Educação e o Diamante de Pedaço de Vidro

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

O diamante é uma das coisas mais valorizadas no mercado de luxo, e isso se dá devido à sua raridade, durabilidade, beleza, simbolismo e brilho, o que não é encontrado em um diamante de vidro.

O verdadeiro diamante é feito de forma natural, por meio do carbono com altas pressões e temperaturas no manto da Terra (45.000 vezes a pressão atmosférica e temperaturas de cerca de 1.100 °C) e que gasta em torno de milhões a bilhões de anos para se tornar um diamante. Enquanto isso, o diamante de vidro pode levar de 15 minutos a 2 horas e meia; ou seja, jamais um diamante de vidro poderá ser comparado a um diamante natural.

Na sociedade, temos os diamantes naturais e os diamantes de vidro, sendo que este último só engana os incautos e os que acreditam em um Brasil paralelo, vivendo uma realidade distorcida e manipulada.

Infelizmente, os diamantes de vidro encontram-se em todos os braços da sociedade, seja na educação, na saúde, no transporte, na segurança, moradia e principalmente nos governos; enfim, em todos os ramos teremos sempre diamantes de vidro a enganar o povo.

Uma forma de acabarmos com os diamantes de vidro e melhorarmos a situação em que nos encontramos é metaforicamente criando gemólogos, isto porque são eles os profissionais mais aptos a afirmarem se o diamante é natural ou de vidro.

Fazendo uma analogia com a profissão acima, temos em nosso caso o docente, profissional que auxilia o aluno a desenvolver o discernimento, fomenta neste mesmo aluno a busca do conhecimento pertinente e convergente com a ciência, isto é, tudo aquilo que refute as fake news, as falácias e inverdades proferidas pelos diamantes de vidro.

O discente é visto como um diamante bruto e temos na educação a ação transformadora que fará a lapidação devida, fazendo aparecer as propriedades inerentes ao verdadeiro diamante.

E uma forma disso acontecer é pela oportunização de experiências significativas, fomento da autonomia intelectual, do autoconhecimento, do discernimento e do protagonismo cognoscente.