15/05/2024

Educação, Socialização e Cidadania

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

 

Para que a educação seja uma ação efetivada com sucesso, se faz necessário trabalhar o letramento do educando nas séries iniciais, e posteriormente conteúdos ligados a filosofia, sociologia dentre outras que instiguem o aluno a desenvolver sua criticidade e seu protagonismo cognoscente, buscando respostas para problemas sociais.

Dito isso, é elucidado na obra Escola não é Depósito de Crianças: A importância da família na educação dos filhos já citado acima que o letramento faz com que os educandos vislumbrem uma cidadania ativa, levando a um pensamento bakhtiniano, no qual faz-se valer o ponto de vista histórico, cultural e social que está inserido nesse pensamento, uma comunicação afetiva, efetiva e humanística, pensamento este que tenderá minimizar a violência, já que é na escola que se deve começar a educação para uma cidadania consciente e ativa, divergindo da perda da individualidade e da domesticação subalterna.

Assim sendo, quando se trabalha a autonomia, faz-se necessário fomentar a leitura de forma crítica, norteando desta maneira o aluno para a busca e criação de um conhecimento cognoscente, de forma com que ele pense, reflita, critique, analise, sintetize, classifique, tire conclusões, justifique, estabeleça conexões, argumente e avalie todo o seu entorno, tomando assim, as decisões mais coerentes com a sua realidade, mas para isso, a cidadania deve ser o elo mais forte que conduzirá o trabalho pedagógico, já que o conhecimento insere o educando na busca constante da verdade, formando opiniões, esclarecendo fatos e respeitando individualidades.

Uma criança alfabetizada difere de uma criança letrada, já que uma criança alfabetizada não implica dizer que ela domina habilidades de leitura e escrita para uma cidadania proativa e crítica nas práticas sociais.

Tais informações remete-nos a perceber que outrora, para ser considerado alfabetizado bastaria o sujeito saber escrever o próprio nome. Hoje, é necessário escrever um singelo bilhete para se constatar se é ou não alfabetizado, mas para ser considerado letrado, é um processo mais complexo.

Vale lembrar que cidadania implica em fazer com que o educando busque os seus direitos e esteja consciente também de seus deveres.

Quando a cidadania é desenvolvida em nossos educandos, ela passa a ser um fator inalienável e a pedra angular para o humanismo, ética e o bom desenvolvimento de uma nação.

Interessante perceber que é justamente o exercício dos direitos que constam na constituição que nos dá existência, permanência e solidez, por isso eles precisam ser vivenciados e isso ocorrerá pelo exercício da cidadania trabalhada nas instituições de ensino.

No livro Gestão Afetiva: Sistema Educacional e Propostas Gerenciais supracitado, é elucidado que a cidadania leva ao protagonismo, a criticidade, ao humanismo e a uma melhor socialização, por isso faz-se mister perceber que não existe uma faixa etária específica, ou seja, quanto mais cedo for trabalhada a cidadania do educando, mais cedo teremos respostas positivas para a sociedade.

Dito isso, a cidadania fomenta em um libertar-se de amarras, de alienações, acomodações, inércia, latência e deixar o ar da cidadania encher nossos pulmões; o ar que sairá como um estampido quando perceber qualquer situação de coação, intimidação ou até mesmo, qualquer ação antiética.

Vale elucidar de acordo com o livro citado acima que, não basta sabermos o significado da palavra cidadania, é preciso uma ação consistente para fazer valer nossos direitos e deveres.

Assim sendo, podemos afirmar que a educação é a mola propulsora da cidadania crítica e do protagonismo cognoscente, e será por meio desta mola que daremos o impulso para nossos educandos alcançarem uma perspectiva de vida mais promissora e realista, pois essa educação dará subsídios para que se efetivem os sonhos.

Como visto anteriormente, a cidadania pode ser inserida em seu cotidiano escolar na mais tenra idade, com pequenas propostas que direcionarão para soluções, utilizando um olhar mais crítico e uma forma de fazer isso será por meio da técnica do storytelling, que são contações de histórias de forma a instigar o educando a pensar e a se motivar.

Dito isso, as instituições que repensarem as suas metodologias de ensino e fizerem uso de projetos para criatividade e solução de problemas sem perder o foco na autonomia do educando, perceberão que a sua cidadania será cada vez mais ativa, crítica e protagônica e que, com total certeza, esta instituição educacional será vista como um referencial por perceber que quanto mais cedo desenvolver a cidadania de seu educando, mais cedo obterá bons resultados em suas avaliações. 

Assine

Assine gratuitamente nossa revista e receba por email as novidades semanais.

×
Assine

Está com alguma dúvida? Quer fazer alguma sugestão para nós? Então, fale conosco pelo formulário abaixo.

×