24/07/2025

Educação Elucidando brain drain

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

 

Brain Drain é um conceito que significa evasão de cérebros, ou também fuga de cérebros com o intuito de explicar o motivo das perdas de profissionais qualificados como cientistas, engenheiros, profissionais da saúde como médicos e enfermeiros e isso se deu em época pós-guerra por meio da emigração.

O fato é que esta evasão de cérebros continua acontecendo em outros países, mas é para buscar reconhecimento, trabalho, valorização, enfim, oportunidades singulares que jamais são ofertadas no país de origem.

Interessante pontuar que no Brasil não é diferente e que no governo anterior, fazendo um comparativo entre os anos 2015 e 2016, anos considerados de recessão, houve um aumento de 135%[1] na evasão de cérebros.

Vale ressaltar que a evasão tende a acontecer, já que muitos buscam melhores condições de vida, mas é uma margem aceitável e não compromete o desenvolvimento e a economia de um país, todavia, quando se tem uma política para desmonte da ciência somado a falta de estabilidade para planejar uma carreira ou se manter no trabalho, faz com que milhares de pesquisadores abandonem o próprio pais, como aconteceu nos últimos anos.

Interessante perceber a imensidão deste problema, principalmente agora com os “tarifaços” impostos pelo presidente estadunidense sobre o Brasil, o que poderia ser uma maneira do país com sua soberania alavancar sua autonomia, ele fica preso devido ao déficit de pesquisadores e profissionais qualificados.

Como ressaltado pelo Observatório do Conhecimento, é de suma importância que nosso Governo desenvolva “políticas que permitam o repatriamento de todos esses pesquisadores” que evadiram do país, ou até mesmo que se crie políticas para que se mantenham ou fomente o conhecimento para que surjam novos pesquisadores.

Vale lembrar que temos excelentes instituições federais que têm seu núcleo de pesquisa e temos uma multidão de pessoas com um elevado capital intelectual prontas para alavancarem a economia de nosso país e criar seus próprios produtos de forma a atender as demandas de nossa nação, nossa autonomia e soberania.

Não podemos aceitar mais exportar somente matéria prima, temos que exportar produtos com valores agregados e elevar nossa autonomia intelectual, mostrando que o povo brasileiro tem capacidade de fazer com que nosso Brasil seja realmente uma potência e não um país visto como ex-colônia ou um simples quintal Estadunidense como visto por muitos parlamentares que desconhecem o que é ser realmente brasileiro.

Soberania brasileira é a dignidade do seu povo e dignidade não se negocia, não se curva a ameaças e tampouco a chantagens.

Que a educação pública neste status quo, possa agora, incentivar seus alunos cada vez mais a pesquisa, pois já afirmava Paulo Freire em seu livro Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa, “pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo me educo e educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço”, isso é porque a pesquisa é a mola propulsora de todo conhecimento.

 

[1] https://www.cartacapital.com.br/cartaexpressa/fuga-de-cerebros-cresce-40-sob-o-governo-bolsonaro/
https://observatoriodoconhecimento.org.br/governo-bolsonaro-aumentou-fuga-de-cerebros-do-brasil/

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