16/11/2022

Educação Entendendo a Aplicação do C45-4

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

Sabemos que educar implica em transformação e para isso, não basta fazer o aluno decorar que Hitler matou mais de 6 milhões de judeus, pois o educar implica em fazer o aluno entender como milhões de alemães foram convencidos de que era necessário participar deste genocídio.
Como milhões de pessoas se deixam convencer em fazer algo que outrora julgava inconcebível acontecer? Questão como esta é que nos faz perceber o poder por trás das Operações Psicológicas contidas no Manual de Campanha do Estado Maior do Exército Brasileiro, já que este incita estabelecer bases doutrinárias, já que operações psicológicas constituem parte essencial do poder.
Este manual enfatiza a mentira, informando que quando repetida sistematicamente, pode até ser confundida como verdade, o que é corroborado por Harari em seu livro 21 Lições para o Século 21, publicado pela Companhia das Letras em 2018, quando elucida que uma mentira dita uma vez, continua uma mentira, mas uma mentira dita mil vezes torna-se verdade.
O autor complementa ainda que Hitler afirmava que a mais brilhante técnica de propaganda tem que se limitar a alguns pontos e repeti-los sem parar.
Peguemos como exemplo o lema “Deus, Pátria e Família”, proferido incansavelmente por certo candidato conhecedor deste manual.
A palavra Deus tem um teor místico e até mesmo apelativo, pois além de invocar o seu apelo, atribui um caráter divido a causa e isso é feito com frases encantatórios do tipo “Deus está conosco”, “Deus apoia nossa causa” e o tão usado “Deus acima de todos”.
A Pátria instiga o cidadão a superar qualquer ideal promovendo a união, mesmo que futuramente este cidadão possa perceber o quão alienado estava e isso tudo acontece porque estas pessoas perderam toda sua subjetividade por meio destas Operações Psicológicas.
A palavra família, tem um lado saudosista, ou seja, ela produz uma reação emocional favorável naqueles que as ouvem convergindo para uma simpatia a mensagem emitida, mesmo que mascarada pela hipocrisia, que em muitos casos, representam a verdadeira situação de alguns manifestantes que encontram-se inseridos em um universo de homicídios, traições, promiscuidades, violência doméstica, misoginia, submissão por parte das mulheres, dentre outras situações que degradam o verdadeiro conceito de família, fazendo olvidarem de seu teor cristão.
Este manual é tão rico nos detalhes que qualquer pessoa politizada e com um mínimo de discernimento, consegue perceber o quão poderoso é o seu conteúdo em relação a manipulação da massa.
Para esclarecer um pouco mais, esta obra incita inclusive a ataques pessoais, ressaltando aspectos “pejorativos, difamatórios ou sarcásticos a pessoas, ideias e instituições, com o fito de criar ou estimular ódios, descrenças ou preconceitos”, o que foi muito utilizado nas campanhas, inclusive na desconstrução de imagens de personagens icónicos de nossa sociedade.
As informações supracitadas demonstram apenas coincidência nos fatos ocorridos em nossas eleições bem como o que ainda está acontecendo nestas manifestações antidemocráticas?
Obviamente o intuito aqui é fomentar o discernimento por meio destas informações instigando o leitor a pensar por si próprio, para que possa perceber que neste caso, não existe coincidência e sim intenção.
Este manual provoca uma guerra cultural por meio de estímulos persuasivos, perda de subjetividade, técnicas de persuasão, auto-exclusão dos grupos, desagregação das cabeças pensantes, fazendo jus ao pensamento de Sun Tzu encontrado logo no começo dizendo que “lutar e vencer todas as batalhas não é glória suprema. A glória suprema consiste em quebrar a resistência do inimigo sem lutar”

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