23/07/2019

Educação verticalizada: saiba o que é e conheça casos que marcam história da Rede Federal

Prestes a completar 110 anos, a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica oferece a possibilidade de ingressar em uma educação verticalizada. Isso significa que o estudante pode cursar todas as etapas da educação profissional e tecnológica em uma mesma instituição, desde o curso técnico de nível médio até a pós-graduação.

 

O objetivo da rede federal, formada por Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) e pelos Institutos Federais (IFs), é formar e qualificar jovens e adultos para atuarem nos diversos setores da economia, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional. A educação se dá em todos os seus níveis e modalidades, sempre associando o aprendizado à prática.

 

Quem optou por estudar no formato “verticalização” foi Nelmício Furtado da Silva. O hoje doutor em Ciências Agrárias ingressou no campus Rio Verde do Instituto Federal de Goiás (IFG), em 2008, quando fez o curso técnico de Agropecuária. De lá até a conclusão do doutorado, em 2017, Nelmício também concluiu sua graduação e pós-graduação na instituição.

 

Além da “verticalização”, a inclusão também é uma das marcas da Rede Federal, como é comprovado em Manaus (AM). Duas estudantes surdas do Instituto Federal do Amazonas foram responsáveis pela primeira defesa de trabalho na Língua Brasileira de Sinais do curso técnico em Segurança do Trabalho da instituição. Gleiciane Pedrosa e Tamires Barrocas abordaram as limitações e as potencialidades da acessibilidade para surdos no instituto, a partir da percepção dos próprios estudantes com deficiência auditiva.

 

Já no Instituto Federal do Rio Grande do Norte, o filho de agricultor Lindomar Mota Silva conseguiu absorver a importância da educação no campo. O jovem é técnico de nível médio em Agroecologia e atualmente é aluno do tecnólogo na mesma área pelo Campus Ipanguaçu.

 

A Rede Federal também é referência em “interiorização”, que representa uma política de acesso ao estudo a várias regiões do País — muitas delas zonas rurais — uma educação profissional de qualidade e novas perspectivas, como explica Weber Tavares da Silva Junior, diretor de Desenvolvimento da Rede Federal.

 

“Diferente de outras redes, temos uma preocupação muito grande com a capilaridade do ensino, ou seja, com a formação tanto nas capitais quanto no interior do Brasil, fazendo com que o ensino público federal de qualidade atinja até mesmo a cidade mais remota, como uma no sertão pernambucano ou uma do Amazonas”, destaca diretor. “São 661 unidades atendendo a quase um milhão de estudantes em cada rincão do País. Não existe microrregião que não esteja atendida, de alguma forma, por alguma unidade da Rede Federal”, completou.

Luciano Marques - MEC

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