10/11/2022

Educação e o Ideário de Cristovam Buarque

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

De acordo com Chinoy em seu livro Sociedade: Uma introdução à sociologia, publicado pela Cultrix em 2006, o poder pode apoiar na força pura e simples e o mesmo se camufla de ideologias a lhe negar a existência ou minimizar a importância.
Ele pode ser também deliberadamente obscurecido graças a complexidade da estrutura social, ou pode ser legitimado e transformado em autoridade, na qual a força faz o direito.
Dito isso, dois personagens de épicos como Trasímaco da Calcedônia e Sócrates discutem na República de Platão, elucidando que  “a justiça nada mais é que o interesse do mais forte”, e em relação a esta fala, podemos perceber sua aplicação na área da educação, em que nos últimos quatro anos se limitou ao sucateamento das universidades públicas, cortes de verbas, balcão de corrupção pagos com barras de outro no Ministério da Educação e Cultura e descrédito de pesquisas científicas..
Ações como estas tem implicado em uma sofrível educação pública, contribuindo desta maneira com a elitização de cursos superiores, colocando as margens educandos oriundos de áreas periféricas.
A escola tem o dever de ser uma instituição que seja capaz de resolver os problemas sociais e insurgir a ação estratégica de corte-e-controle imposto pelo sistema que visa apenas buscar subterfúgios para controlar a massa de manobra.
Dito isso, em meu livro intitulado Gestão Afetiva: Sistema Educacional e Propostas Gerenciais, publicado pela WAK em 2020, é elucidada uma entrevista concedida pelo Senador Cristovam Buarque, ressaltando a seguinte informação “o que transforma a sociedade é colocar o filho do pobre em uma escola tão boa quanto a do filho do rico”.
Tal fala nos faz perceber que não basta facilitar a entrada de pessoas às universidades, é necessário preparar uma educação de qualidade desde a sua base, ou seja, começando pela educação básica.
Será ela que norteará os educandos para um protagonismo, para o exercício da cidadania e progressão em estudos posteriores, mas para que isso ocorra, a educação deverá ser a mesma oferecida pelos filhos das elites dominantes, fugindo a alienação e ao engessamento de nossos educandos e educadores.
Temos que causar uma revolução na Educação, isso porque a educação pública tem criado o nosso maior temor que são pessoas alienadas, sem caráter e indisciplinadas, reforçando não a crise, mas um projeto em que a educação pública visa formar que nosso chefe de estado denominou de idiotas úteis.
Assim sendo, o dia que a educação for igual para todos, teremos a verdadeira justiça social efetivada em nosso país, mas para muitos estas falas e este projeto não passam de quimeras, já que conflitará com o desejo de alienação imposto por uma minoria elitizada.

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