29/06/2022

Educação e o Relativismo de Valores

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

A educação seja ela formal ou não, é a pedra angular para o processo de desenvolvimento integral do homem, assim sendo, em meu livro Educação um Ato Político, é aduzido que neste processo, estão inseridas a capacidade física, social, intelectual, moral e ético, bem como o caráter e a personalidade social. 
Todavia, educar hoje passou a ser um trabalho de Sísifo para nós educadores, devido a política educacional, que até pouco tempo o MEC estava mais para um balcão de negócios, fazendo prevalecer negociatas e corrupção generalizada, prejudicando todo o sistema educacional e em concomitância, a qualidade da educação oferecida por este sistema corrupto.
Hoje, precisamos pontuar que as verdades ensinadas devem ser percebidas mediante seus contextos como cultura, época, política e até mesmo contexto histórico dentre outras variáveis que não podem ser descartadas, todavia, em momento algum, a barbárie deve sobrepor o humanismo.
Bastian (2006) pontua que no relativismo há uma verdade, há valores que sofrem limitações por dependerem de fatores que residem no sujeito cognoscente ou valorizante. A autora complementa sua fala ao afirmar que no“relativismo, o conhecimento e os valores também dependem de fatores externos como a influência do meio, o espírito da época, a cultura da qual fazem parte e de seus determinantes”.
Apesar das falas acima, Bueno Ferreira, elucida que não podemos cair no “relativismo de considerar que cada lei somente possui validade conforme a valoração individual de cada destinatário”, isentando as pessoas de seus perversos atos mediante a seu relativismo.
Assim sendo, encontramo-nos em um impasse que é como trabalhar o relativismo moral em nossos educandos, já que ele representa a ausência de definições sobre valores objetivos e universais, ou seja, é a negação de que existe uma verdade para todos. 
Desta forma, o certo e o errado passam a ser conceitos vagos, variando de pessoa a pessoa, de acordo com a cultura e o cognitivo das mesmas, tornando assim, uma questão de ponto de vista que não tem uma verdade absoluta ou validade intrínseca, apenas um valor subjetivo. 
E com base neste relativismo de valor, o jogo político, a negação da vida, sobrepõe a vida e a dignidade de um povo.
Hoje, encontramo-nos em plena efervescência política. Para o jornalista Francisco de Assis Pinheiro, temos de um lado, um governo que representou a prosperidade com crescimento médio de 4,5% ao ano, com 10 milhões de empregos, 300 bilhões de dólares de recursos, valorização recorde no mercado de ações, redução da Dívida Interna que caiu 60%, controle da inflação, valorização da cultura, oportunidades para que os jovens ingressassem nas universidades, dentre outros trabalhos que alavancaram nosso país.
Em contrapartida, por outro lado temos um governo que representa o negacionismo de tudo que acreditamos, que fez o Brasil voltar ao mapa da fome atingindo mais de 33 milhões de brasileiros, com uma inflação recorde de 12,13% e uma perda de 31,32% do valor de compra do povo brasileiro.
Temos aí o relativismo de valores no qual para muitos, este fracasso político não é nada demais devido as circunstâncias em que o mundo se encontra, ou seja, contra os fatos apresentados por muitos, cabem as desculpas das falhas nos outros e não no governo.
Que nossa educação possa ensinar que o relativismo de valores pode sim existir, mas em que momento algum deve sobrepujar a ética, o caráter e a moral.

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