Educação no Combate as Aberrações Cognitivas

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

Renato Freitas, Deputado Estadual na Assembleia Legislativa do Paraná, em um de seus inteligentes discursos na sessão plenária, pasmem fez uma defesa extraordinária quanto a regulamentação das mídias, regulamentação esta que tem sido muito criticada por fomentadores de fakenews.

Em sua fala, pode-se perceber que a não regulamentação das mídias gera uma desinformação e porque não dizer alienação de toda uma geração que busca respostas fáceis e que em momento algum apresenta uma capacidade cognitiva de discernimento.

Para Renato Freitas, estamos criando pessoas que acreditam ser o nazismo, um movimento de esquerda e segundo a sua elucidação, trata-se de uma aberração cognitiva e em concomitância, uma distorção da história.

Todos sabem que existe um gabinete do ódio a divulgar inverdades difamando pessoas e instigando o ódio a tudo e a todos que não fizerem parte desta ideologia, para tirarem proveito politicamente da situação, como já ocorrido em governo anterior em que sua base foi consolidada na mentira.

Todavia, a educação é uma excelente forma de combater a desinformação e em concomitância, levar seus alunos a uma criticidade, por meio da pesquisa, que segundo Giles em seu livro Filosofia da Educação, publicado pela EPU em 1983, afasta ideias e opiniões duvidosas submetendo ao crivo da crítica.

Seguindo esta linha, Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa, publicado pela Paz e Terra em 1996 complementa que não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino, sendo assim, a pesquisa te leva a uma constatação, e esta constatação te faz intervir, se educar e educar o outro. A pesquisa serve para conhecer o que não se conhece.

Temos colhido o amargo fruto da dissociação entre ensino e pesquisa no sistema de educação brasileira, todavia, cabe a nós professores insurgirmos neste método alienante e alienado.

Dando sequencia as falas do Deputado supracitado, uma maneira de minimizarmos as desinformações é justamente fazer o aluno pensar de forma holística e algumas disciplinas são primordiais para fomentar este pensamento crítico em nosso corpo discente que é por meio da filosofia e sociologia, todavia, são as disciplinas mais atacadas e ignoradas pelos alienadores, já que eles sabem o poder que uma mente pensante tem.

O pobre passando fome nunca foi um problema para alguns políticos, mas um pobre crítico, pensante e protagonista sim, é um dos maiores males que a elite tenta evitar ao máximo, por isso ela busca meios de calar toda uma geração.

O problema deste comitê do ódio é que a mentira só é uma forma de se conseguir o que almeja e esquecem das vidas perdidas por meio destas falácias e inverdades, tornando-se cúmplices ou até mesmo verdadeiros algozes das violências e das mortes ocorridas em nossa sociedade.

Algumas destas aberrações cognitivas prevalecerão, pois nestas situações como exposto pelo gabinete do ódio, não se trata apenas em ter discernimento, o que está realmente em questão é o total desvio de caráter das pessoas que fazem parte deste comitê, entretanto quanto a esta nova geração, podemos fazer com que ela seja um agente protagonista de sua história, mudando a si mesmo e o seu contexto.