Educação e o Muro das Lamentações
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806
A educação é a pedra angular de toda e qualquer sociedade. Ela deve ser uma ação voluntária e libertadora que deveria fomentar em seus discentes a busca incessante do conhecimento, o que é corroborado por Edgar Morin em seu livro Introdução ao Pensamento Complexo ao afirmar que em relação ao conhecimento, existe nele um inacabamento, isto é, uma incompletude.
Albert Einstein certa vez disse: “tudo aquilo que o homem ignora, não existe para ele. Por isso o universo de cada um, se resume no tamanho de seu saber”, assim para muitos, o universo representará apenas a sua falta de saber limitado pela sua alienação e grau de manipulação.
Dito isso, podemos ousar equacionar que a falta de estudos + fanatismo nos leva como resultado imbecilidades, e estas imbecilidades pontuam tanto o grau de cultura de uma pessoa quanto o conhecimento geopolítico que ela tem, bem como o seu déficit cognitivo.
Vale salientar que este texto não prega em momento algum o antissemitismo, pois o verdadeiro educador deve se abster da intolerância religiosa assim como qualquer tipo de discriminação.
Deveria ser de conhecimento de todos que o Muro das Lamentações é o local sagrado do judaísmo e independente qualquer religião, os locais considerados sagrados por certas religiões devem ser no mínimo respeitados por qualquer pessoa, independente o seu credo.
A geopolítica é um conteúdo de suma importância nas instituições educacionais, pois de acordo com o Brasil Escola, ela é uma área do conhecimento que aborda os estudos relacionados ao poder entre os Estados e territórios além de se dedicar com a forma de como esses Estados e territórios se organizam no sistema-mundo.
Os tópicos versados na geopolítica são conflitos diplomáticos, disputas territoriais, crises internacionais, questões separatistas além da atuação e importância dos “organismos internacionais e organismos internacionais e blocos econômicos na articulação dos Estados."[1]
Falta conhecimento nas pessoas extremistas, reacionárias e neofascistas que o judeu não é cristão, aliás, foram os líderes judeus que levaram Jesus Cristo ao governador da província romana da Judeia, conhecido como Pôncio Pilatos, e que exigiu a pena de morte sob a alegação de que ele seria o rei dos judeus, mas não cabe aqui dissertar sobre essa história, já que cada religião tem a sua interpretação e cabe como afirmado anteriormente, o respeito a essas interpretações.
O fato é que é muita petulância, falta de respeito um pastor evangélico sair de seu país e ir impor a sua religião neste muro das lamentações, desrespeitando totalmente a crença e os costumes do judaísmo.
A intolerância religiosa é uma das maiores mazelas que a humanidade enfrentou e ainda enfrenta, já que é em nome de Deus que as pessoas se matam.
Tivemos uma Guerra Santa que dizimou cerca de 7 milhões de pessoas, o Massacre de São Bartolomeu que matou cerca de 100 mil pessoas, a Inquisição no seu auge, exterminou até 100 mil pessoas dentre outros conflitos que reverberam até hoje a humanidade.
O desrespeito pela religião pontua as falas de Albert Einstein citada acima mostrando o quão é pequeno o universo destas pessoas e o quanto nós educadores precisamos trabalhar em nossos alunos o discernimento para que eles não se tornem presas fáceis para estes extremistas oportunistas.
[1] Veja mais sobre "Geopolítica" em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/geopolitica.htm