10/07/2024

Educação, Economia do Cuidado e o Futuro do Trabalho

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

 

A economia do cuidado segundo chatGPT, amplia a visão tradicional da economia ao reconhecer e valorizar o trabalho essencial de cuidado que sustenta não apenas as famílias, mas também a economia como um todo, propondo medidas para mitigar desigualdades e promover uma distribuição mais equitativa do ônus e benefícios do trabalho de cuidado.

Isso passa a ser uma informação relevante porque de acordo com o Censo, o número de idosos no Brasil cresceu 57,4% em 12 anos chegando assim a 10,9% da população brasileira.[1].

Assim sendo, na economia do cuidado é enfatizada a relevância econômica social do trabalho de cuidado não remunerado, realizado na maioria das vezes por mulheres e em muitos casos, subvalorizado na estrutura econômica convencional.

Sabendo que a população de idosos aumentou, a demanda por cuidadores acompanhou o crescimento, em contrapartida, muitas pessoas deixaram o mercado de trabalho formal, para cuidar de seus entes ou quem não estava inserido neste mercado de trabalho, passou nele atuar, sujeitando-se a uma subvalorização.

Cabe observar que a economia do cuidado foca o cuidar de pessoas, com humanismo, amor, empatia e zelo pelo bem-estar físico e moral, e a sua seara abrange crianças, idosos, doentes ou pessoas com deficiência, com tarefas como alimentação, higiene pessoal, acompanhamento, administração de medicamentos dentre outras que sejam pertinentes as especificidades de cada assistido.

Em muitas situações estes trabalhos são realizados por membros da família e/ou pessoas sem pagamento direto, tornando invisível o controle e dificultando por sua vez as estatísticas econômicas.

Um contra-argumento para manter a exploração dessa mão de obra subvalorizada no mercado não formal é de que as outras pessoas poderão se concentrar em suas ocupações produtivas.

O fato é que a economia do cuidado tem que ser valorizada por se tratar de uma atividade essencial para o bem-estar do indivíduo assistido e por isso, precisa-se estudar medidas para mitigar as desigualdades e promover de forma mais efetiva e equitativa o ônus e benefícios deste tipo de trabalho.

Assim sendo, cabe a educação trabalhar o discernimento do educando para que um dia ele possa entender que não se barganha com a vida, pois o direito à vida não pode resumir-se à mera sobrevivência, mas uma vida com dignidade.

 

[1] https://www.gov.br/secom/pt-br/assuntos/noticias/2023/10/censo-2022-numero-de-idosos-na-populacao-do-pais-cresceu-57-4-em-12-anos

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