Educação e as Palavras Mágicas

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Não fazendo alusão a sabatina ocorrida no Jornal Nacional com um dos presidenciáveis, o fato é que o voto no candidato certo é aquele que tem a educação como foco em seu plano de governo, pois esta é a única que pode resgatar a dignidade de seu povo e transformá-lo, ou seja, fazer com que este deixe de ser um sujeito objeto que é visto apenas como massa de manobra e/ou como dito por nosso Chefe de Estado “idiotas úteis” e passe então a ser um protagonista cognoscente, tema este muito bem trabalhado por Paulo Freire em suas obras com a sua pedagogia crítica.
Nas falas de Paulo Freire, é preciso unir os divergentes para vencer os antagônicos que são hoje os neofascistas, ultradireitistas, que pregam o nome de Deus e vivem de exploração de seus fiéis que encontram-se na miséria, que pregam família mas sob a máscara da hipocrisia fomenta o feminicídio, o estupro das esposas além de usurpar a dignidade das mulheres por meio da misoginia.
Estes neofascistas pregam ainda uma adoração à Pátria, mas se olvidam de seu povo que sangra, vítima da violência e da indiferença do Estado com os problemas sociais.
A educação tem o poder de oferecer a seus educandos o discernimento por meio do conhecimento, para que este possa perceber nas falas de Voltaire que “aquele que te convence em acreditar em absurdos, também de convence a cometer atrocidades” e assim tem sido nossa atual conjuntura política, com base em fakenews e ódio, encontrando uma seara fértil para pessoas desprovidas de caráter e/ou humanismo.
Como dito por um dos presidenciáveis, existem três palavras mágicas para um bom governo, e que pode ser também aplicado no sistema educacional que é previsibilidade, estabilidade e credibilidade, já que hodiernamente prevalece o sucateamento de muitas instituições educacionais públicas.
A previsibilidade hoje, é de uma educação sofrível e com tendência a se estabilizar nisso, e em relação a credibilidade, nossa educação está totalmente desacreditada.
Precisamos votar em um candidato que acredite e incentive a pesquisa científica, já que a nossos pesquisadores foram ridicularizados e algumas instituições de pesquisas foram desmanteladas pelo atual governo.
Como dito por mim no livro Educação um Ato Político, publicado pela Autografia em 2019, toda educação é um ato político, assim sendo, que possamos sim, politizar nossos educandos para que estes não sejam vítimas de oportunistas calhordas e falastrões como aconteceu.
Cabe elucidar que politizar é desenvolver consciência política e não ideologizar o educando, e que a nossa educação volte no próximo governo a ser trabalhada com seriedade e seus profissionais possam ser valorizados como merecem.