30/04/2020

Escola e Diversidade Cultural

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

 

            A escola é uma instituição em que se trabalha a transformação do educando por meio da educação.

            Cortella em seu texto intitulado A falta que ela nos faz: Direito à escola deve movimentar todos os que tenham um pouco de decência política, publicado pela Revista Educação,  n.239 em 2001, é enfático ao esclarecer que na instituição escolar será o lugar dos sonhos compartilhados, convivência, formação e informação o que contribuirá de forma concomitante para o crescimento sociocultural do educando, efetivando assim o viver e o conviver em sociedade.

            Tais falas são corroboradas por Tiba em seu livro Disciplina, limite na medida certa, publicada pela Editora Gente em 1996, ao elucidar que necessitamos, não apenas da inteligência, mas também de um viver segundo a ética e participar ativamente das regras de convivência.

            Assim sendo, é afirmado em meu livro Gestão Afetiva: Sistema Educacional e Propostas Gerenciais, que será  publicado pela WAK ainda este ano, que é na escola que trocamos experiências e afetos, valorizando as diferenças. É nesse ambiente, um espaço coletivo de aprendizagem, que nos constituímos como sujeitos, tendo neste um pensamento liberal e democrático com o intuito de alcançar uma sociedade mais justa, igualitária e sem privilégios.

            Assim sendo, em meu livro Gestão Pedagógica: Gerindo Escolas para uma Cidadania Crítica, publicado pela WAK em 2009 é esclarecido que a escola deverá atender às exigências do dia a dia para que o aluno seja um agente protagônico cognoscente e transforme o seu entorno.

            No livro de minha autoria publicado em 2010 pela Ícone, intitulado Caixa de Pandora: por uma Educação Ativa, ressalto que a escola é o espaço para que o contato da cultura aconteça, e isto será feito de forma sistemática, intencional e planejada. , assim sendo, será neste espaço institucional que poderá ter o seu desenvolvimento acelerado.

            De certa forma, temos que estar cientes de que a escola é uma agência protagônica que fomentará a cidadania, além da obrigação de formar o cidadão para a vida e não apenas para o trabalho, bem como focar na formação integral do educando, pois será em seu ambiente que ocorrerão encontros, socializações e transformações, fazendo de seu ambiente escolar, um terreno fértil e propício para o desenvolvimento integral do educando e também um desenvolvimento mais holístico da Nação.

            Interessante perceber em todas estas falas que cultura e educação são inseparáveis, o que nos leva a ressaltar de acordo com o livro Caixa de Pandora citado acima, que a cultura é tão importante ser trabalhada no espaço educacional, pois a sua ausência na vida do ser humano o remeteria a um ser primata de mais baixo nível, já que ela acumula em si o que é conservado, transmitido, aprendido, além de comporta normas e princípios de aquisição; com isso, a escola deve embasar o educando com um vasto repertório cultural, incentivando a troca de informação entre todos.

            Interessante perceber nas falas de Souza em seu livro Introdução a Sociologia da Educação, publicado pela Autêntica em 2007 que cada cultura tem o seu próprio caminho e isso se dá devido aos diferentes eventos históricos enfrentados por ela, e o autor ainda complementa que esse relativismo cultural visto em nossa contemporaneidade e que é o alicerce para do debate que reivindica o direito à diferença e a luta pelo reconhecimento da diversidade cultural.

            Assim sendo, cabe as escolas trabalharem em seus educandos a diversidade cultural, para que estes possam viver e conviver como visto nas falas de Cortella, mas para isso precisa ser efetivado o respeito as diversidades, erradicando assim a intolerância e o ódio, e fazendo valer a Constituição da República Federativa do Brasil em seu artigo 5º ao enfatizar que "todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes"

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