20/12/2024

Educação Simplificando o Mercado Atual

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

 

Não é preciso ser economista para entender um pouco a linguagem do mercado, quando dizem que o governo X ou Y não está sendo bom para o mercado, mas o que é ser bom para ele?

Imagine o governo X que faz o seu país crescer, por meio do Produto Interno Bruto – PIB, há três semestres consecutivos e em concomitância atinge o menor nível de desemprego e extrema pobreza de uma série histórica do IBGE e além disso, com uma inflação super controlada.

Em contrapartida, o mercado idolatra o governo Y do país vizinho, fazendo forte comparação com o governo X de nosso país e este governo Y privatiza suas empresas, corta os custos com projetos sociais e em concomitância eleva a pobreza para 15,7 milhões de pessoas, correspondendo a 52,9% da população, além de uma inflação que ultrapassa 210% ao ano, todavia para o mercado ele é considerado um bom governo.

No governo X não existem forças ocultas para atrapalhar o seu governo, estas forças são explicitamente conhecidas tendo nome e CNPJ, que não titubeia em negligenciar e até mesmo sabotar o governo elevando a taxa de juros como também não interferindo no aumento do dólar, coisa que fez mais de 113 vezes em governo anterior que era similar ao Y.

Quando se fala em mercado, devemos esquecer o verdadeiro conceito de mercado que interconecta oferta, demanda, consumidores, produtores e empresas, capital, trabalho, preço, concorrência, instituições financeiras, governo e regulação, trocas e transações dentre outras variáveis complexas.

Quando a mídia fala que o mercado não está gostando do governo, a mídia está sendo leviana e simplista, pois o mercado para ela se refere apenas em especuladores, investidores, alguns bancos e empresas e isso se torna obvio porque o mercado não está gostando do governo X.

Sem passar pelo viés marxista, mas entendo bem o conceito de mais valia, é sabido que quanto mais miserável o povo estiver, maior será sua submissão em relação a um emprego a lhe explorar ao máximo a sua mão de obra, sua hora trabalhada, aumentando consequentemente o lucro dos investidores à custa de um salário entre medíocre e ínfimo para o sustento do próprio trabalhador e de sua prole.

A miséria no neoliberalismo gera lucros exorbitantes, tanto que em governo anterior era proposto empregos com o próprio empregado abrindo mão dos direitos trabalhistas e o argumento do governo era que não tinha como gerar emprego com a CLT.

É sabido que CLT tem o seu significado na Consolidação das Leis do Trabalho e é o conjunto das leis trabalhistas que regulamentam as relações entre os trabalhadores e as empresas, seja no meio rural ou urbano e tem o intuito de manter a integridade e dignidade do trabalhador.

Enfim, é ruim para este mercado explorador e especulador o aumento de emprego, a redução da miséria, o controle da inflação, o crescimento do país, educação pública de qualidade e tudo mais que fizer o pobre ter uma melhor qualidade de vida, isso porque o neocapitalismo se alimenta da própria miséria de seu povo.

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