18/08/2025

Educação STEAM

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

 

Como visto no texto Educação e a Cultura STEAM Maker[1], o termo STEAM é derivado do inglês Science, Technology, Engineering, Arts, Mathematics, ou seja, trata-se da junção de: Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática fazendo com que ocorra tanto a interdisciplinaridade como a transdisciplinaridade, fazendo-se imperioso que os docentes estejam sintonizados entre si.

Países desenvolvidos como a China, tem investido arduamente na abordagem STEAM focando o desenvolvimento de habilidades como pensamento crítico, resolução de problemas e colaboração, de forma com que os discentes se sintam estimulados e preparados para lidarem com os desafios que serão impostos em seus cotidianos.

Na China, o governo tem reconhecido a importância do STEAM e reforçado com políticas para apoiar sua implementação em todas as escolas e fazendo questão de inserir atividades práticas como parte do currículo, contando claro com parcerias de empresas como Makeblock que desenvolve kits de robótica dentre outras ferramentas que estimulem a aprendizagem de STEAM.

A educação STEAM como visto anteriormente, enfatiza o desenvolvimento de habilidades como alfabetização científica e até mesmo letramento científico, programação e pensamento computacional, raciocínio lógico e tudo isso por meio de atividades práticas.

Interessante pontuar que este letramento científico faz com que alunos refutem teorias pseudocientíficas sem argumentos reais como terraplanismo e qualquer outra informação que se apoie na desinformação e na teoria da conspiração.

Claro que para oferecer todo este aporte, a China conta com uma rede bem direcionada a conteúdos científicos sendo até mesmo crime qualquer tipo de desinformação ou Fake News nos espaços públicos ou redes.

Em relação ao Brasil, o Governo tem tentado efetivar o marco regulatório das redes sociais, visto que até o momento, as redes têm sido  um  espaço que muitos lucram com a desinformação, fake News, pedofilia, jogos eletrônicos enfim, é o espaço ao qual os problemas sociais se proliferam como ervas daninhas.

Um ponto interessante na educação STEAM é a presença marcante da tipificação científica nas instituições educacionais ao qual o aluno é instigado a pesquisar, desenvolvendo assim sua autonomia intelectual e buscando soluções baseadas em fatos, dados e ciência e não em opiniões errôneas, preconceituosas, maledicentes, alienadoras de influenciadores digitais com formações duvidosas e fundamentadas em grupos de WhatsApp ou pesquisas de pessoas de conhecimento raso e obtuso.

Alguns problemas que ainda precisam ser trabalhados em relação a educação STEAM está relacionado a formação docente e conscientização social, mas ela é de extrema importância por se conectar com diferentes áreas de conhecimentos, estimular pensamento crítico, desenvolver a criatividade e solução de problemas, explorar temas do mundo real e desenvolver nos discentes habilidades essenciais para que eles possam os verdadeiros protagonistas cognoscentes do século XXI.

Estamos longe de uma educação STEAM, isso porque nossa rede é uma seara onde se pode tudo, é um país onde muitos, inclusive os políticos são negacionistas, e por incrível que pareça, parte dos políticos que são contrários ao marco regulatório das redes, têm históricos de envolvimento em escândalos ou práticas questionáveis.

 

[1] http://gestaouniversitaria.com.br/artigos/educacao-e-a-cultura-steam-maker

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