20/07/2017

Educação para Letargia da Massa

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

            Os bons professores sempre buscaram fundamentos em uma pedagogia progressista a qual procura desenvolver em seus alunos a criticidade e a plena cidadania, transformando-o em um agente protagonista cognoscente. Todavia, se esbarra na pedagogia tecnicista, aquela a qual segue uma linha autoritária impondo projetos elaborados por pseudopedagogos sem experiência em sala de aula com seus cargos sem levar em conta a meritocracia, apenas indicações políticas com intuito de manter a massa cada vez mais alienada.

            Novamente nos encontramos na pedagogia tecnicista, com conteúdos desvinculados do contexto social e político e consequentemente, alienando propositalmente nossos alunos.

            Vemos estes pseudopedagogos tecnicistas como malandros de botequins, pessoas que conseguem quase tudo com muita demagogia, conversa fiada e fazem uso de seu poder para intimidar os professores.

            Estes podem ser visto como ramificações de um câncer que é representado por nossa sórdida política, estas ramificações representam a metástase deste câncer político.

            O tratamento intensivo deve ser feito fortes doses de uma educação de qualidade, mas como resolver esta moléstia se a nossa educação não passa de um placebo?

            Com a reforma do Ensino Médio, estaremos apenas aumentando o contingente de mão de obra barata, desvalorizada e substituível, fazendo com que estes estudantes se sujeitem a subempregos e empregos informais, o que poderá acarretar em um aumento do risco social.

            Nossa educação está totalmente comprometida e nosso país cleptocráta, faz mau uso do dinheiro público para compra de políticos, blindando assim o governo usurpador e corrupto.

            Com uma educação crítica, os alunos perceberiam que o governo gastou 4 bilhões com agrados políticos e está deixando a míngua o setor de Ciência e Tecnologia.

            O ensino público está desvinculado com contexto social e político, e dessa forma, estamos criando um contingente de néscios que se encontram em letargia em relação a realidade política e econômica do país.

            Estamos aumentando exponencialmente a segregação social, ou seja, estamos tirando as oportunidades de uma pessoa pobre subir um pouco na pirâmide social, melhorando assim o seu status quo.

            Estamos deixando aumentar o abismo entre as classes e sendo coniventes com esta educação que mais deseduca que transforma, que mais aliena que esclarece, que mais ceifa sonhos do que da asas a imaginação.

            Não podemos ser o eco das demagogias discursadas pelos malandros de botequins que são os pedagogos de gabinete a impor falácias a uma sociedade já cansada de sofrer e ser ignorada.

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