06/04/2017

Entidade cria rede de apoio a brasileiros que estudam fora

No início, em 2014, o objetivo era criar uma rede de conexão entre estudantes brasileiros no exterior. Como se fosse uma grande família, com apoio mútuo para crescimento pessoal, troca de ideias e superação de dificuldades. Hoje, a Brasa, sigla em inglês para Associação de Estudantes Brasileiros, é a maior organização sem fins lucrativos de suporte a quem vive fora do Brasil, incluindo ex-universitários, ou quem queira passar por essa experiência.

No último sábado, na Filadélfia (Estados Unidos), o ministro da Educação, Mendonça Filho, conheceu de perto o trabalho dessa equipe, composta basicamente por jovens que atuam na internet e outros meios de comunicação. Ele foi um dos palestrantes da Brazilian Undergraduate Student Conference (BrazUSC), um evento anual que a Brasa realiza com estudantes brasileiros espalhados pelo mundo e conferencistas das áreas de política, saúde, educação e cultura. Segundo sua coordenação, “para promover o encontro de talentos matriculados nas mais prestigiadas universidades, para que juntos promovam um impacto positivo no retorno ao Brasil”.

A importância de levar para o Brasil o conhecimento adquirido em outros países, por sinal, é uma constante entre os propósitos da associação, que atualmente conta com 3,6 mil membros e está presente em 72 universidades de 50 cidades da América do Norte, Europa e Ásia. A meta é tornar-se até 2025 a organização de maior referência para brasileiros no exterior e ser reconhecida como formadora de líderes empreendedores, responsáveis por mudanças necessárias nos setores público e privado.  

“Queremos retribuir e contribuir com soluções para problemas do nosso país”, informa Marina Bacha, coordenadora de relações públicas da Brasa e ex-aluna de economia e ciências da computação pela Universidade de Nova York. “O que mais sentimos falta é da nossa cultura. Perdemos quase todas as referências que tínhamos antes. É reconfortante saber que faço parte de uma comunidade que se dedica academicamente e profissionalmente em diferentes ramos, com o mesmo propósito de transformar a realidade brasileira”, conclui.

Durante as palestras e grupos de discussão, os estudantes que participaram da BRazUSC falaram da experiência longe de casa, do que pretendem fazer no futuro e das expectativas quanto às políticas públicas no Brasil, principalmente na educação. “Espero que o governo dê mais apoio nas áreas técnicas e invista em programas de longo prazo, para serem efetivos”, declarou Victoria Beertasoli, do Instituto de Tecnologia da Geórgia.

Para Ellen Bianca, da Universidade da Pensilvânia, é preciso aumentar o incentivo à pesquisa e valorizar o professor. ”Aqui nos Estados Unidos o professor é muito respeitado e motivo de orgulho. Precisamos também disso”. Já Letícia Tonholo, da Escola Politécnica francesa, defende uma educação básica de qualidade. “É preciso um currículo reestruturado de forma que os jovens possam se especializar em suas áreas de competência desde pequenos.”

Ainda em relação ao novo modelo pedagógico, como parte da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), Gustavo Coutinho, da Universidade de Harvard (EUA), torce para que leve a um sistema de ensino mais flexível. “Que estimule os alunos a participar de experiências acadêmicas além da sala de aula e que todos tenham acesso à educação tecnológica desde o ensino fundamental.”

Assessoria de Comunicação Social - MEC (05.04.2017)

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