Equilíbrio de Nash
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806
O homem é um ser social e como ressaltado por Durkhein, nas obras de Castro[1], as sociedades não são meramente a soma de indivíduos, mas um sistema formado pela associação entre indivíduos, ou seja, ela é a “soma das interações e representações dos indivíduos que a compõem”.
O problema do ser humano está na cooperação e na confiança do próximo, e isso remete ao dilema do prisioneiro no qual é descrito uma situação em que dois prisioneiros tomam decisões de forma racional focando interesse próprio, sem pensar no bem comum e como resultado, acontece o pior para ambos, mas se tivessem cooperado um com o outro, o resultado tenderia a ser promissor.
Assim também é o equilíbrio de Nash, que se baseia na solução de uma situação qualquer buscando interações estratégicas por meio de colaboração e competição.
Nas falas do mestre em filosofia Romeu Ivolela[2], a racionalidade individual gera resultados irracionais para o coletivo.
Dessa forma, o Equilíbrio de Nash pode ser aplicado à educação pontuando interações estratégicas focando o coletivo e auxiliando no entendimento de como escolhas individuais impactam resultados coletivos.
Ao se aplicar o Equilíbrio de Nash no comportamento do aluno, será possível modelar cenários aos quais os alunos poderão decidir trabalhar individualmente ou em grupo com o intuito de obter o melhor resultado, mesmo que a colaboração individual seja o ideal a longo prazo.
Será possível também trabalhar dinâmicas analisando competição por notas, atenção do professor ou vagas em programas que podem levar a um resultado menos ideal para o grupo, caso optem por agirem de forma puramente egoísta.
Interessante pontuar que o Equilíbrio de Nash, auxilia os educandos a desenvolverem um pensamento crítico e estratégico, bem como capacidade deste aluno de analisar e prever comportamento dos outros em situações de competição e cooperação.
É comum do indivíduo pensar em se proteger sem pensar nas consequências do coletivo, fazendo sempre o melhor para si mesmo sabendo que se a ajuda fosse mútua, o resultado tenderia a ser melhor, mas o problema está no confiar primeiro.
Dito isso, que a educação possa desenvolver o sentimento de coletivo em nossos educandos para que estes aprendam não a viver em sociedade mas a conviver em sociedade.