08/04/2025

Educação e Dissonância Cognitiva dos Políticos

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

 

Sabemos que a educação é uma ação que instiga a transformação do cidadão e em concomitância o seu discernimento, todavia, quando esta educação é oferecida de forma estéril, faz aumentar gradativamente uma massa de manobra cujos políticos se deleitam nas mais vis ações, de forma a iludir com demagogia e hipocrisia todos estes seres imbecilizados e miseráveis de cultura, educação e consciência de classe.

Uma forma de perceber o quão é alienável essa massa amorfa, basta observamos suas escolhas políticas assim como seus representantes que em momento algum fazem parte do universo em que se encontra o eleitor, como exemplo, negros votando em racistas, trabalhadores formais elegendo empresários que fazem uso da mão de obra análoga a escravidão, homossexuais elegendo homofóbicos, mulheres defendendo machistas e misóginos, pessoas que se dizem cristãs elegendo seus pastores que pregam o ódio, a mentira e a intolerância de todas as naturezas, enfim, verdadeiros paradoxos que colidem com nossos valores.

É comum por exemplo termos políticos ocupando cargos no senado usando em seus discursos um protesto quanto aos preços dos alimentos, entretanto, quando o governo federal propõe a isenção de impostos nos alimentos da cesta básica, as mesmas pessoas que criticam os altos preços, são os que votam contra a liberação de impostos[1].

Outra situação comum são pessoas que levantam a bandeira reclamando do valor baixo do salário mínimo, afirmando ser um absurdo um brasileiro sobreviver com um salário tão baixo, mas quando o governo propõe aumento do salário mínimo o mesmo representante do povo vota contra o aumento, ou seja, são pessoas hipócritas que fazem bom uso da ignorância de seu “gado”, e busca mantê-lo sempre assim, já que isso é uma forma de se perpetuarem na política.

Observem que essa dissonância se faz proposital, uma vez que em época de eleição, o discurso volta da mesma forma, contando com o esquecimento do povo que não policia seus mandatos e com isso o erro passa a ser um ciclo vicioso.

A educação de qualidade é uma das maneiras de se trabalhar as dissonâncias, visto que ela quando aplicada ao desenvolvimento do discernimento e fazendo do educando um agente de transformação, ela terá alcançado o seu verdadeiro objetivo, por isso é fato perceber que não existe e nunca existirá uma educação neutra, já que a neutralidade é uma forma de reforçar a alienação o que passa a ser na verdade uma doutrinação para a criação de uma massa de manobra.

 

[1] https://www.facebook.com/reel/600793366269488

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