Educação e Simón Bolivar
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806
A educação precisa ser libertadora, para que a sociedade fuja ao seu próprio aniquilamento, como afirmava Simón Bolivar ao dizer que “um povo ignorante é o instrumento da sua própria destruição”.
Antes que néscios afirmem que isso é coisa de comunistas, vale lembrar que o comunismo ocorreu no século XX no ano de 1917 na Rússia, desta forma, Simón Bolivar não era comunista e sim revolucionário com ideais libertadores dos algozes espanhóis.
Simón Bolívar nascido em 1783 e falecido em 1830, Foi um militar nascido na Venezuela, sendo um dos principais personagens nos processos de independências da Bolívia, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru.
Não cabe aqui citar grandes exemplos que tivemos de nossos países vizinhos, cabe apenas observar que o Brasil é formado por cidadãos imbecilizados, alienados, doutrinados e totalmente docilizados.
A verdadeira doutrinação da educação ocorreu no período da ditadura militar, ou seja, entre os anos 1964 e 1985, isto é, foram 21 anos de manipulação da educação com o objetivo de aniquilar todo discernimento e protagonismo de seus cidadãos para aceitarem o status quo que imperava.
Podemos constatar os frutos desta educação nas últimas eleições em que pessoas pediram a volta do AI5, prestaram continência para pneus, usaram a luz do celular para pedirem ajuda aos extraterrestres, enfim, inúmeras imbecilidades feitas por cidadãos que foram “educados” nesta época, ou melhor, doutrinados.
É comum ouvir falas de “não é hora de caçar culpados” comumente ditas justamente pelos culpados, ou “não a doutrinação nas escolas” ditas pelos maiores doutrinadores.
Vejam o paradoxo em que as pessoas chegam. Elas são contra a doutrinação nas escolas e são favoráveis a militarização das mesmas, se olvidando que militarizar uma escola é doutrinar todo o seu corpo discente.
Existe uma falácia destes manipuladores que se sentem ameaçados quando percebem que as instituições escolares estão cumprindo uma de suas funções que é por meio do processo ensino-aprendizagem, garantir que seus alunos adquiram conhecimentos pertinentes, desenvolva suas habilidades e valores à socialização, embasados no respeito e na ética e em concomitância, se transforme em um agente protagônico cognoscente.
Assim sendo, quando a instituição educacional se propõe a trabalhar seus verdadeiros objetivos relacionados a educação, ela já será uma escola problemática para o sistema manipulador e elitizado.
Automaticamente será imbuído nesta instituição um estigma de que é uma escola doutrinária, mas na verdade, ela só faz os seus alunos pensarem, isto é, auxiliam seus alunos a terem discernimento de sua atual realidade e nela intervir.
A educação nunca poderá ser neutra, já que neutralidade é uma forma de doutrinação favorável apenas para as classes dominantes.
Educação neutra é educação estéril, que se compromete em aumentar a massa de manobra e em concomitância as abismais diferenças sociais.
Como elucidava Simón Bolivar: “as nações marcham para sua grandeza ao mesmo passo que avança sua educação”, dito isso, que possamos entender realmente o poder de uma educação libertadora para que possamos realmente ter um país que possa ser visto como uma nação.