04/05/2023

Educação e as Big Techs

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

 

A escolas têm feito um trabalho hercúleo no quesito construção do conhecimento e autonomia de seus educandos por meio do discernimento. Todavia, a alienação impera e encontra como braço forte as Big Techs que infelizmente, trabalham com as informações, entretanto, o lucro prepondera em detrimento ao que é verdadeiro.

Uma forma de se trabalhar com as desinformações e Fake News muito divulgadas pelas redes como facebook, instagram dentre outras é através da PL 2630/2020, que é um Projeto Lei referida a Fake News.

Este Projeto de Lei visa instituir a Lei Brasileira de liberdade, responsabilidade e transparência com o intuito de combater a disseminação de notícias falsas, falácias e desinformação, disseminada nas redes sociais e aplicativos de mensagens.

Não se trata de censura, apenas uma obrigatoriedade na identificação de contas em redes sociais e serviços de mensagens instantâneas que divulgam tais informações.

Estas Big Techs são omissas, isso porque elas têm recursos para evitar com que estas mensagens sejam propagadas, mas isso mexeria com seus lucros, assim sendo, elas se fazem de Pilatos, ou seja, deixa as falsas informações trafegarem em suas redes e como consequência, disseminar ódio, intolerância e violência, tudo em nome dos dividendos para seus sócios.

Políticos se aproveitaram das Big Techs para divulgarem suas mentiras, desconstruir personagens históricos e viver em um Brasil paralelo na qual verdades são sobrepostos por falácias.

Hoje as pessoas que são contra este Projeto de  Lei, são justamente as que mais se beneficiaram e ainda se beneficiam, todavia, cabe a este projeto exigir das Big Techs meios de filtrar estes processos de desinformações e em concomitância, alienação de toda uma geração que vive em um mundo de inverdades, preponderando a indiferença e a falta de empatia.

Para se ter ideia da gravidade do tema trabalhado, apenas entre julho e setembro de 2021, 4,5 milhões de notícias falsas foram espalhadas e segundo relatório fornecido pela empresa de cibersegurança PSafe elucida que do total pontuado acima, 2,2 milhões eram sobre política, outras tantas eram sobre temas de saúde, como vacinas, e promessas de dinheiro fácil[1].

Estas Big Techs tem tanto poder de manipulação da informação que elas fazem de tudo para manter seus interesses cometendo inúmeras irregularidades, como aconteceu com o google, vista como uma empresa acintosa, ou seja, malévola e manipuladora a ponto de fazer com que pesquisas realizadas sobre o Projeto Lei 2630/2020 sejam associados a censura, e esta informação é explicitada pela íntegra – 3MB do NetLab, centro de pesquisas sobre vida digital da Universidade Federal do Rio de Janeiro[2].

Este Projeto Lei não se trata de censurar, trata-se de fazer valer a democracia, a paz, a segurança das crianças e das famílias brasileiras. Não existe censura em se combater as inverdades e as mentiras.

Falsas informações instigam preconceito, violência, ódio, alienação além de poder até mesmo dizimar famílias.

Políticos contrários a este Projeto Lei, são políticos comprometidos consigo mesmos. São os verdadeiros usurpadores da dignidade de seu povo e da verdadeira democracia.

O Projeto Lei 2630/2020 não é censura, é apenas combate a desinformação e Fake News, cabendo pontuar que liberdade de expressão não dá o direito de fazer uso de mentiras.

Dito isso, que a educação possa trabalhar cada vez mais o protagonismo cognoscente de nossos educandos desenvolvam o discernimento para entender que existe apenas um Brasil e não um Brasil paralelo que se fundamenta nas mentiras alienadoras e lucrativas para uma elite manipuladora e cruel

 

[1] https://al.unit.br/blog/noticias/o-papel-das-big-techs-no-combate-as-fake-news/

[2] https://www.poder360.com.br/futuro-indicativo/ataque-das-big-techs-e-erro-do-governo-degradam-debate-de-fake-news/

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