Educação e Inclusão
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806
Tem uma fala de autor desconhecido que diz que a sociedade é medida pela forma com que trata seus membros mais vulneráveis, e pode-se afirmar que um governo que percebe isso é um governo humanizado.
Quando se trabalha a inclusão nas escolas e na sociedade, percebe-se que este ato está oportunizando situações para que se desenvolva a verdadeira humanidade.
O educar é trabalhar com as peculiaridades dos discentes e, como ressaltado nos livros intitulados Educação e a não neutralidade; Educação uma Questão de Politizar, ambos publicados pela Ícone Editora (2024 e 2022), será pela educação que serão trabalhados personalidade social, capacidade física, intelectual e moral na formação integral de cada educando.
Cabe ressaltar que o simples ato de incluir representa a promoção do respeito à diversidade, a convivência com as diferenças e o direito inalienável à educação.
Por mais deficitário que seja o processo de aprendizagem para aquele aluno singular, para os pais que acompanham suas dificuldades é uma vitória e muitas vezes felicidade por cada conquista convertida em lágrimas.
Quando uma sociedade ainda não se encontra evoluída, usa-se das leis como recursos para ensinar o cidadão a ter um comportamento balizado por valores éticos e morais.
Ainda precisamos de leis para fazer valer os direitos dos vulneráveis, dos excluídos e assim, minimizarmos o impacto histórico e social causados pela desinformação, indiferença e descaso.
Interessante observar as falas de Silva e Carvalho (2017) [1] ao enfatizarem que a inclusão na educação proporciona a inclusão social e isso se dá por meio de atividades desenvolvidas pelos discentes e que contribuirão com a aprendizagem e convivência de todos por meio da cooperação.
Macedo et al (2014)[2] acrescentam que a inclusão tem que estar intrínseca a diversidade humana que invariavelmente ocorre, mesmo que todos os direitos estejam resguardados em lei, isto porque somos seres ímpares, temos anseios, características, pretensões, capacidade e necessidades diferentes em relação aos demais.
Dito isso, percebe-se o quão é maravilhosa a seara da educação por ser uma ação transformadora e intencional, fazendo com que o cidadão ao nascer simples e ignorante, se transforme em agentes transformadores de suas próprias realidades.
[1] SILVA, N. C.; CARVALHO, B. G. E.. Compreendendo o Processo de Inclusão Escolar no Brasil na Perspectiva dos Professores: uma Revisão Integrativa. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 23, n. 2, p. 293–308, abr. 2017.
[2] MACEDO, M. DEL C. S. R. et al.. Histórico da inclusão escolar: uma discussão entre texto e contexto. Psicologia em Estudo, v. 19, n. 2, p. 179–189, abr. 2014.