Educação e o Martelo de Nietzsche
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
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A sociedade, desde seus primórdios vive em função de seus ídolos, baseado em simulacro com a representatividade de uma imagem não verdadeira.
Em seu livro Crepúsculo dos Ídolos, o filósofo Nietzsche trabalha com perspectivismo, e usando o “martelo da filosofia” não com o intuído de destruir, mas de evidenciar o que está sendo idolatrado.
Um exemplo para o contexto do filósofo e que pode ser aplicado ainda hoje está relacionada a moral cristã. Peguemos os maiores líderes religiosos com seus suntuosos templos, jatos, carros importados, enfim, pastores brasileiros entre as pessoas mais ricas do mundo segundo a revista Forbes.
Que moral cristã eles pregam? Que Deus é este que eles colocam na cabeça de seus fiéis? O problema que estes ídolos vazios sabem o poder do adágio “uns preferem conhecer e outros acreditar” e infelizmente milhões vão sempre para a segunda alternativa, o que deixa os cofres destes ídolos cada vez mais cheios.
Peguemos mais uma vez o martelo da filosofia para sabermos quem está realmente fazendo parte do crepúsculo dos ídolos, já que crepúsculo é uma palavra que explica que a luza está enfraquecendo, como o entardecer dá a vez para a noite, a escuridão.
Tivemos um líder exemplo de “macho alfa”, com histórico de atleta, que não media as palavras e de sua boca saia apenas chorumes de imbecilidades e negativismo e seus idólatras o aplaudiam, hoje, chora igual uma criança mimada, inventa desculpas, se vitimiza para que os demais se apiedem deste abjeto ser.
O martelo de Nietzsche é usado para bater nestes ídolos e saber o que é maciço ou o que é oco, vazio, sem alma, sem ser, sem dignidade, sem hombridade.
São pessoas que usam a máscara da hipocrisia, mas quando se usa o martelo da filosofia, percebe-se seu discurso vazio e suas falácias.
Vivem como um personagem esperado pelos incautos a procura de um ídolo e isso permite a projeção de uma “verdade” que os homens esperam, como a pessoa que acabará com a corrupção, sendo que ele mesmo se encontra enlameado com a corrupção, com a morte de milhares de pessoas por ter tentado barganhar o preço da vida.
Outro exemplo claro de um falso líder aconteceu com uma estadunidense conhecida como Ruby Franke, ela era uma influenciadora que ensinava as mulheres a serem uma boa mãe, todavia, ela agredia os próprios filhos, até que seu filho de 12 anos foi ao vizinho implorar por socorro, com o corpo coberto de feridas abertas e cheia de hematomas, e quando a polícia chegou na casa da influenciadora, encontrou a irmã de 6 anos presa em um quarto, passando fome.
A influenciadora foi julgada e condenada a 30 anos, mas observe, ela era uma influenciadora, assim como nossos pastores, nossos políticos e porque não afirmar, nossos “ídolos”.
Por isso é importante usar o martelo de Nietzsche que representa o uso do perspectivismo para que você consiga enxergar no suposto ídolo, apenas a verdade que ele explicita ou esconde, sendo que esta última é o que mais fazem.
Que a educação possa nos preparar para o uso do martelo e que assim possamos ver o que é oco ou o que é preenchido com verdades.