Escola Politécnica da UFRJ vai oferecer cursos de Engenharia em Macaé
A partir do ano que vem, a UFRJ vai oferecer cursos de Engenharia no campus de Macaé. De acordo com a decisão do Conselho Universitário (Consuni), já no próximo semestre serão disponibilizadas 120 vagas para habilitações de Engenharia (Civil, Mecânica e de Produção). Os cursos foram definidos a partir de um levantamento realizado por especialistas da Poli/UFRJ, que analisaram as principais demandas da região.
O tempo mínimo da graduação é de cinco anos. Os alunos ingressarão no Ciclo Básico, que terá duração de dois anos e meio. As disciplinas desta primeira fase poderão ser integradas a outros cursos já existentes ou a serem criados. Após este período, os estudantes
deverão escolher a habilitação que desejam cursar. Serão pelos menos cinco módulos, totalizando mais dois anos e meio de estudo.
De acordo com o diretor da Escola Politécnica da UFRJ, Professor Ericksson Almendra, a inovação dos cursos de Macaé é a forma como será desenvolvido o ciclo profissional. O professor explica que cada módulo consiste em um conjunto de disciplinas dentro de determinada especialização, como Geotecnia, Fabricação Mecânica e Estruturas.
“É comum alunos escolherem disciplinas optativas desconexas, tendo como critério apenas o preenchimento da grade horária. Com este método, os alunos optam por módulos que contêm disciplinas afins. Além de ampliar a qualificação profissional dos estudantes, isso diminui o elenco de matérias”, destaca o diretor. Cada módulo se encerra com um projeto de engenharia no tema.
As aulas serão realizadas no Núcleo de Pesquisas Ecológicas de Macaé (NUPEM), uma unidade da UFRJ, enquanto a universidade trabalha na construção de novas salas. O curso será em tempo integral, com possibilidade de aulas noturnas. O período de estágios está previsto apenas para o final da graduação.
“Tudo isso foi proposta da Poli/UFRJ, que assumirá a responsabilidade integral pela implantação dos cursos até que a universidade estabeleça em Macaé uma estrutura acadêmica capaz de administrá-los. É a forma que encontramos de ajudar a universidade a aumentar suas vagas, provendo a região de engenheiros que são tão necessários ao desenvolvimento local”, avalia o Professor Ericksson.
Samanta Soares
SPS Comunicação