Educação Pública e a Homogeneização Intelectual

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

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Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) sempre são bem-vindas, desde que não sirvam de bengala para professor mal preparado e/ou escola sem infraestrutura.

Algumas escolas têm feito altos investimentos no quesito tecnologia, todavia, devido à falta de know-how ou oportunismo de alguns profissionais, fazem que as escolas públicas façam gastos excessivos na área, sem retorno esperado e em concomitância, sem ao menos pesquisar as pessoas responsáveis pelo setor de Tecnologia da Informação e Comunicação voltada para educação.

As TICs não podem se resumir em modismos, e sabemos que muitas escolas que são desprovidas de seu uso conseguem assim mesmo um bom rendimento nas avaliações externas, pois o verdadeiro diferencial está em seu corpo docente, na gestão escolar, no sistema educacional, no compromisso da família em ser o elo mais forte neste processo ensino-aprendizagem, na vontade política e principalmente na valorização do professor e não menos importante, na disciplina e respeito exigidos ao aluno.

Um problema que poucos tem percebido é que sem acompanhamento pedagógico o uso indiscriminado da tecnologia tem levado os alunos a uma homogeneização intelectual, isto é, os alunos estão sendo direcionados para pensarem da mesma forma perdendo seus próprios atributos analógicos.

Este uso tem se tornado um agravante na perda da diversidade intelectual, isto porque os professores tem se abstraído de metodologias que buscam melhor interação entre docente e discente, como ocorre na Finlândia que enfatiza habilidades que serão necessárias no futuro tais como aprender a aprender, pensamento crítico, bem como habilidades interativas e capacidade de fazer bom uso da tecnologia[1].

Dando continuidade as falas acima, na Finlândia o professor não é um mero fornecedor de informação tendo seus alunos como ouvintes passivos e caberá ao professor estimular o educando a buscar o conhecimento tendo um dos vieses a pesquisa, desenvolvendo assim a autonomia do aluno.

Observe que o dia que a tecnologia for utilizada tendo como cerne a verdadeira busca do conhecimento e não um momento de lazer tendo como justificativa um lúdico sem propósito.