícipio de Presidente Figueiredo-AM. E por está localizada em uma área de fácil acesso no centro do Município o campo escolhido foi a Escola Municipal Mário Jorge Gomes da Costa situada no bairro Honório Roldão.
A escola trabalha com 880 alunos divididos em três turnos de ensino fundamental (6º ao 9º ano) e ensino de Adultos (Educação de Jovens e Adultos-EJA). Cujo alvo do nosso estágio são alunos de 6º e 7º ano nessa primeira fase do estágio supervisionado.
A criação da escola se deu a partir do Decreto nº 987 de 6 de Março de 1994, Lei orgânica do Município de Presidente Figueiredo pelo Art. 89, Item VI, com a finalidade de atender a comunidade com a Educação infantil (I e II período), mas que através do Decreto 1631 de fevereiro de 2014 muda a modalidade escolar para atender o Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) e Educação de Jovens e Adultos(EJA).
Nessa primeira fase do estágio supervisionado, foi à primeira experiência em sala de aula, pois desconhecia a escola como professor apenas como pai de aluno. Mais essa experiência foi desafiante, pois tivemos a oportunidade de vivenciar na pratica o que conhecíamos apenas na teoria e o estagio nos proporcionou esse momento que foi de grande importância para os futuros professores.
A escola recebe alunos da Zona Urbana e da Zona Rural. E é constituída por uma mescla da sociedade média-baixa basicamente por filhos de agricultores, comerciantes, funcionários públicos e trabalhadores de economia informal.
A escola Mário Jorge está localizada no centro da cidade ao Norte da Praça da Vitória, a Oeste de um recorte florestal de preservação ambiental, a Leste da BR 174 e a Sul do Centro Comercial Potiguar.
A escola possui sua estrutura dividida por pavilhões, e se localiza em uma área declive ocasionando a dificuldade de locomoção dos professores e alunos.
A primeira impressão da escola foi no momento de observação no início do estagio, onde foi feito o Diagnóstico da Instituição Escolar onde adquirimos experiências únicas de situações reais de ensino.
A grande parte dos alunos da escola é oriunda da zona rural. Durante a atividade de observação do portão da escola, durante esse período notamos que raramente os mesmos chegam acompanhados dos pais Por se tratarem de adolescentes a presença dos responsáveis se faz necessária nessa trajetória a fim de inibir qualquer tipo de abordagem de pessoas má intencionadas, poia é nessa fase que muitos acabam enveredando pelo caminho das drogas.
Segundo a Pedagoga os pais alegam não ter tempo para estar mais presente na escola, e também tem dificuldade de ir à escola por conta de morar na zona rural. Para que os alunos tenham acesso na escola, a prefeitura disponibilizado ônibus para fazer o transporte escolar.
2. SÍNTESE DO CADERNO DE MEMÓRIA
Após o momento de observação e diagnóstico da escola, chega enfim, a hora de entrarmos em contato com os alunos em sala de aula. Fomos apresentadas aos alunos pelo professor supervisora do estágio aos alunos do 7° ano “C” onde tivemos a oportunidade de interagir com a sala.
No decorrer do estágio notamos a dificuldade dos alunos em conhecer as regiões, então elaboramos um jogo para aplicar na sala com os alunos. O objetivo do jogo era melhorar a aprendizagem deles sobre as regiões. Como foi elaborado o jogo? Foi confeccionado um mapa, os materiais usados foram; papel cartão cola tesoura, papel ofício, tampinha de garrafa pet, sendo as tampinhas de duas cores vermelhas e azuis. Como mostra a figura 1.
Como o jogo foi aplicado? A sala foi dividida em dois grupos, e cada grupo escolhia dois representantes para jogar. O jogo foi cronometrado, e a equipe que terminasse de montar em menos tempo, era a vencedora com direito a premiação, sendo o prêmio uma caixa de chocolate. Segue figura 2.
Esse jogo foi aplicado no 6°dia de estagio na sala do 7° ano, os alunos participaram e gostaram muito do jogo, todos interagiram e aprenderam através do jogo. O professor regente ficou observando e fotografando enquanto a gente aplicava o jogo, ele também gostou muito, e resultado foi bem satisfatório, tanto nós quanto para os alunos. e assim finalizamos as cinco aulas com sucesso. Segue figura 3 e 4.
A terceira etapa do estagio foi com os alunos do 6°ano “C”, (Segue figura 5) foi muito complicado para nós, pois a professora regente não estava presente por motivos pessoais mais a gente procurou saber o assunto que estava sendo trabalhado, para ficarmos por dentro do assunto. Ficamos quatro dias com um professor substituo (formado em Português e Artes ) que veio para substituir a professora Josefa. Através desse imprevisto foi possível ver a deficiência que a educação do Município está enfrentando com a falta de profissionais capacitados trabalhando em sua área de formação. E o descaso da parte da administração pública.
Mais como já tínhamos procurado saber os conteúdos que estava sendo trabalhado no 6° ano, compartilhamos com ele todo o assunto que estava em andamento e assim foi possível prosseguir com as aulas.
No último dia de estagio com a turma, o professor que estava substituindo a professora titular faltou, mais mesmo assim os alunos fizeram uma exposição de materiais como: celular, fitas cassete, máquina de datilografia, impressoras, celulares e entre outros que foi solicitado pelo professor na aula anterior como atividade avaliativa. Como mostra a figura 6.
O objetivo da exposição era para que os alunos pudessem visualizar todo o processo evolutivo tecnológico dos eletroeletrônicos desde a sua introdução até os dias de hoje com suas vantagens e desvantagens. O pedido da professora titular ficou em salas diferentes, uma permaneceu no 6° ano “C” e a outra foi direcionada para o 6° ano “B” que estava com o tempo vago com o objetivo de adiantar a matéria.
3. EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NO ESTÁGIO À LUZ DO REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Estrutura Física
Ao analisarmos a Estrutura Física de uma escola percebemos que ela contribui muito para que haja um bom aprendizado e um bom desenvolvimento do aluno. A estrutura Física foi um dos itens de destaque, pois a escola se encontra com uma estrutura carente de reparos.
A escola possui salas e banheiros em condições precárias, rachaduras, pinturas descascadas, um local totalmente despreparado para as práticas educacionais onde o aluno deve encontrar conforto e comodidade para que sinta prazer em estar em tal recinto. Conforme mostra a figura 7.
Outro ponto a ser citado, por exemplo, é a falta de um espaço para a prática de Educação Física, o que leva os professores a improvisarem suas aulas em um pequeno espaço localizado na frente do refeitório ou tendo que se deslocar para uma quadra localizada na área externa da escola. Como mostra a figura 8
Podemos citar também a falta de um espaço próprio para a biblioteca, pois esta funciona como sala dos professores e assim provando os alunos de realizarem suas pesquisas escolares.
O espaço escolar educa, pois a relação entre usuários e espaço físico vai além do formal, nele está representada sua dimensão simbólica e pedagógica e através de sua arquitetura podemos ler e interpretar a História da Educação e que ao mesmo tempo podemos ler a própria história dos poderes. (ROSA & GALERA, s/d. p.3)
Como a autora ressalta o espaço físico é o representante simbólico da História da Educação é responsável em transmitir segurança e liberdade para que o discente e até mesmo o corpo docente possam progredir juntos no processo ensino-aprendizagem.
Sugestão: Ciente de tais problemas a solução apropriada seria uma reforma geral da escola e uma reorganização de seu espaço, disponibilizando uma sala para os professores e com isso liberando a biblioteca para os alunos.
3.2 Interdisciplinaridade
A Interdisciplinaridade é fundamental para a educação como um todo e pode servir de ponte para o melhor entendimento das disciplinas entre si, e também pode ser um ponto positivo para complementar os conteúdos, mais infelizmente as práticas de ensino vista em ambiente escolar ainda é muito individualismo.
Durante o estágio foi possível observar duas maneiras de ministrar aula, com o professor que nos acompanhou durante o estágio no 7° ano foi possível observar que mesmo que superficialmente ele entrou na área de História dando exemplos e enriquecendo o conteúdo da aula e com isso levou os alunos a relembrarem um pouco de História.
Já a professora que nos acompanhou no estágio no 6° ano seguiu a risca o conteúdo programático de Geografia tornando sua matéria cansativa e sem atrativos para seus alunos que achavam em conversas paralelas um modo de passar o tempo.
Para que ocorra a interdisciplinaridade não se trata de eliminar as disciplinas, trata-se de torná-las comunicativas entre si, concebe-las como processos históricos e culturais e sim torna-la necessária a atualização quando se refere às práticas do processo ensino-aprendizagem. (BONATTO et al,2012,p.3)
Segundo os autores a interdisciplinaridade tem que ser vista como uma ponte
entre as disciplinas e entre os professores onde os mesmos podem ter liberdade de ir muito além de sua área de formação com o objetivo de unificar ensino tornando a aprendizagem mais eficaz e proveitosa para o aluno.
Sugestão: Infelizmente não vivemos essa realidade de ensino dentro das salas de aula, mais cabe à aqueles que promovem o conhecimento tornar isso possível dentro do cotidiano escolar e fora dele. Através de debates entre os professores é possível destacar a importância da interdisciplinaridade para a promoção do conhecimento.
3.3 Indisciplina
A indisciplina é um fator que tem pesado na falta de estimulo do professor, pois vivemos em um mundo em que a juventude é influenciada por uma sociedade corrupta que faz apologia ao sexo e as drogas. A indisciplina foi uma prática visível na sala de aula durante o estágio, o total desrespeito à figura do professor.
Esse é o reflexo do que se ver no cotidiano da sociedade refletido dentro dos portões da escola. No estágio foi possível observar alunos em conversas paralelas e ficavam totalmente alheios ao que era transmitido e os constantes apelos do professor para que eles prestassem atenção na aula sem contar aqueles que saiam da sala sem permissão. Segue a figura 9
Segundo Callai (s/d,p.58) “É importante que se considere, na educação a nova realidade do mundo atual, cuja característica implicam que a velocidade da informação supera qualquer distância, e que todos os problemas do cotidiano se entrelaçam em níveis complexos.”
Sugestão: Para que esse problema seja resolvido é necessário que o professor conheça seus alunos, sua vivência fora dos portões da escola, a dificuldade enfrentada para chegar ao âmbito escolar e procurar contextualizar suas aulas, buscar dinamizar o ensino e assim prender a atenção de seus alunos.
3.4 Falta de qualificação profissional
A falta de qualificação profissional é outro problema constante enfrentado na rede de ensino de Presidente Figueiredo. A escola Mário Jorge apresenta vários casos de professores em desvio de função, não possuem qualificação profissional na área de Geografia.
E essa é uma das razões que faz com que o ensino não tenha qualidade, professores sem qualificação acabam transmitindo uma aula sem qualidade e sem vida onde só o aluno é o grande prejudicado, muitos professores por questões financeiras acabam aceitando uma disciplina que se aproxima de sua área de formação ou até mesmo aceitam outra área de conhecimento, pois se acham
capacitados para lecionar tal matéria, como por exemplo, professores de Geografia que dão aula de Inglês, ou Religião, ou Artes prejudicando a vida acadêmica de seus alunos.
Se a formação do professor é tão importante para melhorar o ensino, estamos de frente a um problema que requer uma solução prática e efetiva. Contudo, dar formação não significa mudar a prática. Em uma sociedade democrática, onde se confrontam múltiplos interesses e estratégias a mudança do sistema educativo terá necessariamente um longo percurso. (CASTELLAR s/d p.58)
Segundo a autora a formação do professor se faz necessária para que haja qualidade no ensino e para que tenha essa evolução no sistema educacional há um longo percurso a ser percorrido mais que poucos estão dispostos a segui-lo.
Sugestão: Diante desses fatos a solução para esse problema seria uma implantação de políticas públicas que viessem a melhorar as condições salariais a ponto de que o professor não precise acumular cargos para melhorara suas condições financeiras. Cabe a o governo fornecer qualificação a esses profissionais, viabilizando assim condições para que eles possam ensinar com segurança e qualidade.
3.5 A falta de contextualização nos assuntos ministrados
Uma das razões que leva o desinteresse dos alunos é que muitas vezes o assunto ministrado não tem nada a ver com o cotidiano do aluno. Muitos livros didáticos são confeccionados em regiões que não tem nada a ver com a sociedade em que os alunos estão inseridos e o professor acaba transmitindo fielmente o que o livro didático apresenta sem trazer para o contexto social em que o aluno vive e isso causa o desinteresse pela disciplina ministrada.
Na prática do estágio foi possível observar a falta de contextualização do assunto dentro na sala de aula, que como vimos na teoria essa prática se faz necessária para a consolidação do processo ensino-aprendizagem. A rotina repetitiva do professor apenas copiar o texto no quadro e dar uma breve explicação sobre o assunto acaba deixando a aula monótona para os alunos
A escola, enquanto instituição social, é um dos espaços privilegiados de formação e informação, em que a aprendizagem dos conteúdos deve estar em consonância com as questões sociais que marcam cada momento histórico ou seja, deve estar relacionada ao cotidiano dos alunos, desde o aspecto local ao global.(OLIVEIRA, s/d,p.7)
A aprendizagem significativa é aquela que está relacionada com o espaço vivido do aluno. Quando se contextualiza um conteúdo o professor está trazendo informação e relacionando com o cotidiano do aluno dando significado e promovendo uma aprendizagem real que começa do local para o global.
Sugestão: A solução mais prática para essa problemática é o professor utilizar livros didáticos que contenham informações socioambientais do cotidiano do aluno. Outra solução viável seria as aulas de campo para que o aluno tenha um contato direto com o assunto que está sendo estudado. O professor também pode fazer associações dos assuntos que está no livro didático com a realidade vivida pelo aluno, ou seja, o professor fazendo uso dessa prática ele estará estimulando e seu aluno a pensar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estagio nos trouxe muitas experiências, uma delas foi ter que ministrar aulas logo nos primeiros dias de estágios, sem ter nenhum conhecimento prévio sobre os conteúdos que estava sendo ministrados. Mais esses obstáculos foram vencidos no decorrer do estágio e nos dias em que o professor não comparecia nas aulas, nós o substituíamos dando continuidade ao assunto e correu tudo bem.
Essa atividade foi de grande relevância para nós, futuros docentes. Vivenciar de outro ângulo o cotidiano, tanto de funcionários como dos alunos e vê as dificuldades por eles enfrentadas no seu dia a dia nos deu já de início uma ideia de como é difícil a realidade educacional na prática. Sendo esse o primeiro confronto entre os muitos que encontramos nessa tão falada dicotomia que envolve teoria e prática.
O estagio foi um espaço de vivencia que nos permitiu refletir sobre algumas questões, que interferem no processo de ensino e aprendizagem, bem como os comportamentos dos alunos ,as disciplinas, o corpo docente da escola, as estratégias usadas para que ocorra a aprendizagem dos discentes.
SUGESTÕES PARA MELHORIA DO ESTÁGIO
Durante o estágio enfrentamos muitas dificuldades logo no início, pois era visível a falta de atenção e acolhimento da parte do corpo docente da escola. Não tivemos acesso à sala dos professores para participar das atividades curriculares junto a eles, a falta de informações e comunicação.
Contudo em meio a essa situação desconfortável havia a Pedagoga a qual sempre nos recebeu de pronto para responder a todas as duvidas em relação a escola e aos alunos e sua funcionalidade.
Segue como sugestão de melhoria, que haja uma melhor preparação de todo do corpo docente da escola como um todo, visto que a atividade do estágio só vem a somar para a melhoria do desempenho das atividades escolares.
REFERÊNCIAS
BONATTO, Andreia et al, IX ANPED SUL Seminário de pesquisa em educação da Região Sul. 2012, p.3.
CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: A Geografia nos anos iniciais do Ensino Fundamental. s/d,p.58.
CASTELLAR, |Sonia Maria Vanzella. A formação de professores e o ensino da Geografia.s/d,p.58.
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO Anselmo Lázaro. Geografia Homem & Espaço. 7º ano – 24. ed – São Paulo: Saraiva, 2015.
OLIVEIRA, Wilandia Mendes de. Uma abordagem sobre o papel do professor no processo ensino-aprendizagem. s/d,p.7.
SCALABRIM, Izabel Cristina; MALINARI, Adriana Maria Corder. A importância da prática do estágio supervisionado nas licenciaturas. s/d, p.4.
ANEXOS
Figura1: Jogo das tampinhas
Fonte: Santos, (2016)
Figura 2: Exposição do jogo e do brinde
Fonte: Santos, (2016)
Figura 3: Primeira equipe interagindo no jogo
Fonte: Santos, (2016)
Figura 4: Segunda equipe interagindo no jogo
Fonte: Santos, (2016)
Figura 5: Alunos do 6° ano “C”
Fonte: Santos, (2016)
Figura 6: Exposição dos materiais eletroeletrônicos
Fonte: Santos, (2016)
Figura 7: Espaço improvisado para as aulas de Educação Física
Fonte: Santos, (2016)
Figura 8: paredes descascadas
Fonte: Santos, (2016)
Figura 9: Alunos alheios à aula que está sendo ministrada
Fonte: Santos, (2016)
2.1- Relato das atividades realizadas no estágio
30 HORAS DE AULA TEÓRICA NA UEA
DATA ATIVIDADES
20/03/17
Apresentação da Ementa da disciplina, Orientação sobre o estágio e o relatório.
21/03/17
Orientação sobre a aula avaliativa e do projeto de pesquisa.
24/03/17
Orientação com a professora Danielle na UEA acerca da elaboração do projeto e montagem do banner.
03/04/17
Apresentação do projeto em sala de aula na UEA.
13/06/17
Seminário de apresentação das atividades do estágio.
14/06/17
Seminário de apresentação das atividades do estágio.
90 HORAS DE AULA PRÁTICA NA ESCOLA DATA ATIVIDADES
22/03/17
Apresentação dos estagiários na escola Maria Calderaro, entrega da carta de apresentação à pedagoga da instituição Elma Sônia de Souza Corrêa, divisão dos estagiários por turma e série e em seguida observação do ambiente escolar.
23/03/17
Coleta de dados sobre a escola para a produção do relatório.
27/03/17
Observação em sala de aula com a professora Valdirene no 9° ano “1”
28/03/17
Reunião com a professora Valdirene acerca da divisão do conteúdo a ser aplicado junto aos alunos do 9° ano “1”
29/03/17
Observação da apresentação dos alunos em sala de aula
31/03/17
Observação da apresentação dos alunos no auditório
02/04/17
Participação na execução do Projeto de Intervenção na escola Estadual Maria Calderaro “Consumo consciente da água”.
03/04/17
Participação na execução do projeto de Intervenção na Escola Municipal Mário Jorge Gomes da Costa “Reutilização do óleo de cozinha na fabricação do sabão ecológico”.
04/04/17
Realização de atividade escolar na ausência do professor titular.
06/04/17
Apresentação do projeto em sala aula na UEA.
07/04/17
Finalização da primeira etapa do estágio supervisionado ll e Entrega do Relatório.
02/06/17
Atividade com os alunos do 8° ano “1” com o tema Transversal “Preserve o Meio Ambiente”
05/06/17
Participação junto aos alunos na caminhada de sensibilização da Comunidade na Preservação do Meio AmbienteUNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS- UEA
NUCLEO DE ENSINO SUPERIOR DE PRESIDENTE FIGUEIREDO
CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO I
Presidente Figueiredo/AM
2017
CLEUDILENE DE ARAÚJO SANTOS E
EGLA-GADER K. CARDOSO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO-l
Relatório de Estágio realizado na Escola Mário Jorge Gomes da Costa apresentado no 5° período do Curso de Licenciatura em Geografia na disciplina: Estágio Supervisionado-l, para compor a nota da segunda avaliação (P2).
Orientadora: Danielle M. Araújo dos Santos
PRESIDENTE FIGUEIREDO/AM
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 4
1. ESTÁGIO SUPERVISIONADO – I ........................................................................................................ 6
2. SÍNTESE DO CADERNO DE MEMÓRIA.............................................................................................. 7
3. EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NO ESTÁGIO À LUZ DO REFERENCIAL TEÓRICO ............................... 9
3.1 Estrutura Física ......................................................................................................................... 9
3.2 Interdisciplinaridade................................................................................................................ 10
3.3 Indisciplina ............................................................................................................................... 11
3.4 Falta de qualificação profissional ............................................................................................ 11
3.5 A falta de contextualização nos assuntos ministrados ........................................................... 12
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 14
SUGESTÕES PARA MELHORIA DO ESTÁGIO .......................................................................................... 15
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 16
ANEXOS ................................................................................................................................................. 17
INTRODUÇÃO
O estágio é um dos momentos mais importantes para formação profissional, é nesse momento que o futuro docente tem a oportunidade de ter o contato com a realidade profissional que, futuramente será inserida no cotidiano da profissão. Lá é o momento em que ele vai por em pratica todo conhecimento adquirido no decorrer do curso.
Conforme a Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008, define o estágio como o ato educativo escolar supervisionado, que visa à preparação para o trabalho produtivo do estudante. O estágio é um componente curricular obrigatório que faz parte do Projeto Pedagógico do curso presente em sua Matriz Curricular do Curso.
O estagio é a consolidação da teoria com a prática oportuniza

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