Educação Pública e Jiu-Jitsu Auxiliando Crianças com TEA
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806
O Jiu-Jitsu traz inúmeros benefícios às crianças que fazem uso de sua prática e principalmente as crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Os benefícios são baseados nas pequenas conquistas que para os pais de autistas, representam um universo de alegrias, esperanças e sonhos.
Gabriel Almada em seu texto intitulado Os benefícios do Jiu-Jitsu para crianças com autismo, com o GMI Felipe Nilo[1], salienta que devido a rotina intensa de terapias e em concomitância a maior chance da criança com TEA se estressar, o Jiu-Jitsu vem como suporte ao combate ao estresse.
Pode-se observar no texto supracitado que Jiu-Jitsu é um esporte que contribuirá com a educação quanto ao processo de interação social, bem como criar vínculos de amizades.
As falas acima são corroboradas por Vianna e Lovisolo[2] na obra: A inclusão social através do esporte: a percepção dos educadores. Para os autores, é imperioso um reconhecimento do esporte como canal de socialização positiva ou inclusão social.
Para os autores, é notório perceber a satisfação dos professores em salas de aulas ao observar que a intervenção do esporte contribui nos resultados do processo ensino-aprendizagem, como também no comportamental dos alunos, repercutindo também no desempenho físico, nos relacionamentos sociais e até mesmo na reflexão crítica.
O professor de Jiu-Jitsu quando trabalha com crianças com TEA, transforma a sua aula (treino) em uma atividade inclusiva, desenvolvendo nestas crianças as habilidades, respeitando suas especificidades, já que cada criança é única.
Interessante pontuar a importância do Jiu-Jitsu como prática de esporte para as crianças com TEA, pois este esporte oferece a criança o senso de pertencimento a um grupo por meio de sua valorização como atleta.
Cada criança com TEA é única, logo, o professor de Jiu-Jitsu respeitando suas limitações, não exigirá desenvolturas iguais a de seus alunos neurotipicos, dito isso, as aulas serão direcionadas para as especificidades de cada criança, sem fugir ao contexto do Jiu-Jitsu.
Dito isso, o professor de Jiu-Jitsu tem um duplo desafio, que é ensinar a arte da luta e trabalhar a autonomia social de seu aluno.
[1] https://www.graciemag.com/os-beneficios-do-jiu-jitsu-para-criancas-com-autismo-com-o-gmi-felipe-nilo/
[2] VIANNA, José Antonio; LOVISOLO, Hugo Rodolfo. A inclusão social através do esporte: a percepção dos educadores. Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.25, n.2, p.285-96, abr./jun. 2011.