Educação Transformadora

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

A educação é uma ação que implica em transformação devido a aprendizagem, desta forma, Rubem Alves elucida que, "Educar não é ensinar respostas, educar é ensinar a pensar", e este pensar, deve ser crítico, fomentando o protagonismo cognoscente, muito difundido por Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa, publicado pela Paz e Terra em 1996, ao qual corrobora ao elucidar que saber pensar não é transferir conhecimento, e sim, criar possibilidades para que o educando produza o seu próprio conhecimento como também, possa trabalhar seus valores tendo como pedra angular a ética, que é legitimada por nossa racionalidade.
Quando se trabalha ética nas escolas, os alunos percebem que o poder não corrompe, apenas ressalta o caráter débil da pessoa, no qual corrupção moral faz morada.
Assim sendo, ensinar a pensar é o mesmo que ensinar nossos educandos a alçar grandes voos, não se conformando com as mesmices, já que se trata também de um ensinar focando os quatro Cs, que segundo Harari em seu livro Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã, publicado pela Companhia das Letras em 2016, é o pensamento crítico, comunicação, colaboração e criatividade. 
As ideias do autor, divergem da reforma do segundo grau, já que em um sentido mais amplo, "as escolas deveriam minimizar habilidade técnicas e enfatizar habilidades para propósitos genéricos na vida. O mais importante de tudo será a habilidade para lidar com mudanças, aprender coisas novas e preservar seu equilíbrio mental em situações que não lhe são familiares".
A aprendizagem que transforma, aguça a curiosidade do educando, afasta ideias e opiniões duvidosas, submete-o ao crivo da crítica, fomenta seu protagonismo cognoscente bem como o faz ter um olhar mais humanizado quando embasado pela ética.
É um aprender que tira o educando de sua passividade, mediante um processo educativo, que segundo Giles, em seu livro Filosofia da Educação, publicado pela EPU em 1993, leva o educando a tomar consciência dos seus interesses e dispô-lo a lutar em defesa dos mesmos. 
Nas falas do autor, será um momento em que ele deixa de ser alienado e alienante para se tornar a força motriz que o libertará, fazendo-o deixar de ser um homem-objeto e o transformando em homem-sujeito, sujeito pensante, crítico e protagônico.
Enfim, a educação embasada na ética, blinda o caráter da pessoa e o faz mais consciente de seu papel como ser humano, além de proporcionar o respeito e a empatia com o seu próximo.