11/11/2024

Educação Social e o Desafio da Formação Humana Integral

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

 

Como visto por Tavares (2019, 2022, 2024)[1] toda educação é uma ação voluntária e busca o desenvolvimento do ser como cidadão e em concomitância, como um agente protagonista cognoscente, sendo assim, os processos educacionais podem de certa forma ter uma atuação mais efetiva na transformação social, isso porque toda educação inserida em um contexto ao qual a aprendizagem possa ser aplicada, implicará em mudanças, já que a mudança é a única constância em nossa vida.

Tavares (2019) complementa ao enfatizar que as mudanças fazem parte de nossas vidas, e quando não somos protagonistas delas, somos foçados a nos adaptar a elas, e isso nem sempre ocorre de forma agradável e tranquila, já que as mudanças tendem a nos tirar da zona de conforto, e para o autor, mudanças desejadas são sustentadas e alcançadas por meio da educação.

Assim sendo, Tavares (2022) elucida que a educação tem um papel fundamental no processo de humanização do homem, além da transformação social.

Obvio que para a educação ter este poder transformador, deverá respeitar as diversas fases relacionadas ao ciclo de vida do ser humano como infância, adolescência e juventude, sendo que a educação infantil e o ensino fundamental buscam justamente respeitar as fazes de aprendizagem da criança e do adolescente e em concomitância trabalhar de forma mais efetiva o processo ensino-aprendizagem tendo em vista o desenvolvimento cognitivo bem como as especificidades de cada aluno relacionado a estas fases.

Interessante perceber que as falas acima, devem estar alicerçadas ao contexto social em que cada aluno se encontra inserido

Tavares (2024) esclarece que as desigualdades sociais serão enfrentadas pelos educandos quando estes tiverem desenvolvido em si o poder de discernimento, bem como a autonomia cognitiva; com isso ele poderá ter entendimento de seus direitos como liberdade política e direitos básicos, equidade de oportunidades além de agir diretamente na redução do abismo representado pelas desigualdades sociais.

É sabido eu a educação nunca foi e tampouco será uma seara tranquila em que encontrará sempre um terreno fértil para ideias transformadoras, contudo, caberá aos docentes certo “feeling” e muito “know how” para perceber as nuances das manipulações políticas em detrimento a educação pública de qualidade, e agir de forma estratégica para que estas manipulações não comprometam o processo ensino-aprendizagem e tampouco a criticidade de seus educandos.

Como visto anteriormente, todo processo ensino-aprendizagem deve respeitar o grau de amadurecimento de seus discentes e por meio do ensino integral além do respeito acima, Tavares (2022) elucida que é um momento de oportunizar aos educandos mediantes aos conteúdos trabalhados o aspecto emocional, psicológico, físico, afetivo e cognitivo dos educandos.

Interessante pontuar nas falas de Tavares (2012)[2] que uma escola integral jamais poderá ser vista como um depósito de alunos e jamais substituirá a presença dos pais, dito isso, faz-se necessário a parceria escola e família para que o processo educacional ocorra de forma efetiva.

Dando continuidade as falas acima, Tavares (2022) aduz que a escola em tempo integral será a grande mestra em trabalhar o aluno como um ser integral em toda sua capacidade física, intelectual e moral, visando não apenas a formação de suas habilidades, mas também do seu caráter bem como da sua personalidade social.

Cabe lembrar nas falas de Tavares (2019) que quando a família não soma seus esforços com a instituição escolar, toda ação em prol de uma educação integral e efetiva tornar-se-á algo efêmero e até mesmo utópico.

Assim sendo, que a tríade educação, trabalho e cidadania tenha a sua ressonância (conexão emocional e vibracional) com toda comunidade escolar de forma sempre ativa, ética e promissora para que os alunos sejam os maiores beneficiários desta tríade, agindo assim como agentes transformadores e jamais se deixando manipular por um sistema elitizado que busca prestigiar apensa seus pares deixando a deriva, alunos de escolas públicas municipais e/ou estaduais.

 

[1] TAVARES, Wolmer Ricardo. Educação um Ato Político. São Paulo: Autografia, 2019.

TAVARES, Wolmer Ricardo. Educação uma Questão de Politizar. São Paulo: Ícone, 2022.

TAVARES, Wolmer Ricardo. Educação e a Não Neutralidade. São Paulo: Ícone, 2024.

                                                          

[2] TAVARES, Wolmer Ricardo. Escola não é Depósito de Crianças. Rio de Janeiro: WAK, 2019.

 

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