Educação Rompendo a Banalidade do Mal
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806
A filosofia realmente é o amor pela sabedoria o que é vivenciado por pessoas conscientes de sua própria ignorância, e isso realmente a torna algo nocivo para a classe dominante, já que o simples pensar, incomoda as elites dominadoras.
A filósofa e historiadora Hannah Arendt, trabalha de forma brilhante o conceito de “banalidade do mal”, no qual é afirmado por ela que uma mentira constante não tem intuito de fazer as pessoas acreditarem na mentira. O seu verdadeiro foco está em fazer com que as pessoas percam as crenças nas informações, ou seja, não acredite mais em nada.
Segundo Hannah, quando um povo não consegue mais distinguir entre a verdade e a mentira em concomitância não conseguirá distinguir o bem do mal, isso porque lhe foi subtraído o poder de pensar e julgar, isto é, houve a perda do discernimento, encontrando-se assim totalmente submerso ao império da mentira.
Pessoas com estes perfis são alvos fáceis para qualquer tipo de manipulação, fazendo-lhes o que bem quiser, e geralmente os aproveitadores desta situação agem totalmente sem humanidade, respeito ou qualquer decência básica.
Interessante pontuar que a política explicita bem estes comportamentos, já que tivemos nesta última eleição para prefeitos, pessoas que usaram atos vis para tentarem alcançar e/ou manter o cargo de prefeito.
Foi durante estas eleições que vimos máscaras da hipocrisia caindo e explicitando o quão abjeto é a pessoa que fez uso de subterfúgios para tentar alcançar o almejado.
Foi um período de mentiras, escárnios, manipulações, acusações infundadas como pedofilia, uso de drogas, roubos, violência física, simulações de agressões, ou seja, presenciamos verdadeiras barbáries tudo em nome da “democracia” com o jargão “liberdade de expressão”, podendo difamar caráter com a certeza da completa impunidade.
O lado bom desta deplorável situação é que com o véu da hipocrisia descoberto, ficamos sabendo quem tem ou não desvio de caráter e principalmente quem são os seus simpatizantes, já que ao simpatizarem pontuam sua convergência de caráter com o vil cidadão.
As eleições são períodos em que a política se apresenta ainda mais suja e desonesta em detrimento de um povo que perdeu todo o poder de discernimento cujo protagonismo cognoscente encontra-se em situação sofrível.
Enfim, como os filósofos dizem, o conhecimento é libertador e assim sendo, que possamos nos libertar desta escória que ainda tem suas raízes em nossa sociedade e uma boa forma de fazermos isso, é pela educação transformadora.