23/02/2024

Educação rompendo as crenças

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

www.wolmer.pro.br

 

O escritor americano Frank Hebert, certa vez disse: “eles não são loucos. Eles são treinados para acreditar, não para saber. A crença pode ser manipulada. Só o conhecimento é perigoso”.

As palavras acima ressaltam a realidade do povo brasileiro, um povo que simplesmente acredita, a ponto de se abster de qualquer discernimento, tanto na seara política quanto religiosa.

Dito isso, a crença passa a ser a maior mazela da sociedade, pois simplesmente acreditam-se nos absurdos, nas mentiras e até mesmo, quando tudo aponta para as práticas malévolas de uma pessoa, o seu povo alienado prefere acreditar em uma inocência que nunca existiu.

Assim sendo, as pessoas que desenvolvem em seus educandos o conhecimento crítico e protagônico é visto como alguém subversivo que está rompendo a realidade do sistema, mas afinal de contas, é esta a verdadeira função da educação, desenvolver em seu aluno todas suas habilidades, inclusive o discernimento.

Não compete a escola fazer o aluno crer em algo, compete a esta instituição desenvolver nele o conhecimento, a autonomia, a ética e o humanismo para que este aluno não seja mais um alienado a aumentar a massa de manobra.

Cabe também a escola fazer com que o aluno seja questionador, pois a dúvida não representa a ausência do conhecimento, trata-se apenas de uma inquietação que fomentará o educando a uma pesquisa sob a luz do conhecimento.

A luz do conhecimento é o que nos direciona para a criticidade e não aceitação da subalternidade que subjuga sua dignidade.

O conhecimento não pode se limitar aos nossos sentidos, pois deve ser trabalhado com uma visão mais holística, já dizia o filósofo, físico e matemático René Descartes que “os nossos sentidos, por vezes, enganam-nos. Ora, se os nossos sentidos nos enganam, ainda que apenas por vezes, então o melhor é não acreditarmos neles nunca”.

Obviamente é difícil para nós professores trabalharmos com afinco este conhecimento que deveria ser corrosivo, isso porque este mesmo conhecimento tem que incomodar a pessoa, levando-a a buscar a luz da razão.

Nós professores não podemos deixar com que nossos alunos sejam treinados a simplesmente acreditar, pois enquanto houver seres abjetos e com desvio de caráter no meio político e religioso, haverá gente acreditando em suas falácias e cometendo absurdos para estes manipuladores.

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