28/02/2024

Educação Entendendo a História

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

www.wolmer.pro.br

 

A história é de suma importância para a sociedade, tanto que o filósofo e teórico político Edmund Burke cravou no século XVIII a sua fala afirmando que “um povo que não conhece a história está fadado a repeti-la”, e por falta de conhecimento histórico estamos em um ciclo de erros.

Tivemos em nosso país algumas ditaduras, e nelas tivemos como consequências torturas, extradições, mortes dentre outras barbáries cometidas pelo Estado sem sequer, o direito de um julgamento ou até mesmo validação dos atos suspeitosos por parte dos acusados.

Há pouco tempo, nos livramos de um golpe que ficou registrado em uma minuta, e por infelicidade de uma minoria estulta no quesito histórico e de um líder com um certo déficit cognitivo este golpe falhou.

Retornando ao tema deste texto que é sobre a importância da história para a sociedade, Carl Sagan em seu livro "O Mundo Assombrado Pelos Demônios: A Ciência Vista como Uma Vela No Escuro" elucida que “havia uma regra muito reveladora: os escravos deviam continuar analfabetos. No Sul, antes da Guerra Civil, os brancos que ensinassem um escravo a ler eram severamente punidos. 'Para criar um escravo satisfeito', escreveu Bailey mais tarde, 'é necessário criá-lo estúpido. É necessário obscurecer sua visão moral e intelectual e, na medida do possível, aniquilar o poder da razão.' É por isso que os senhores devem controlar o que os escravos ouvem, vêem e pensam. É por isso que a leitura e o pensamento crítico são perigosos, na verdade subversivos, numa sociedade injusta”.

Olhe a verdade inserida nesta fala e ela nos remete as ideias de Darcy Ribeiro quando ressalta que a crise na educação brasileira não passa de um projeto, e assim tem sido, um projeto para deixar o povo idiotizado, sem senso crítico e totalmente docilizado.

A falta da história em nosso povo faz com que este se abstenha de sua consciência de classe e não perceba as injustiças sociais.

Tivemos neste dia 25 de fevereiro um triste exemplo de pessoas manipuladas, fazendo uma marcha Cristã com a bandeira de um país judeu, e alguns afirmando que este país representava o Brasil, um país genocida que continua exterminando mulheres e crianças querendo a extinção de todo um povo.

A sorte é que nas escolas, apesar de alguns pseudo-educadores serem coniventes com os pensamentos relacionados ao golpe e ao genocídio, temos os verdadeiros educadores vistos por estes alienados como pessoas subversivas.

É a nossa subversão que fará nossos alunos serem críticos.

Será esta mesma subversão que possibilitará desenvolvermos em nossos educandos uma visão moral, intelectual e humanizada, com plena consciência de classe.

A história precisa fazer o educando pensar e como Paulo Freire explica, o pensar leva a reflexão, a conscientização, conhecimento e reconhecimento como ser pensante.

Que a nossa educação pública possa fazer a diferença para esta geração que está começando, instigando a criticidade e levando a ação subversiva, crítica e protagônica cognoscente.

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