Educação e a Síndrome de Munchausen
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
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A leitura de hoje nos permite fazer uma viagem no tempo entendendo o grande escritor Machado de Assis em uma de suas admiráveis obras intitulada O alienista.
A obra supracitada faz uma sátira sobre o olhar da loucura e a dificuldade em se definir a sua tênue linha.
O fato é que quando se busca definir a loucura, pode-se incorrer a uma generalização, afinal de contas o que é ser louco?
A letra da canção “Mudar dói, não mudar dói muito” de Oswaldo Montenegro, nos alerta da seguinte forma: “Não pense que o mundo acaba ali onde a vista alcança. Quem não ouve a melodia, acha maluco quem dança”, e assim é visto a loucura, para muitos o simples pensar “fora da caixa” é um ato de rebeldia e até mesmo loucura.
Desta forma, voltando ao grande escritor Machado de Assis, no referido livro, ele informa que “de médico e louco todo mundo tem um pouco” e por uma licença poética, podemos acrescentar, filósofo e psicólogo.
Dito isso, partindo para o viés psicológico, temos um político que se enquadra perfeitamente na Síndrome de Munchausen, que para Sanar (2022)[1], está relacionada ao um transtorno psicológico em que a pessoa simula sintomas ou doenças para receber atenção e simpatia.
Esta síndrome recebeu o nome do Barão de Munchausen que viveu no século XVIII e era conhecido por inventar histórias fantásticas e além das histórias ela é identificada pela simulação de doenças como dores abdominais, diarreia, convulsões, fraquezas dentre outras.
Sanar (2022) elucida que esta síndrome também faz com que a pessoa se autossabote, exagerando sintomas, criando histórico médico coerente, agravando doenças já existentes e manipulando amostras laboratoriais como contaminá-las propositalmente.
Tudo isso tem um único motivo, manter a atenção para si próprio e até mesmo se fazer de vítima, de coitado e receber a solidariedade das outras pessoas com o intuito de aliviar a pressão que está sofrendo e/ou que poderá vir a sofrer.
Assim tem sido o comportamento de um vil cidadão que teve o maior cargo político de um país democrático, e que sempre que tem alguma audiência na Polícia Federal ou no Tribunal Superior Federal, encontra uma forma de se internar, fazer uma foto com cara de coitado e divulgar nas redes sociais.
É uma estratégia que realça a manipulação de seus milhões de adoradores e a sua real covardia em enfrentar de peito aberto os problemas oriundos de suas más ações, visto que somos responsáveis por nossas escolhas e nossas ações.
O fato é que este indivíduo quando não simula algum mal, ele simplesmente com o medo estampado em seu rosto, aponta culpados tirando de si, toda responsabilidade por sua má gestão.
Dito isso, pode-se perceber que tal indivíduo é um excelente estudo de caso para os psicólogos entenderem como funciona uma mente doentia.
De certa forma, cabe a nós docentes fazermos com que a educação possa propiciar conhecimento e discernimento para que os discentes percebam o quão manipuladores são as pessoas e em concomitância, consigam se subtrair de seus convívios, proporcionando por sua vez, uma saúde emocional mais condizente com que almeja.
[1] https://sanarmed.com/sindrome-de-munchausen-o-que-e-e-como-identificar-pospsi/