01/11/2017

Educação Pública, Brâmanes e Síndrome de Willliams

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

            Entramos de vez no pântano podre da corrupção e caso consigamos sair, teremos sérias sequelas, mas isso não é problema para um povo que parece sofrer com a síndrome de Wlilliams, síndrome esta que acarreta em grande afabilidade, com pessoas hipersociáveis, fazendo com que este povo sofrido seja amigável com todos, sem mágoas, sem ressentimentos e prontos para reelegerem estes políticos que não passam de um câncer da sociedade.

            Estamos mal, e infelizmente a educação tem sido a grande fomentadora deste mal social. Como visto em texto anterior Situação do Brasil: um Olhar da Sociologia da Educação, publicado pela Revista Gestão Universitária[1], quando esclarece que é "justamente esta classe dominadora que determina o tipo de educação que a sociedade precisa".

            Esta classe dominadora está efetivando as castas, e estes mesmos corruptores, sentem-se os verdadeiros brâmanes, intocáveis, que não precisam prestar conta de seus atos, e quando assim acontece, tem o foro privilegiado certo de que nada acontecerá e que será apenas uma forma de enriquecer ainda mais as contas bancárias destes brâmanes através de negociatas.

            Tais negociatas nos remete a música "Milho aos Pombos" de Zé Geraldo que faz uma alusão as coisas que acontecem e o povo nada faz para impedir, e a música diz exatamente a nossa realidade "Quanto mais alto o cargo maior o rombo. Isso tudo acontecendo e eu aqui na praça dando milho aos pombos"

            Esta mesma classe dominadora está sucateando a educação para aumentar a sua população de párias que representa a mais baixa classe de casta, enfim, a nossa educação ao invés de ser libertadora está servindo como instrumento de domesticação subalterna, docilidade e alienação.

            A apatia do povo é tão forte que voltamos ao tempo de Roma Antiga que era de circo e pão, mas no nosso caso, apenas o circo que se resume nos jogos de futebol e nas novelas que a mídia televisiva oferece para reforçar ainda mais esta alienação.

            Assim tem sido, a síndrome de Williams deixando seu povo simpático afável com esta escória da sociedade e as castas se fortalecendo cada vez mais, aumentando consequentemente a miséria de seu povo, o que afirmou um estudo do Banco Mundial quando faz uma projeção de que até o fim de 2017 o número de pessoas vivendo na pobreza extrema irá de 2,5 milhões para 3,6 milhões, entretanto, como é apenas uma projeção e todos nós devemos ter a síndrome de Williams, cabe afirmar que está tudo bem, viva a política, viva a desigualdade e viva nosso governo usurpador: "vida longa ao rei".

           

 

 


[1] Para informações vide http://www.gestaouniversitaria.com.br/artigos/situacao-do-brasil-um-olhar-da-sociologia-da-educacao

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