Efeito Manada na Gestão Escolar
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806
O efeito mandada é bem entendido quando percebemos que a influência nos torna ignorantes, e para ilustrar tal afirmação, é relatado uma experiência em que foram colocados 7 pessoas em uma sala, porém 6 dessas pessoas eram atores contratados e todos foram direcionados a dar a mesma resposta errada.
A pessoa que realmente estava sendo avaliada, tendia também responder errado mesmo contrariado, embora tenha certeza de sua resposta correta.
Este experimento mostra que a tendência é seguir a maioria ou até mesmo seguir a pessoa que é vista como referência, fazendo com que a resposta correta seja omitida e decisões erradas sejam tomadas.
O efeito manada é muito comum nos órgão públicos em que pessoas encontram-se em cargos de gestão não por meritocracia, mas por favores políticos ou de “outras naturezas vis”.
Faz-se mister perceber que quando se toma uma decisão que diverge da maioria ou da pessoa que se coloca como líder, a pessoa está colocando junto a esta decisão o seu caráter, o seu profissionalismo e principalmente a sua dignidade.
Este efeito tolhe a pessoa de qualquer poder de argumentação que refute a resposta errada
Cabe ressaltar que o ensejo aqui não é filosofarmos sobre o determinismo ou o dilema do bonde, mas decisões devem ser tomadas e quando forem, a ética e a moral devem ser a pedra angular.
Como afirmado nos livros Educação um Ato Político e também Educação uma questão de politizar, é notório perceber que gestores de instituições educacionais das redes públicas municipais não passam em sua maioria, de indicações políticas, fazendo-se valer a autocracia.
Interessante perceber que o efeito manada é algo que perpassa a gestão escolar, refletindo assim no comportamento de educadores já que em alguns casos, estes mesmos educadores encontram-se cheios de si, transbordando prepotências.
Um sábio da antiguidade conhecido como Terêncio dizia que “nada do que é humano me é estranho”, e com isso, algumas vezes este efeito manada subtrai o profissional de sua essência que é a sua humanidade e justifica suas decisões na maioria como um atenuante.
Chegamos em um ano eleitoral, e junto a isso vem os oportunistas, os hipócritas e todos profissionais vis com o intuito de abocanhar um cargo engrossando o efeito manobra e concordando com as estultices ditas ou feitas por seus candidatos e/ou gestores.
Dito isso, que possamos ser nós mesmos e que não pequemos pela vaidade e que a luz da razão e do discernimento seja nosso elo mais forte com as decisões.