Educação Entendendo os Porcos
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806
Às vezes é necessário usar metáforas para se fazer de entendido, embora as vezes mesmo desenhando as pessoas não entenderão, e já dizia o escritor de ficção científica e fantasia norte-americano Orson Scott Card ao afirmar que “se os porcos pudessem votar, o homem com o balde de comida seria eleito sempre, não importa quantos porcos ele já tenha abatido no recinto ao lado”.
Assim acontece com nossa política, já que o analfabetismo político predomina e isso facilita a manipulação dos alienados.
A alienação é tão gritante que por mais que se mostre e se prove, as pessoas teimam em enxergar apenas a sua “verdade” distorcida por uma miopia social.
A analogia com o porco é que são animais que convivem com a imundice e no meio político esta imundice se sobrepõe no caráter, nas ações, e nas intenções.
Trabalhar a criticidade do aluno realmente é algo difícil nas escolas, já que quando as instituições buscam desenvolver o discernimento em seus educandos, elas são taxadas por estes mesmos porcos de instituições ideológicas, mas como separar a política da vida comum?
Ao analisarmos o livro Educação um Ato Político, publicado pela Autografia em 2019 e Educação uma Questão de Politizar, publicado pela ícone em 2022, percebemos que a vida se resume na política, não me refiro na política partidária, mas na ação do poder e da influência, assim sendo, não temos como desvencilhar a política de nossas vidas e quando fazemos isso, o resultado é desastroso.
Não precisamos buscar na história do Brasil as duras consequências do analfabetismo político como aconteceu no coronelismo ou no golpe que surtiu a ditadura militar, basta analisarmos uma história recente em que nosso país dizimou por pura negligência mais de 700 mil vidas.
Porcos não tem empatia e não tem discernimento da realidade, então, a política suja realmente está cercada de porcos eleitores que tem subtraído em si tudo que o aproxima do humanismo.
É um misto de fanatismo religioso e político coberto pelo véu da hipocrisia e manipulação por parte de seus líderes que fazem uso de uma massa subalterna, alienada, docilizada e totalmente imbecilizada para alcançar seus mais sórdidos interesses em detrimento do seu povo.
Que a educação não crie porcos e sim águias que alçam voos autônomos, que crie cachorros que muitos tem mais empatia e humanismo que os comparados com porcos.
Observem que estas metáforas são para mostrar que cabe a educação desenvolver em nossos alunos, o protagonismo cognoscente para que estes possam se abster de serem os verdadeiros porcos desejados por estas escórias da humanidade.