01/08/2025

Entendendo a Imagem Travestida de um Líder

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

 

Educar é transformar a vida do educando para que ele possa se tornar agente protagonista de seu entorno e tenha discernimento para perceber mensagens “lacradas” de seus líderes travestidos de uma moral que jamais fez parte de seu próprio caráter.

É sabido que por meio da internet, todos passaram a ter voz e com isso, oportunistas aproveitaram deste recurso para expandir e propagar suas verborreias estultas a todos, independente da localização regional, aumentando de forma exponencial o seu exército de imbecis incautos e manipuláveis.

Estes líderes apresentam três déficits que são cognitivo, moral e psicológico, o fato é que estes déficits podem ocorrer dois ou três simultaneamente.

Tais líderes aproveitam da falta de inteligência relacional política dos cidadãos, já que se trata de uma inteligência que lida com múltiplos interesses e se desenvolve por meio do autoconhecimento, leitura do ambiente e das pessoas.

Interessante observar que a leitura citada acima exige uma simples observação e comparação entre o que se fala e o que se faz.

Temos a nos representar todo o tipo de escória no meio político e muitas vezes também, no religioso usando como recurso um cristianismo político[1].

Podemos citar como exemplos líderes religiosos e/ou políticos que pregam ética e moral mas encontram-se despidos de tais valores, como pessoas que deveriam ser exemplos sendo pegas com drogas pesadas, acusados de pedofilia, feminicídios, assassinatos, corrupção e são justamente estas pessoas que pregam valores cristãos, sendo eles mesmos despidos de qualquer traço de que possa convergir para civilidade e humanismo.

O problema é que para se perpetuarem, se tornam sabotadores do sistema tendo como braço forte o sucateamento da educação já que será por meio dela que será trabalhado no educando a cidadania crítica e ativa, transformando em um ser pensante e em um protagonista cognoscente.

O sucateamento da educação não está apenas na sua infraestrutura física, mas em todo sistema educacional, já que o verbo educar se transforma no adestrar, criando dessa forma, uma geração de pessoas docilizadas, subalternas e alienadas, a ponto de fazer qualquer coisa por seu líder, inclusive defender as mais vis ações, ações essas que terão retorno negativo para o próprio defensor.

É necessário entendermos que a verdadeira ação da educação tem que ser algo subversivo, pois é essa subversão que fará o indivíduo questionar o status quo, não se calando mediante as injustiças, aos preconceitos, as barbáries impostas as classes menos favorecidas que representam pobres, pretos, baixa escolaridade, pessoas que moram nas comunidades, enfim, a todos que fazem parte do contexto excludente.

Interessante observar que para que haja manipulação, é necessário haver também pessoas incautas, desprovidas de qualquer tipo de discernimento e totalmente docilizada, tornando-se assim um fiel vassalo a manter o status quo deste sistema usurpador dos direitos outrora conquistados.

Assim sendo, cabe a educação e a seus profissionais, trabalharem para que a mesma seja tão subversiva a ponto do educando se incomodar com o conhecimento adquirido, já que para Morin, existe em todo conhecimento uma incompletude, e dessa forma, que o educando busque sua autonomia intelectual e autoconhecimento que o fará não ser apenas um agente protagônico cognoscente, mas um indivíduo que terá a sua visão além das palavras ditas da boca para fora, já que são as atitudes que revelarão o caráter de seu líder. 

 

[1] http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/educacao-e-a-elucidacao-do-cristianismo-politico

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