Educação e Consciência Social
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806
A escola vai além das disciplinas básicas como matemática, português, geografia, história, etc... ela deve desenvolver também as competências socioemocionais, desenvolvendo a inteligência emocional, sendo que uma de suas vertentes é a consciência social.
A consciência social é a capacidade de uma pessoa se colocar no lugar da outra, ou seja, compreender a dor do outro, e isso muitos conhecem como empatia que pode ser cognitiva e emocional, sendo que a primeira é quando se entende o ponto de vista do outro, ou seja, eu consigo imaginar o que o outro está sentindo e a segunda é o sentir a dor do outro, entristecer com a dor do próximo.
Obviamente quando a consciência social é bem desenvolvida, vem a preocupação empática que é não apenas eu me incomodar com a dor do outro, mas dar o meu melhor para auxiliá-lo.
Quando os educandos percebem a perspectiva do outro, fica mais fácil construir qualquer relacionamento mais sólido.
A consciência social é uma habilidade que deve ser desenvolvida em nossos educandos desde e educação infantil, para que quando estes educandos chegarem no ensino Fundamental I e II, tenham se transformado em cidadãos de bem, mais humanos, éticos e solidários uns com os outros.
Hunter em seu livro o Monge e o Executivo, publicado pela sextante em 2004 elucida que habilidade é uma capacidade adquirida, assim sendo, nós educadores precisamos desenvolver ao máximo tais habilidades em nossos educandos para que esta geração não se perca na falência moral.
Quando uma pessoa tem uma consciência social, esta aprende a lidar com as diferenças respeitando as especificidades, dito isso, Santos em seu livro Reconhecer para libertar: os caminhos do cosmopolitanismo multicultural. Introdução: para ampliar o cânone do reconhecimento, da diferença e da igualdade, publicado pela Civilização Brasileira em 2003, salienta que "temos o direito de ser iguais quando nossa diferença nos inferioriza e temos o direito de ser diferentes quando nossa igualdade nos descaracteriza", isto é, as diferenças são oportunidades de aprendizado e crescimento como ser humano.
Um educando com consciência social é alguém desprovido de preconceito e intolerância já que este educando encontra-se respaldado pelo respeito, colaboração, solidariedade e empatia.
Assim sendo, que nossas escolas busquem nas falas de Brandão em seu livro O que é educação, publicado pela Brasiliense 1993, uma educação para a formação do homem de caráter e desenvolva em seu educando toda perfeição que lhe seja capaz.