Educação e o Terceiro Reich
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
A comparação se faz de suma importância não apenas em nossa vida diária, mas também no processo ensino aprendizagem, já que o simples comparar nos permite uma criticidade na tomada de decisão.
A análise comparativa entre a Alemanha governada por Adolf Hitler, representada pelo Terceiro Reich entre os anos de 1933 e 1945 e a nossa política atual, nos faz perceber que a nossa caminhada tem sido equivocada, deixando um rastro que será um marco para a nossa história brasileira.
Hitler como Chefe de Estado, discursou contra minorias étnicas raciais, ressaltou ódio pelos comunistas, fez uso do jargão “Alemanha acima de tudo”, era a favor da eugenia social e simpatizava com as atrocidades e/ou eliminação de pessoas que apresentassem alguma deficiência física ou mental.
Ele tinha um discurso reducionista levado a efeito para disseminar os objetivos e ideais do regime além de difundir o fakenews (notícia falsa).
Compare os feitos acima e perceba as coincidências com as políticas ideologizadas por nosso Chefe de Estado, já que fakenews é um método muito utilizado em seus discursos, pois em um ano apenas o presidente da República mentiu 1682 vezes, e estas mentiras ameaçam a democracia de nosso país,
No caso da eugenia citado acima, nosso presidente votou contra o Estatuto da Pessoa com Deficiência, o que vale lembrar que o este Estatuto é um conjunto de normas e valores que impõe que todapessoa com deficiênciatem o direito à igualdade de oportunidades e não deve sofrer qualquer tipo de discriminação.
Em relação a eugenia social, nosso presidente chegou a apresentar um projeto para esterilização em massa do pobre,segundo ele em uma marcha dos prefeitos a Brasília, os filhos de pobres engordam os programas sociais, assim ele defende a adoção pelo Estado de um rígido programa de controle de natalidade com foco nos pobres, enxergando aí o caminho para a redução da criminalidade e da miséria.
É notório perceber as “coincidências” do Terceiro Reich com nossa política e cabe a educação libertar,o que é corroborado por Aranha em seu livro História da Educação, publicado pela Moderna em 2000, ao pontuar que este movimento de libertação deve partir dos próprios oprimidos, ou seja, das classes menos favorecidas para que jamais percam suas humanidades.
Que possamos ensinar nossos discentes o método de comparação e fomentar nestes o poder do discernimento sem abrir mão da memória histórica.