Educação Elucidando o País Usurpador

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

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Com a posse do Donald Trump alguns políticos foram ao delírio, ultrapassando inclusive da própria sandice e explicitando suas imbecilidades e em concomitância a falta de leitura, fator agravante para suas estultas falas.

Recentemente na rede X, foi publicado por um ignóbil político a mais néscia fala de muitas ditas por ele, e isso ressaltou toda sua falta de leitura e de conhecimento histórico.

Este repulsivo sujeito disse que “os Estados Unidos são como aquele aluno exemplar da escola: destaque nos esportes, líder nos estudos e sempre rodeado pelas melhores oportunidades. Ele usa seu talento e esforço para crescer”[1].

Ray Bradbury, um dos mais célebres escritores dos séculos XX e XXI, nascido no ano de 1920 e falecido em 2012, disse certa vez que “você não tem que queimar livro para destruir uma cultura. Apenas levar as pessoas a parar de lê-los”, e acredite, ele estava completamente certo com esta afirmação.

O povo anda carente de leitura para sair deste mundo paralelo em que se encontram, colocando os Estados Unidos da América como o país perfeito.

Para se ter ideia, este pais sofre da síndrome do irmão mais velho, aquele irmão chato que acha que deve mandar em todos os outros, aquele irmão mandão que inclusive gosta de subestimar os demais.

Irmão ambicioso, arrogante, orgulhoso e que se acha no direito de persuadir a todos, tendo ele sempre a última palavra.

Nas falas acima, os Estados Unidos são comparados com o aluno destaque, dito isso, pensemos, a custa de que este país se tornou destaque? Obvio que nem tudo consta nos livros de histórias, mas um pouco de leitura fora do quadrado não custa nada a ninguém, e percebendo que o político acima é um desinformado, sabemos que muitos outros são também, a ponto de idolatrar um país que cometeu genocídio com seu próprio povo[2].

A ambição deste país fez com que ele roubasse 55% do território mexicano, usurpando do México os estados de Nevada, Utah, Colorado, Califórnia, Arizona, Novo México, Texas e parte de Kansas e Oklahoma[3].

Os estados acima correspondem a mais de 2 milhões de quilômetros quadrados além claro de suas fontes de riquezas, e tudo isso em nome de sua ambição.

Vale ressaltar nas falas de Cordeiro (2024)[4] que este país também é um grande estrategista em sabotar e derrubar outros governos para tirar proveito próprio, porém, nem todos se sujeitam a ser subestimado pelo Império Americano, como o caso do Irã em que o primeiro ministro Mohammed Mossadegh após assumir o poder com o auxílio americano, nacionalizou as companhias petrolíferas o que incomodou os americanos, já que eles estavam querendo esta riqueza natural.

No caso da Guatemala, o presidente Jacobo Arbenz começou um processo de nacionalização de empresas e isso claro, incomodou os americanos que financiou uma guerrilha para derrubar o governo, o que aos olhos americanos foi um sucesso, todavia isso acarretou para o povo de Guatemala uma ditadura que durou 4 décadas acarretando em mais de 200 mil civis mortos.

No Chile não foi diferente. A queda do presidente Allende custou aos cofres americanos 10 milhões de dólares e o sucessor provocou a morte de 3200 pessoas, enfim, este aluno exemplar sabotou outros países como Afeganistão, Nicarágua, Iraque e até mesmo o Brasil.

Em suma, é um país que joga sujo para ter o domínio das riquezas dos outros países e como dito pelo político, não é um país exemplar, é um país que explora, vive de golpes e guerra. São verdadeiros sanguessugas.

Cabe a educação trabalhar o discernimento e a autonomia intelectual em seus alunos para que eles não se deixem iludir por sofismos como dito pelo deputado acima, fazendo valer as falas de Mia Couto quando diz “que saibamos apreciar, acima da beleza que temos, a beleza que somos”, já que o Brasil é um país belo apesar de sua política ser formada pela escória da sociedade.